Secretaria Municipal da Saúde

Exibindo 1 para 1 de 2
Quarta-feira, 19 de Maio de 2021 | Horário: 08:00
Compartilhe:

Capital registra queda de até 90% nos casos de infecção hospitalar em 14 anos

Dados registrados são de 2005 a 2019

A rede municipal de saúde de São Paulo tem um ótimo motivo para comemorar, ainda, o Dia Nacional do Controle das Infecções Hospitalares, celebrado no último sábado (15). A boa notícia é que a capital registrou, em 14 anos, uma queda significativa nos casos de infecção hospitalar, uma causa importante de morbidade e mortalidade, caracterizada como problema de saúde pública.

Os dados são de 2005 a 2019, período entre o ano que começou o monitoramento dos indicadores de infecção hospitalar em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e ano do mais recente levantamento disponibilizado. Os casos de infecção primária da corrente sanguínea caíram, em média, 90,4%. Já os de infecção do trato urinário associada ao uso de cateter vesical de demora caíram 74,6%, e os de pneumonia associada à ventilação mecânica apresentaram queda de 63,1%, em todos os hospitais da rede municipal, públicos e privados.

De acordo com o monitoramento em 126 hospitais públicos e privados com UTI adulto, em 2005 a incidência da infecção primária da corrente sanguínea laboratorialmente confirmada era de 17,58, a de infecção do trato urinário associada ao uso de cateter vesical de demora, de 5,39, e a de pneumonia associada à ventilação mecânica estava em 19,32. Já em 2019, os números registrados foram de 1,68, 1,37 e 7,13, respectivamente.

LEIA TAMBÉM: Aplicativo e-saúdeSP ultrapassa a marca de 1 milhão de acessos

Essa redução significativa de casos de infecção hospitalar ao longo dos anos está relacionada às práticas de educação, treinamento e capacitação para a prevenção e o controle das infecções hospitalares realizados pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) de cada hospital; vigilância das boas práticas de prevenção contra as infecções na unidade de saúde; e análise e consolidação dos indicadores de resultados com elaboração de plano de ação para melhorias.

Além disso, o Núcleo Municipal de Controle de Infecção Hospitalar (NMCIH), da Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE) da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), desenvolve também ações complementares como o monitoramento do consumo de antimicrobianos e a resistência microbiana aos antibióticos nos hospitais, a elaboração de informes técnicos e pareceres sobre dúvidas e problemas relacionados à infecção hospitalar e o apoio nas orientações sobre biossegurança na assistência à saúde.

“As medidas que temos adotado somadas à eficiência dos profissionais de saúde têm sido eficazes para reduzir os índices de infecção hospitalar, o que significa mais segurança para os pacientes”, afirma Milton Lapchik, coordenador do NMCIH.

Essas medidas estão alinhadas ao Programa Estadual de Controle de Infecção Hospitalar (CVE/SP) e têm o respaldo técnico da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde e da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS).

Atendimento domiciliar contribui para a queda
Como as infecções hospitalares são adquiridas com a internação do paciente na unidade de saúde, podendo se manifestar durante a estadia no local ou após a alta, a incorporação de novos métodos terapêuticos e tecnologias que possibilitaram tratamentos administrados em regime domiciliar, com o Programa Saúde da Família (PSF), por exemplo, pode ter sido um dos grandes fatores que contribuíram para reduzir os riscos de infecção e, consequentemente, os números de casos ao longo desses anos.

Após o início da pandemia de Covid-19 em 2020, os indicadores de infecção hospitalar passaram a ser monitorados separadamente em UTI adulto geral e UTI adulto exclusiva para tratamento de pacientes com o coronavírus — este ainda sem dados consolidados.

 

collections
Galeria de imagens