Secretaria Municipal da Saúde
Identidade de gênero e orientação sexual: entenda a diferença
Com o passar dos anos e o avanço da informação, muitos conceitos começam a fazer parte do vocabulário das pessoas: transgênero, cisgênero, não binários, heterossexual, homossexual, bissexual, assexual. E por conta desta diversidade acerca das identidades de gênero e orientações sexuais muitas dúvidas surgem.
Para entender os conceitos é importante saber a diferença entre orientação sexual e identidade de gênero.
A orientação está ligada ao que a pessoa busca em relacionamentos afetivos e sexuais. Heterossexuais se atraem por pessoas do gênero oposto, homossexuais se atraem por pessoas do mesmo gênero, já aquelas pessoas que se interessam por indivíduos do mesmo ou de qualquer outro gênero são consideradas bissexuais.
A assexualidade pode ser definida como a ausência de desejo sexual por qualquer gênero. No entanto, pode acontecer das pessoas assexuais sentirem atração por um dos gêneros (ou ambos) só em situações específicas.
A identidade de gênero se refere a como a pessoa se identifica, sendo mulher ou homem. O cisgênero é quem se identifica com o gênero que lhe foi atribuído ao nascimento. Quem não se identifica nem como homem e nem como mulher são chamados de não binários. O transgênero é o oposto do cis, aquele que se identifica com um gênero diferente do que lhe foi dado ao nascimento.
A importância do nome social
Sentir-se em desacordo e questionar o gênero que lhe foi atribuído é uma das maiores questões enfrentadas por quem é transgênero.
O uso do nome é muito importante nas relações sociais pois, junto com a aparência, é a primeira coisa que apresenta e identifica as pessoas. Muitas vezes, a incompatibilidade entre a imagem corporal pela qual o indivíduo se expressa e vivencia; e o nome em seus documentos gera constrangimento às pessoas transexuais, travestis ou com alguma variabilidade de gênero.
O nome escolhido, a alteração de pronomes, aparência e vestuário, é um processo de transição social. Essas modificações estão associadas a uma melhor saúde mental entre as pessoas transexuais.
No Brasil, o uso do nome social nos serviços de saúde está entre os direitos garantidos dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), como forma de combater o preconceito contra essa população e como ferramenta para efetivação do acolhimento, humanização e integralidade da assistência a travestis e transexuais. Por isso, não utilizá-lo é uma forma de violência que promove discriminação e não inclusão social.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) possui a Área Técnica de Saúde Integral da População LGBTIA+, que tem o objetivo de promover políticas públicas de saúde para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, pessoas não binárias, intersexo, assexuais, a fim de prezar pelo acesso à informação e equidade da oferta de ações e serviços de saúde.
A Rede Sampa Trans conta com 43 unidades que oferecem hormonização para pessoas transexuais e travestis. As equipes de saúde são treinadas para melhor atenderem e acolherem à população LGBTIA+. Somente em 2021, foram capacitados 775 profissionais. Confira os endereços.