Secretaria Municipal da Saúde
Entenda a diferença entre disfagia, engasgo e quais as consequências
Muitas pessoas já passaram pela péssima experiência de se engasgar com algum alimento ou até mesmo com a própria saliva. Entretanto, quando este movimento é repetido diversas vezes significa que um quadro de disfagia pode ter sido estabelecido e precisa de tratamento. A disfagia é uma disfunção do processo de deglutição (ingestão) e ocorre no trajeto que a comida, bebida ou saliva faz da boca até o estômago.
Diferente do engasgo que acontece eventualmente, e é provocado por algum “corpo estranho”, a disfagia pode ser causada por doenças neurológicas como acidente vascular encefálico, doença de Parkinson, demências, paralisia cerebral, entre outras. Tumores de cabeça e pescoço (câncer de boca, câncer de laringe), traqueostomias, prematuridade e malformações congênitas orofaciais e do sistema digestivo também favorecem o surgimento da disfagia.
Atendimento pelo SUS
Embora o engasgo seja tão perigoso quanto a disfagia – ambos podem levar à morte – o paciente disfágico necessita de acompanhamento por meses e até anos, dependendo da evolução do quadro clínico. O tratamento para o problema varia, e pode incluir mudanças na alimentação, exercícios para fortalecimento da musculatura local ou mesmo cirurgia.
Nos últimos cinco anos, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) realizou mais de seis mil atendimentos a pessoas com disfagia, 1,2 mil por ano. A porta de entrada destes pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS) da capital é por meio das 470 Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
Além disso, os hospitais municipais também acolhem pacientes diagnosticados com disfagia e realizam o atendimento no ambiente ambulatorial e nas unidades de internação, terapia semi-intensiva e intensiva. Ainda há outros pontos de atendimento que os cidadãos podem contar para realizar o tratamento como os Centros Especializados de Reabilitação (CERs) e as Unidades de Referência na Saúde do Idoso (Ursis).
A disfagia e o engasgo têm sintomas muito parecidos, como a tosse. Entretanto, alguns sinais precisam ser observados para distinguir um processo do outro. Primeiramente, quando a dificuldade de ingestão de alimentos provocada pela disfagia se estabelece, é muito comum que a perda de peso também aconteça. O paciente disfágico também pode apresentar desidratação, asfixia, pneumonias aspirativas recorrentes e, nos casos mais graves, se não identificados, levar ao óbito.
Confira outros sintomas desencadeados em decorrência da disfagia:
- dor ao engolir;
- sensação de alimento parado na garganta;
- perda de ar quando está comendo;
- excesso de salivação;
- regurgitação e,
- azia (frequente)
Em caso de suspeita de disfagia, agende uma consulta na UBS mais próxima da sua casa para obter o diagnóstico e o tratamento adequado. Os endereços podem ser consultados na página Busca Saúde.
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