Secretaria Municipal da Saúde
Palestra na UBS alertou agente de saúde para sintomas do câncer de mama
A campanha Outubro Rosa é realizada com o objetivo de conscientizar a população sobre prevenção e diagnóstico do câncer de mama, o tumor que mais mata mulheres no país, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O instituto estima em 66.280 o número de novos casos de câncer de mama somente este ano.
Além da genética, esta neoplasia possui muitos outros fatores de risco, como a idade da menarca, da primeira gravidez e da menopausa, por exemplo, a obesidade e hábitos de vida pouco saudáveis (sedentarismo, alimentação de má qualidade). Desta forma, é importante que a mulher faça seus exames de rotina periodicamente para que, se houver suspeita, o diagnóstico seja realizado precocemente e o tratamento iniciado o quanto antes.
Na rede municipal de saúde, a prevenção da doença se inicia nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), onde a mulher encontra acolhimento e, se necessário, encaminhamento para outros equipamentos de saúde.
Veja a seguir o depoimento da agente comunitária de saúde (ACS) Tatiana Aparecida Santos Silva, que teve o diagnóstico do câncer de mama feito a partir da UBS em que trabalha, na zona sul da capital, e realizou todo o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Depois de passar uma mastectomia total para extirpar o nódulo de mais de quatro centímetros, Tatiana alerta às mulheres para ficarem atentas aos sinais e sintomas da doença.
Sou agente comunitária de saúde na UBS Jardim Apurá, e no final de 2015 participei de uma palestra na unidade, durante a qual a enfermeira falou sobre a saúde das mulheres e alertou para os sinais e sintomas do câncer de mama; reconheci alguns sintomas que eu estava sentindo, fiquei preocupada, mas não procurei ajuda imediatamente.
Até que um dia, em casa, resolvi fazer o autoexame das mamas e percebi um nódulo; no trabalho, conversei com o médico da família, que prontamente solicitou um ultrassom e mamografia. Quando realizei o exame, constatou-se a presença de um nódulo mamário de 4,7cm na mama esquerda. A partir daí, fui encaminhada ao mastologista no Ambulatório Médico de Interlagos, que solicitou uma biópsia, diagnosticando assim o câncer invasivo grau III.
Em junho de 2016 fui encaminhada ao Hospital Perola Byington, onde iniciei o tratamento do câncer com a quimioterapia, e depois fui submetida a mastectomia total e radioterapia. Realizei todo o tratamento via SUS, e hoje continuo com a hormonioterapia e quimioterapia oral. Quando se trata de câncer não falamos em cura, e seguirei fazendo os exames a cada seis meses.
Se posso deixar um conselho para as mulheres é: não deixem de ficar atentas ao seu corpo e eventuais sinais de alteração, não tenham medo de se tocar, façam seus exames anualmente e, se notarem alguma coisa diferente, procurem imediatamente uma Unidade Básica de Saúde e falem o que estão sentindo.
Tatiana Aparecida Santos Silva, 40 anos, agente comunitária de saúde na UBS Jardim Apurá, na zona sul
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