Secretaria Municipal da Saúde
Viviane Dias celebra um ano de trabalho no Polo de Curativo do HD de São Miguel Paulista
Poder retomar a autonomia, a autoestima e a qualidade de vida comprometidas por agravos de doenças crônicas, acidentes ou sequelas são conquistas comemoradas não somente pelos pacientes atendidos nos Polos de Curativos, implantados há um ano na rede municipal de saúde. Viviane Helena Dias, 36 anos, enfermeira especialista em estomaterapia, se emociona ao poder devolver tudo isso a quem no atende Hospital Dia (HD) São Miguel Paulista - Dr. Tito Lopes da Silva.
“Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), após a alta do paciente, não conseguia acompanhar a evolução de cada pessoa, saber como ela estava se cuidando, e isso faz toda a diferença”, afirma.
Inspirada pela mãe Geralda Dias, que foi auxiliar de enfermagem no Sistema Único de Saúde (SUS), ela defende e pratica o cuidado humanizado. Aos 24 anos, foi cursar enfermagem no Centro Universitário Braz Cubas. Formada, trabalhou na emergência do Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes. Lá, adquiriu a experiência no tratamento de feridas na clínica cirúrgica e logo foi lotada na UTI da unidade, onde ficou por sete anos.
A enfermeira com a mãe, Geralda Dias, sua inspiração profissional (Foto: Arquivo Pessoal)
Neste período, Viviane descobriu a estomaterapia, especialidade que trata e previne a perda da integridade da pele por pessoas com feridas, estomizadas por causa de incontinências, com cateteres e drenos. Ela, então, resolveu fazer uma pós-graduação nessa área, na Universidade de Taubaté (Unitau), em 2019, e iniciou uma nova etapa da carreira no SUS.
No Polo de Curativo, na zona leste da cidade, a profissional já fez mais de dois mil atendimentos. A mais recente alta que Viviane concedeu foi à Tamara Fagundes, de 23 anos de idade. Ela recebeu o certificado criado pela enfermeira e a equipe da unidade para motivar os pacientes. A jovem se recuperou, em três meses, de um abscesso na região cervical agravado por um período longo internação na UTI. Pela alta complexibilidade do caso, a paciente precisou de um acompanhamento quinzenal, seguiu à risca as recomendações e pôde matar a saudade da praia.
“Na última visita, ela me confessou que estava ansiosa para que a água do mar molhasse seus cabelos e escorresse pela nuca”, conta. Outro que recebeu o certificado simbólico e realizou o desejo de voltar a calçar sapatos foi Reinaldo Oliveira, de 57 anos de idade. O pé diabético quase o fez perder um dos dedos, mas conseguiu reverter o quadro. “Expliquei que seria necessário o empenho dele, porque além de tratarmos a ferida, ele teria de melhorar seus hábitos alimentares”, lembra a especialista.
A estomaterapeuta, com a colega de equipe Renata, entregando o certificado de alta para a paciente Tamara (Foto: Arquivo Pessoal)
Q+
Em setembro deste ano, Viviane apresentou casos exitosos no 16º Congresso da Associação Mexicana de Cuidado Integral e Cicatrização de Feridas, em Guadalajara, Cidade do México. Na segunda-feira (24), fez esses relatos a profissionais do SUS, em São Paulo, durante o evento promovido pela SMS, no auditório da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). “Sou apaixonada pelo que faço, estudo e compartilho com satisfação”, finalizou a Viviane.
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