Secretaria Municipal da Saúde
Novembro Azul: autônomo conta como descobriu o câncer de próstata
Novembro Azul é a campanha internacional dedicada à conscientização para os cuidados com a saúde integral do homem, em especial à prevenção do câncer de próstata. A neoplasia é a segunda causa de morte de homens no Brasil, atrás apenas das doenças cardiovasculares.
Segundo estatísticas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) um e cada seis homens têm câncer de próstata e metade dos brasileiros nunca foram a um urologista. Em 2020, de acordo com o instituto, foram notificados 65.840 casos, resultando em mais de 15 mil mortes. Vale lembrar que o câncer de próstata possui grandes probabilidades de cura caso seja detectado e tratado precocemente, por isso o trabalho realizado pela rede municipal tem ênfase em conscientização, prevenção e diagnóstico.
Veja a seguir o depoimento de Edson Correia de Araújo, paciente da rede municipal que teve câncer de próstata detectado a partir de uma consulta na Unidade Básica de Saúde (UBS) Dona Mariquinha Sciáscia, na zona norte, e segue em tratamento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) em uma instituição filantrópica voltada ao atendimento oncológico.
O primeiro sinal de que havia alguma coisa errada foi que comecei a sentir uma necessidade de urinar o tempo todo, passei muita dificuldade até para trabalhar, porque tinha que sair correndo de tanta vontade.
Eu tinha muito medo de médico, e ao mesmo tempo a gente pensa que nunca vai acontecer nada conosco, nos achamos intocáveis. Mas, por insistência da minha enteada, que eu digo que é o meu anjo da guarda, em maio deste ano finalmente fui até a UBS e passei por consulta com o clínico geral.
Fiz um exame de PSA e o diagnóstico foi câncer de próstata. O médico urologista alertou que o câncer já estava grande e eu deveria iniciar o tratamento, começando com a quimioterapia.
Fiquei muito assustado, mas nunca tive dúvidas sobre fazer o tratamento. Estou sendo atendido no Instituto Arnaldo Vieira de Carvalho; já passei por três sessões de quimioterapia, e por enquanto me sinto bem. Vou seguir com a quimioterapia enquanto os médicos disserem que é necessário, e farei radioterapia também, se for preciso.
A doença pode chegar para qualquer um, seja rico ou pobre, ela nos iguala, mas, sendo uma pessoa humilde, me sinto grato por contar com o atendimento do SUS, tenho sido muito bem tratado. Estou esperançoso, quero viver muito ainda, brinco com minha família que vou chegar até os 98 anos. Não, melhor, até os 105 anos!
Edson Correia de Araújo, 68 anos, trabalhador autônomo, morador do Tremembé, na zona norte, é atendido pela UBS Dona Mariquinha Sciáscia