Secretaria Municipal da Saúde

Quinta-feira, 3 de Agosto de 2023 | Horário: 11:12
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Agosto Laranja: esclerose múltipla é doença crônica, mas pode ser controlada

Transtorno neurológico manifesta-se normalmente entre os 20 e os 40 anos de idade, sendo mais frequente em mulheres

A campanha Agosto Laranja tem o objetivo de conscientizar sobre a esclerose múltipla, doença autoimune crônica que afeta o sistema nervoso central, afetando o cérebro e a medula espinhal. A doença faz com que as defesas do próprio corpo ataquem a bainha de mielina, substância responsável pela proteção dos impulsos nervosos dos neurônios. A degradação desse revestimento afeta o cérebro, cerebelo, tronco cerebral e medula espinhal, gerando incapacitações neurológicas gradativas.

Como consequência, começam a surgir sintomas como alterações visuais, déficits de força nos membros, tonturas, formigamentos, incontinência ou retenção urinária e fecal, além da perda de coordenação motora. Não há cura para a EM e a progressão da doença leva ao acúmulo de sequelas, desde a redução das capacidades visuais, o comprometimento do raciocínio até paraplegia.

Para alertar a população e conscientizar sobre a importância do diagnóstico da doença, no mês de agosto é dedicado à conscientização sobre a esclerose múltipla, cujos sintomas iniciais do transtorno neurológico surgem normalmente entre os 20 e 40 anos, sendo mais comum em mulheres do que em homens. Não há causas determinadas, mas fatores genéticos, obesidade, tabagismo, baixos índices de vitamina D e histórico de mononucleose estão associados ao desenvolvimento da condição.

Principais formas
A doença pode ser classificada de acordo com a evolução da incapacidade e da frequência dos surtos. São três formas: esclerose múltipla remitente-recorrente (EM-RR), a forma mais comum, que representa 85% de todos os casos da doença; esclerose primariamente progressiva (EM-PP) e esclerose secundariamente progressiva (EM-SP).

Sintomas
Os sintomas mais comuns da doença são:
• fadiga: cansaço excessivo ou fraqueza;
• sensitivos: dormências, formigamentos, dor ou queimação na face;
• visuais: visão borrada, mancha escura no centro da visão de um olho, embaçamento ou perda visual e visão dupla;
• motores: perda da força muscular, dificuldade para andar, espasmos e rigidez muscular;
• ataxia: falta de coordenação dos movimentos ou para andar, tonturas e desequilíbrios;
• esfincterianos: dificuldade de controle da bexiga (retenção ou perda de urina) ou intestino;
• cognitivos: problemas de memória, de atenção e do processamento de informações (lentificação);
• mentais: alterações de humor, depressão e ansiedade.

Tratamento na rede
A esclerose múltipla não tem cura, mas pacientes fazem uso de medicamentos para diminuir as inflamações e os surtos ao longo dos anos, combatendo o acúmulo de incapacidades físicas e cognitivas, proporcionando melhora na qualidade de vida. Para diminuir as chances de progressão da doença, é importante que o uso regular da medicação esteja associado a hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, atividade física e, principalmente, evitar o tabagismo. Desta forma, muitos pacientes atingem a estabilidade clínica, ou seja, a doença fica “dormindo”.

No Sistema Único de Saúde (SUS), a porta de entrada para o diagnóstico e tratamento são as Unidades Básicas de Saúde (UBS). Caso seja feito o diagnóstico da doença, os pacientes são encaminhados para um dos centros de referência especializados em esclerose múltipla na capital.

Além disso, o munícipio dispõe também de 32 Centros Especializados em Reabilitação (CER), sendo que 30 deles contemplam a modalidade reabilitação física. Neles, a equipe de amparo é formada por neurologistas, fisiatras, ortopedistas, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos e assistentes sociais.

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