Secretaria Municipal da Saúde
Dança sênior ajuda no fortalecimento físico e sociabilidade de idosos
Numa sala enfeitada com bandeirolas na Unidade Básica de Saúde (UBS) Jardim Miriam II, na zona sul da capital, um grupo de pelo menos 30 idosos reúne-se às sextas-feiras para dançar.
Em uma destas sextas-feiras, no último mês de junho, o ritmo que toca é a valsa; sentados em um círculo, os idosos batem palmas e os pés o chão, enquanto o educador físico Samuel Campana Arndt, juntamente com outros profissionais, estimulam quem consegue a ir dançar no meio da roda. Um senhor de boné, em sua cadeira de rodas, começa a rodopiar junto com o grupo. Todos brincam, riem e se movimentam.
“Isso aqui que a gente faz é promoção de saúde. É muito além do exercício em si, é tirar esses idosos de casa, para conviver com outros idosos, movimentar-se, dar risada”, diz Samuel, um dos idealizadores do grupo de Dança Sênior, que existe desde 2014 na unidade.
A prática, que é de origem alemã, foi desenvolvida como uma estratégia para prevenção da inatividade, para a socialização e melhora da qualidade de vida no envelhecimento.
Samuel explica que a motivação para implementar essa atividade veio após a avaliação global dos idosos, que identificou a necessidade de um grupo de práticas corporais voltado para aqueles com dificuldade de locomoção, que também pudesse promover a sociabilidade.
Profissionais da UBS e do PAI acompanham os idosos na dança sênior (Acervo/SMS)
Na UBS, a atividade é realizada com os pacientes do Programa Acompanhante de Idosos (PAI), que promove o cuidado domiciliar biopsicossocial para pessoas idosas em situação de vulnerabilidade social. O programa, que tem o objetivo de contemplar a assistência integral à saúde de população idosa, está presente em todas as regiões e disponibiliza a prestação dos serviços de profissionais da saúde e acompanhantes de idosos para apoio e suporte nas Atividades de Vida Diária (AVD) e em outras necessidades de saúde e também sociais.
Luíza Gonzaga de Melo, de 69 anos, participa da atividade desde que foi implementada na unidade: “É maravilhoso, não podia ser melhor”. Para ela, os impactos positivos se deram tanto na esfera emocional quando física. No começo, ela tinha dificuldade de acompanhar os movimentos, mas aos poucos a mobilidade melhorou. Além disso, afirma, estar com outras pessoas tornou a vida mais alegre.
Segundo a assistente social Arlete Lima, coordenadora do grupo, a atividade começou com oito pessoas. Hoje, pelo menos 30 idosos participam. Entre eles Renato Souza, de 68 anos. “Isso aqui pra mim é uma família”, resume ele.
De acordo com Patrícia Melo Bezerra, gestora da UBS, uma mudança recente colaborou para que o grupo se tornasse mais acessível para os idosos, que a foi a chegada de duas vans para transportá-los para a unidade e para casa.
Projeto foi apresentado em congresso
O projeto "Dança Sênior e sua aplicabilidade nos pacientes do PAI" foi apresentado na 20ª Mostra de Experiências Exitosas dos Municípios do 37º Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (COSEMS-SP), realizado em abril.
HAND TALK
Clique neste componente para ter acesso as configurações do plugin Hand Talk