Secretaria Municipal da Saúde

Quinta-feira, 6 de Agosto de 2009 | Horário: 14:29
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84% dos fumantes querem largar o cigarro

SMS oferece serviço para auxiliar no tratamento da população tabagista

Levantamento do Ministério da Saúde aponta que 84% dos fumantes da capital querem abandonar o tabaco. Em 2008, o número de fumantes na cidade correspondia a 21% da população - cerca de 2.300 milhões de paulistanos. Para auxiliar nessa questão, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) iniciou em 2006 a implantação do serviço de acolhimento e tratamento ao tabagista. No início eram quatro as unidades habilitadas pelo Ministério. Antes disso, não havia esse tipo de atendimento. Desde então, a rede de saúde municipal passa por um processo de estruturação e consolidação do atendimento a quem quer largar o cigarro.

Atualmente, em todas as 420 unidades básicas de saúde (UBSs) é realizada a abordagem inicial, com orientação aos fumantes sobre os malefícios do tabagismo crônico. Quem pretende abandonar a dependência da nicotina deve procurar a UBS mais próxima de sua residência ou trabalho para manifestar o interesse.

Para atender de forma global as necessidades de tratamento da população fumante, a SMS oferece grupos terapêuticos, trabalhos corporais, atividades físicas e práticas da medicina tradicional chinesa. O tratamento antitabagismo dura, em média, quatro meses e se inicia por meio de terapias comportamentais, promoção de hábitos saudáveis e medicação - necessária para somente 10% daqueles que procuram tratamento, segundo estudos internacionais. As diretrizes do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estabelecem que se evite medicação sempre que ela for dispensável.

Grande número de tabagistas pode abandonar o vício seguindo orientações básicas e por meio de intervenção breve. A maioria do público fumante precisa de abordagem mínima: orientação, terapias de grupo, práticas integrativas, consultas clínicas em UBSs. Quem faz uso do cigarro de forma prejudicial (mais de um maço por dia) em geral apresenta agravos emocionais como depressão, ansiedade, fobia social, estresse, além de doenças crônicas como hipertensão e problemas respiratórios. A depressão é o distúrbio psiquiátrico mais frequentemente associado ao tabagismo. Cerca de 30% dos fumantes apresentam história de depressão, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Nos casos em que o nível de dependência é maior, a oferta de tratamento ocorre de forma mais intensiva. Os serviços de controle de tabagismo realizam uma abordagem diferenciada, oferecendo principalmente psicoterapia (na modalidade cognitivo-comportamental, que trabalha em mudança de hábitos enraizados de vida) e medicamentos, somente quando necessário. São 14 unidades, atualmente, habilitadas pelo Ministério da Saúde, atuando com abordagem intensiva para quem quer largar a dependência.

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