Secretaria Municipal da Saúde

Quarta-feira, 4 de Junho de 2025 | Horário: 16:00
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Prefeitura cria ferramenta digital para médico acessar histórico dos pacientes

Visualizador clínico fornece informações instantâneas e integradas sobre os usuários da rede municipal de saúde
A imagem mostra uma profissional da saúde trabalhando em um consultório digital. Ela está sentada à mesa, utilizando um computador de mesa. Na parede, há um grande adesivo com o logotipo do Consultório Digital, destacando um símbolo de saúde A profissional usa jaleco branco, com um logotipo bordado na manga. O ambiente é bem iluminado, organizado e demonstra uma estrutura voltada para atendimentos médicos remotos ou informatizados, representando a modernização do serviço público de saúde

A Prefeitura de São Paulo criou uma ferramenta digital que possibilita aos profissionais da rede municipal de saúde acessar, de forma instantânea, os dados dos pacientes tanto em consultas presenciais como em teleconsultas.

Por meio dessa ferramenta, chamada de visualizador clínico, o médico tem praticamente todo o histórico de um paciente que se utilizou da rede municipal de saúde: exames efetuados, por quais unidades ele já passou e tratamento que foi prescrito em cada situação, entre outros.

A ferramenta foi desenvolvida pelo Departamento de Tecnologia da Informação e Comunicação (Dtic), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), e coloca a cidade de São Paulo como pioneira ao oferecer esse serviço na área pública.

O visualizador clínico funciona a partir do acesso aos prontuários eletrônicos dos pacientes, possibilitando que os dados dos 9 milhões de usuários do SUS em São Paulo, coletados nos equipamentos da rede municipal, possam ser acessados on-line de forma instantânea.

Os prontuários eletrônicos foram implantados a partir de julho de 2020. Hoje estão disponíveis em 100% das Unidades Básicas de Saúde. Além das 479 UBSs, as 34 Unidades de Pronto-Atendimento e 26 Hospitais Municipais também utilizam esses documentos. Em breve os dados estarão disponíveis também nos equipamentos da Atenção Especializada.

No prontuário eletrônico constam informações ligadas ao processo de assistência ao paciente, entre elas classificação de risco ou acolhimento, queixa/problema, anamnese (entrevista que o profissional de saúde faz ao paciente) e exames físicos, assim como procedimentos realizados, medicações administradas e prescritas, encaminhamentos e solicitações de exames, entre outros dados.

Na prática, o visualizador clínico é um sistema conectado aos diferentes sistemas de informação em uso na SMS, concentrando as informações coletadas por todos os estabelecimentos de saúde em uma única ferramenta à disposição dos médicos.

“O Visualizador Clínico representa um subsídio importante à prática clínica e assistencial, seja no atendimento presencial ou remoto”, diz o diretor do Dtic, Felipe Soares Neves, acrescentando que as ferramentas tecnológicas têm impacto positivo em acesso e qualidade tanto para os profissionais quanto para a população que utiliza a rede municipal de saúde.

Plataforma
Constam do prontuário eletrônico informações ligadas ao processo de assistência ao paciente como um todo, entre elas classificação de risco ou acolhimento, queixa/problema (CID/CIAP), anamnese, exames físicos, procedimentos realizados, medicações administradas e prescritas, encaminhamentos e solicitações de exames, entre outros. Aintegração de dados se dá por meio de um repositório conectado aos diferentes sistemas de informação em uso na SMS, concentrando as informações coletadas por todos os estabelecimentos. 

“O visualizador clínico é uma ferramenta que auxilia o médico a obter informações do paciente não só para definição de tratamento, mas também para a visualização da jornada do usuário na rede municipal de saúde, incluindo os hospitais municipais. Ao mesmo tempo, ajuda na investigação epidemiológica e na identificação de quais serviços o paciente está esperando”, explica Jonatas Lima de Bem, Supervisor médico de Atenção Primária do Jardim Ângela e Capão Redondo, localizados na zona sul de São Paulo.    

“Estamos começando a utilizar o visualizador clínico, experimentando os benefícios que a ferramenta oferece e já temos experiências exitosas proporcionadas por ela”, afirma Fátima Affonso, gerente da Assistência Médica Ambulatorial - Especialidades (AMA-E), Santa Cecília, localizada na região central. A unidade, que realizou mais de sete mil atendimentos apenas em fevereiro, é referência em infectologia, especialmente no tratamento das hepatites.  

A gestora conta que o visualizador clínico auxilia, por exemplo, no atendimento de migrantes, pois permite que, mesmo com eventuais barreiras idiomáticas na hora da consulta, o médico veja na ferramenta o que muitas vezes os pacientes não conseguem comunicar. Segundo Fátima, a região da AMA-E Santa Cecília atende muitas pessoas de origem chinesa, japonesa e síria, entre outras nacionalidades. 
Para pacientes, e-SaudeSP oferece um cardápio de serviços

Já para os munícipes, as funcionalidades do aplicativo e-saúdeSP se multiplicaram e permitem a integração dos dados clínicos, laudos de exames e informações sobre as vacinas, além de outras funcionalidades como o Remédio na Hora, que localiza em qual equipamento há disponibilidade do medicamento desejado, SPrEP, canal de acesso às profilaxias pré e pós-exposição (PrEP e PEP) ao HIV e Modera SP, para avaliação do consumo de álcool pelos usuários, entre outras. 

“A expectativa é que em 2025 o e-SaúdeSP ofereça novos serviços, trazendo aos usuários uma experiência ainda mais completa de acesso à saúde ‘na palma da mão’”, afirma Felipe. A plataforma de saúde dos paulistanos soma 6,2 milhões de downloads pelos sistemas Android e IOS, com um total de 4,3 milhões de usuários cadastrados e 26,2 milhões de acessos. 

LEIA também: Saiba mais sobre as funcionalidades do aplicativo e-saúdeSP

Saúde Digital  
Com a criação do Dtic, em 2020, a SMS, hoje detentora da maior ambiente de infraestrutura em nuvem de serviços da América Latina, onde constam informações assistenciais e administrativas, deu um salto em sua estrutura tecnológica. Além da implantação de prontuário eletrônico nos equipamentos, o Dtic unificou as bases do cartão dos paulistanos com a do SUS, em nível nacional. 

Parte desse avanço tecnológico foi viabilizado com recursos do Projeto de Reestruturação e Qualificação das Redes Assistenciais da Cidade de São Paulo – Avança Saúde SP, implantando ao longo dos últimos quatro anos em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e que também contribuiu decisivamente para que a Saúde atingisse seus objetivos no Programa de Metas 2021-2024 da Prefeitura de São Paulo.

Foto: médica acessa visualizador clínico na AMA-E Sana Cecília (Acervo/SMS)

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