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Como está a saúde dos seus rins? É importante fazer esse questionamento porque são responsáveis pela formação de urina e desempenham outras atividades fundamentais para o funcionamento do corpo, como filtrar os dejetos presentes no sangue, ou seja, eliminar substâncias nocivas ao organismo. 

Nem sempre é possível perceber quando há alterações, principalmente em doenças em estágio inicial, com risco de evolução para casos crônicos, como nefrite (inflamação), insuficiência e cálculos (as populares pedras nos rins). No entanto, inchaço, aumento da pressão arterial, fadiga, mal-estar, infecção urinária frequente, presença de espuma ou identificação de coloração avermelhada na urina são os principais sintomas que podem indicar problemas renais. 

O quadro clínico pode ser agravado pela obesidade, doença cardíaca e tabagismo, o uso continuado de medicamentos potencialmente tóxico, como os anti-inflamatórios, e também pela má alimentação, que sobrecarregam o órgão. A hipertensão arterial pode tanto ser a causa como a consequência de uma disfunção renal. Já a diabetes danifica os vasos sanguíneos do órgão, interferindo na filtragem correta do sangue.

Se tiver sintomas, procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência. O médico fará o diagnóstico e passará as recomendações necessárias, além de indicar o tratamento adequado para o caso.

Cuidados com os rins
Para se prevenir e garantir a saúde renal, tenha hábitos saudáveis:

• consuma água em boas condições de potabilidade, faça exercícios físicos, tenha uma dieta saudável (com pouco sal e gordura), controle o tabagismo e a obesidade;
• procure a sua UBS de referência com regularidade para realizar o acompanhamento em saúde e realize exames para diagnóstico precoce de doenças renais sempre que solicitados;
• nos pacientes já diagnosticados, é importante fazer o controle e tomar medidas para diminuir a progressão da doença.

Insuficiência renal
Quando não tratadas corretamente no estágio inicial, as doenças renais podem evoluir para quadros graves como a insuficiência renal irreversível, ou seja, quando os órgãos perderam as funções básicas, e o paciente precisa de tratamento como diálise (filtragem mecânica do sangue) ou transplante.
Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) mostram que 46% dos doentes renais estão acima dos 64 anos. Os principais motivos para o desenvolvimento dessa condição são diabetes mellitus e hipertensão não tratadas. No Brasil, aproximadamente, 34% dos pacientes que fazem tratamento renal, a chamada diálise, têm pressão alta, e cerca de 30% são diabéticos.

Transplantes
O Brasil possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Em números absolutos, é o segundo maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. De janeiro a setembro de 2023, o Brasil registrou 6.766 transplantes de órgãos sólidos, como coração, rim, pulmão e fígado, por exemplo, segundo o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde. Das 4.514 cirurgias realizadas, o rim foi o órgão mais transplantado, com 66,72% dos procedimentos.

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