Secretaria Municipal da Saúde

Terça-feira, 22 de Abril de 2025 | Horário: 16:00
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UBSs realizam mais de sete mil exames em ação voltada a pacientes com diabetes

Causada pela falta de controle da doença, neuropatia diabética periférica ou pé diabético afeta os nervos das extremidades do corpo, fazendo com que o indivíduo perca a sensibilidade
A imagem mostra uma ação de cuidado com a saúde em um ambiente ao ar livre, sob uma tenda azul. Um profissional de saúde, usando roupa escura e máscara, está examinando os pés de um idoso que está sentado em frente a ele, com as pernas estendidas sobre um apoio coberto com um lençol branco. Ao fundo, uma profissional de jaleco branco observa a consulta e segura uma prancheta. Na parede atrás da tenda, há um cartaz que indica tratar-se de uma ação relacionada ao cuidado com o “pé diabético”. A cena transmite atenção, acolhimento e cuidado especializado com a saúde da população

Na última quinta-feira (17), as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) realizaram 7.790 avaliações de pé diabético durante a ação “Caminhando com saúde – cuide dos seus pés”. Em dois anos, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), triplicou o número deste tipo de exame: se em 2022 foram realizados 14.025 exames, em 2024, esse número chegou a 41.896, e em 2025, de janeiro a março, foram 11.978 exames, número que cresceu com a iniciativa nas UBSs. 

A ação foi voltada à conscientização sobre a importância que pessoas com diabetes devem ter com os pés. O diabetes é uma doença crônica de alta incidência que acomete crianças, adolescentes, adultos e gestantes. A enfermidade faz com que o corpo humano não produza insulina (hormônio responsável por regular os níveis de glicose no sangue) suficiente ou a quantidade produzida seja insuficiente. 

Entre as diversas consequências do diabetes não controlado está a neuropatia diabética periférica, o chamado “pé diabético”, complicação que afeta os nervos das extremidades corpo, tornando a conscientização uma prioridade da SMS, que faz busca ativa com as pessoas monitoradas pelo Programa de Automonitoramento Glicêmico (Pamg). 

O pé diabético surge quando a oscilação de glicemia provocada pela doença faz com que a sensibilidade dos pés – principalmente nas plantas – seja reduzida. O resultado desse processo de adormecimento é o aparecimento de machucados que se agravam e podem levar à amputação do membro. Entre outros aspectos, o exame do pé diabético avalia a sensibilidade dos pés, a circulação e outros fatores de risco, como alterações na estrutura óssea. O objetivo é identificar precocemente problemas que possam levar a úlceras, gangrena e amputação.

Entre os 7.790 pacientes avaliados na última quinta-feira, 1.257 tinham alterações de sensibilidade e 453 apresentavam lesões nos pés. 

“É essencial que a pessoa com diabetes tenha atenção aos pés, pois podem ter perda de sensibilidade e desenvolver lesões que podem ser agravar, sem que percebam”, orienta o endocrinologista Carlos Guilherme Lyra Pereira, do Hospital do Servidor Público Municipal. 

Ele dá algumas orientações:

  • evitar andar descalço, para estar menos sujeito a cortes, machucados e ferimentos nos pés;
  • usar calçados confortáveis e, no caso de sandálias, é importante que não tenham tiras entre os dedos;
  • hidratar os pés para evitar fissuras;
  • enxugar bem entre os dedos e após banho, praia ou piscina;
  • ao cortar as unhas, tomar cuidado para não se machucar, pois caso ocorra, o ferimento pode evoluir e infeccionar;
  • habituar-se a realizar o autoexame, olhando diariamente dedos, calcanhar, peito e planta dos pés para verificar se há algum ferimento.

Prevenção e tratamento
Por se tratar de uma doença que não tem cura, o diagnóstico precoce do diabetes é importante e garante a qualidade de vida do paciente. O exame de sangue, realizado pela rede municipal de saúde, é capaz de identificar os níveis glicêmicos de uma pessoa. Caso a análise confirme algum desequilíbrio, o médico pode solicitar novos exames e encaminhar o paciente para acompanhamento, que inclui uma equipe multidisciplinar.

Por meio do Pamg, nos últimos cinco anos, a rede municipal da capital já ofereceu a mais de 142 mil pacientes diabéticos insulinodependentes insumos como tiras, lancetas e seringas, bem como canetas de aplicação de fácil manuseio.

As unidades da rede municipal de saúde podem ser consultadas por meio da plataforma Busca Saúde: http://buscasaude.prefeitura.sp.gov.br/

 

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