Secretaria Municipal da Saúde
RAIVA HUMANA
Como uma pessoa pode pegar a Raiva?
Através de mordeduras, arranhaduras e lambeduras por mamíferos com potencial em transmitir o vírus da raiva. No caso de morcegos, pode ser transmitido pelo simples contato!
Quais os animais que transmitem o vírus da raiva?
TODOS OS MAMÍFEROS:
ü Animais domésticos: cães e gatos;
ü MORCEGOS: todas as espécies;
ü Animais Silvestres: primatas (saguis), capivaras, guaxinim, gambás, quatis, etc
ü Herbívoros ou Animais de Produção: eqüinos, bovinos, caprinos, ovinos, suinos.
ü Roedores urbanos não transmite raiva
Como evitar os acidentes com animais potencialmente transmissores do vírus da raiva?
ü Domiciliação dos animais, ou seja, cães e gatos não devem ficar soltos nas ruas, ou estar sem a supervisão dos tutores, como por exemplo, soltos em telhados;
ü Castração dos cães e gatos;
ü Conhecimento do comportamento dos animais
ü Vacinação antirrábica anual de cães e gatos;
ü Locais arborizados (prédios, comércios casas, apartamentos), usar telas nas janelas para evitar a entrada de morcegos;
ü Nunca manipular morcegos;
ü Não oferecer comida para primatas e quatis e outros animais silvestres.
O que devo fazer quando for agredido por um animal?
ü IMPORTANTE! Lavar imediatamente o ferimento com água corrente e sabão por pelo menos 15 minutos;
ü Procurar imediatamente o Serviço de Saúde mais próximo;
ü Não MATAR e não ABANDONAR o animal;
ü Em caso de morte, ligar 156 para remoção do corpo para diagnóstico de raiva animal
Qualquer Unidade de Saúde pode realizar o primeiro atendimento. Nos casos com indicação de tratamento (vacina ou soro), o médico fará o encaminhamento para uma das unidades de referências que fazem a aplicação
IMPORTANTE:
Não falte ou abandone o tratamento, mesmo que as feridas sejam superficiais. O tratamento completo é a garanti do sucesso na prevenção da doença.
TRATAMENTO: NÃO TEM CONTRAINDICAÇÃO!
Indivíduos imunodeprimidos, gestantes, em lactação podem receber o tratamento.
1- Animais Vivos e saudáveis que podem ser observados: Estes animais são as únicas espécies que podemos observar seja dos vizinhos, parentes, comunitários ou do morador de rua. O período de observação são 10 dias (conduta indicada no município de São Paulo). O cão ou gato deve receber água e alimentação normalmente e deve-se evitar sua fuga para evitar que agrida outras pessoas ou animais e possa completar o período de observação.
2- Animais desaparecidos, desconhecidos, mortos e/ou eutanasiados em clínicas veterinárias. Neste caso, a vítima tem indicação de tratamento, então deve procurar imediatamente a unidade de saúde para avaliação médica. O profissional médico realizará o primeiro atendimento e encaminhará para as UNIDADES DE REFERÊNCIA DA PROFILAXIA DE PÓS EXPOSIÇÃO DA RAIVA
Nas referências, o médico indicará a conduta de acordo com o acidente:
1. Exposição das lesões: (leves ou graves), região do corpo;
2. Profundidade: (superficial ou profundo);
3. Extensão: (únicos ou múltiplos);
4. Espécie Agressora. A condição vacinal do cão ou do gato não interfere na conduta!
O animal será resgatado e encaminhado para o laboratório do DVZ - Divisão de Vigilância de Zoonoses, conhecido como: Centro de Controle de Zoonoses onde será realizado o exame para o diagnóstico de Raiva Animal.
A vítima deve iniciar imediatamente o tratamento de profilaxia de pós-exposição da raiva.
Caso a morte do animal seja por outras causas poderá acessar o link para descarte seguro.
ACIDENTES COM MORCEGOS E OUTROS ANIMAIS SILVESTRES
1-MORCEGOS: Os morcegos, atualmente, são as espécies de maior importância para a Saúde Pública na transmissão do vírus da raiva. Por se tratar de um mamífero silvestre e sem o conhecimento detalhado como essa doença se manifesta neles, o acidente com estas espécies é GRAVÍSSIMO! Na natureza eles atuam no reflorestamento e também são protegidos pelas leis: 5.197/1967 e 9.605/1998, que penalizam indivíduos de “condutas e atividades lesivas ao meio ambiente”
Acidente por morcego hematófago
O risco de transmissão ocorre em mordeduras, arranhaduras, lambeduras e também pelo contato direto (pegar na mão). |
O FERIMENTO OU LOCAL DE CONTATO COM O MORCEGO DEVE SER LAVADO COM ÁGUA E SABÃO!
PROCURE IMEDIATAMENTE ATENDIMENTO MÉDICO!
Pessoas que frequentam áreas de matas, retiros, acampamentos, visitam cavernas ou grutas devem ter cuidado para evitar acidentes com morcegos se PROTEGER com o uso:
ü Botas
ü Meias compridas
ü Calças e camisas de manga longa
ü Seguir as orientações dos guias em visitas a grutas e cavernas
ATENÇÃO! MORCEGOS EM SITUAÇÕES ANORMAIS: encontrados caídos no chão, voando durante o dia, os que adentram as residências, lojas ou prédios. Devemos cobrir com um pano, toalha ou caixa, para contê-los de forma segura impedindo que voe e comunicar imediatamente ao NUNCA PEGAR COM AS MÃOS. Comunicar imediatamente ao DVZ - Divisão de Vigilância de Zoonoses, conhecido como: Centro de Controle de Zoonoses ao CCZ, pelo telefone 156 e solicitar a remoção do animal e o diagnóstico de Raiva.
2-OUTROS SILVESTRES
Estes animais não são observáveis mesmo que domiciliados ou domesticados:
- PNH: PRIMATAS NÃO HUMANOS: sagüis, bugios, macacos em geral
- HERBÍVOROS: eqüinos, bovinos, ovinos, caprinos, suínos
- OUTROS SILVESTRES: capivara, quati, raposa, cão do mato, guaxinim, gambá, etc.
O processo de urbanização dos animais silvestres pelo homem, aumenta o risco de transmissão de doenças nos animais domésticos. A adaptação e a variedade de espécies, a locomoção, desequilíbrio ambiental, favorecem à manutenção do vírus da raiva.
Os herbívoros desenvolvem a raiva devido a presença de morcegos hematófagos na região. As pessoas devem ter cuidado ao manipular a boca desses animais, principalmente os tratadores e veterinários.
SEMPRE LAVAR O LOCAL DA LESÃO COM ÁGUA E SABÃO E PROCURAR IMEDIATAMENTE O ATENDIMENTO MÉDICO.
3- ROEDORES URBANOS - Animais De Baixo Risco De Transmissão De Raiva
Roedores urbanos, ratos, ratazanas, hamsters, lagomorfos (coelhos)
Não indica tratamento específico para raiva
Avaliar lesão local e profilaxia do tétano e leptospirose