Secretaria Municipal da Saúde
Febre Tifóide
O que é Febre Tifóide?
A Febre Tifóide é uma doença bacteriana aguda, causada pela Salmonella enterica sorotipo Typhi, de distribuição mundial. A doença está diretamente associada a baixos níveis socioeconômicos, principalmente em regiões com precárias condições de saneamento básico, higiene pessoal e ambiental.
Nesse contexto, a Febre Tifóide está praticamente eliminada de países onde esses problemas foram superados. No Brasil, a doença ocorre sob a forma endêmica em regiões isoladas, com algumas epidemias onde as condições de vida são mais precárias, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.
Quais são os sintomas da Febre Tifóide?
Os principais sintomas da Febre Tifóide são:
- febre alta;
- dores de cabeça;
- mal-estar geral;
- falta de apetite
- retardamento do ritmo cardíaco;
- aumento do volume do baço;
- manchas rosadas no tronco;
- prisão de ventre ou diarreia;
- tosse seca.
Assim que surgir qualquer sintoma, procure um médico imediatamente para iniciar o tratamento.
Como a Febre Tifóide é transmitida?
A transmissão da Febre Tifóide pode ocorrer de duas maneiras principais:
- forma direta: contato com as mãos do doente ou portador, secreção respiratória, vômito ou pus infectado;
- forma indireta: ingestão de água ou de alimentos contaminados com fezes humanas ou com urina contendo a Salmonella enterica sorotipo Typhi.
O tempo de eliminação da bactéria varia de uma a três semanas, podendo chegar a três meses. Entre 2 a 5% dos pacientes transformam-se em portadores crônicos da Febre Tifóide e podem transmitir a doença por até um ano.
Como é feito o diagnóstico da Febre Tifóide?
O diagnóstico da Febre Tifóide é feito com base na avaliação clínica do paciente, histórico de onde esteve e o que consumiu, nos hábitos de higiene e se vive em regiões com pouco saneamento básico ou não.
Com base nos sintomas tradicionais, que podem se confundir com os de outras doenças, como infecções por Salmonella entérica sorotipo Paratyphi ou doenças que apresentam febre prolongada (pneumonias, tuberculose, meningite, doença de chagas, malária, toxoplasmose, esquistossomose, entre outras), o médico pode solicitar exames específicos para diagnosticar a doença e detectar a Salmonella Typhi, como, por exemplo: exame de sangue e exame de fezes.
Como prevenir a Febre Tifóide?
O saneamento básico, o preparo adequado dos alimentos e a higiene pessoal são as principais medidas de prevenção da Febre Tifóide. A vacina atualmente disponível não possui um alto poder imunogênico e a imunidade é de curta duração, sendo indicada apenas em situações específicas, como para recrutas em missão em países endêmicos ou pessoas sujeitas a exposições excepcionais, como trabalhadores que entram em contato com esgotos, ou pessoas que vivem em áreas de alta endemicidade
Viajantes e a Febre Tifóide
O Regulamento Sanitário Internacional da Organização Mundial da Saúde não recomenda a vacinação contra a febre tifóide para viajantes internacionais que se deslocam para países onde estejam ocorrendo casos da doença.
Os viajantes podem adotar as seguintes recomendações:
- Consumir água e gelo apenas de procedência conhecida. Caso tenham dúvidas, clorar a água com hipoclorito de sódio 2,5% (duas gotas de hipoclorito para cada litro de água);
- Escolher alimentos seguros, verificando prazo de validade, acondicionamento e suas condições físicas (aparência, consistência, cheiro, dentre outros);
- Evitar o consumo de alimentos crus, mal cozidos/assados (hortaliças, ovos, carnes, dentre outros); evitar o contato entre alimentos crus e cozidos;
- Armazenar adequadamente os alimentos cozidos que serão consumidos mais tarde;
- Evitar comer alimentos prontos para o consumo deixados à temperatura ambiente por várias horas;
- Reaquecer bem os alimentos que tenham sido congelados ou refrigerados antes de consumí-los;
- Evitar o consumo de alimentos vendidos por ambulantes ou de procedência duvidosa e observar as informações contidas nos rótulos dos alimentos;
- Manter os alimentos fora do alcance de insetos, roedores e outros animais;
- Lavar as mãos com frequência e, em situações de risco, utilizar água mineral para ingestão e higiene oral;
- Não tomar banho/nadar em rios, lagos, piscinas com água contaminada;
- Evitar praias poluídas