Prefeitura de São Paulo

     A Investigação Epidemiológica Complementar de Casos Suspeitos de Intoxicação Exógena consiste em um estudo de campo a partir de um ou mais casos notificados, tem como objetivo obter informações relevantes adicionais, de forma a auxiliar no esclarecimento do caso. Além de complementar as informações, possibilita a qualificação das notificações e auxilia na abordagem das famílias envolvidas nos casos de óbito em orientação da inclusão destes nas linhas de cuidado específicas; favorece a integração entre a Vigilância e a Assistência à Saúde da população exposta aos agentes tóxicos, contribuindo para a organização da Saúde frente ao agravo.

   O Programa Municipal de Prevenção de Controle de Intoxicações (PMPCI) demanda aos responsáveis pela Vigilância Epidemiológica do agravo nas Unidades de Vigilância em Saúde (UVIS), a Investigação Epidemiológica Complementar de Casos Suspeitos de Intoxicação Exógena nas situações:
- Óbitos;
- Exposições por “CHUMBINHO”;
- Casos atípicos.

   Esse documento foi desenvolvido pelo PMPCI com o objetivo de auxiliar os profissionais responsáveis pela Vigilância Epidemiológica das Intoxicações Exógenas (IE) nas Unidades de Vigilância em Saúde (UVIS) e Serviços de Saúde do Município de São Paulo na investigação complementar dos casos suspeitos de intoxicação, utilizando os Instrumentos de Investigação Epidemiológica de Casos atípicos suspeitos de IE; Casos suspeitos de IE por “CHUMBINHO” e Óbitos suspeitos de IE.

UVIS de Atendimento:

 1. Coletar dados em considerando todas fontes de informações possíveis no momento da investigação, como a entrevista com familiares e/ou acompanhantes do paciente, vistas a ficha de atendimento, prontuário e resultados laboratoriais. Anotar as informações coletadas no Instrumento de Investigação Complementar correspondente e atualizar as informações na Ficha de Investigação de Intoxicação Exógena (FIIE) e no Sinan;

2. Nos casos de óbito, é importante a revisão das informações da GEC - Guia de Encaminhamento do Cadáver ao IML, que podem apresentar informações importantes. Nestes casos, os profissionais do PMPCI se dirigirão ao IML para coletar as informações dos laudos toxicológicos e posteriormente complementar a investigação;

3. Proceder a Visita Domiciliar (VD), para complementação das informações contidas no Instrumento de Investigação Complementar. Nos casos em que a UVIS de Atendimento e a UVIS de Residência não forem as mesmas, a UVIS de Atendimento deverá encaminhar o Instrumento de Investigação Complementar para que a UVIS de Residência proceda a VD

 UVIS de Residência:

1. Adicionar ao Instrumento de Investigação Complementar as informações que não foram coletadas no serviço de saúde e que foram referidas pela vítima ou familiares (ex.: procedência do produto, ocorrência de casos semelhantes na vizinhança, etc.);

2. Orientar quanto aos riscos à saúde consequentes das exposições aos produtos químicos (agentes tóxicos);

3. Realizar medidas de acompanhamento em NASF - Núcleos de Apoio à Saúde da Família e CAPS - Centro de Apoio Psico Social, e com a própria equipe da UBS de residência, conforme indicado.

UVIS de Residência:

1. Complementar a FIIE e atualizar no Sistema (Sinan);
2. Realizar a análise e construir a síntese do caso;
3. Elaborar relatório e divulgar à UVIS de Atendimento e aos serviços de saúde envolvidos;
4. Encaminhar o Instrumento de Investigação Complementar ao PMPCI por e-mail: vigintox@prefeitura.sp.gov.br .
 

1 - Instrumento Auxiliar de Investigação de Casos Atípicos de intoxicação (Suspeita ou confirmada)

2 - Instrumento Auxiliar de Investigação de intoxicação por Chumbinho (Suspeita ou confirmada)

3 - Instrumento Auxiliar de Investigação de Óbito por intoxicação (Suspeita ou confirmada)