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Com reforço no policiamento, centro de São Paulo tem queda de 27,2% em roubos
O Governo de São Paulo reforçou a segurança na região central da capital, ampliou tratamentos de saúde para dependentes químicos e deu início a um audacioso projeto de revitalização urbana que vai levar a sede administrativa da gestão para o coração da cidade. As ações já resultam na redução da criminalidade. Nos dez primeiros meses deste ano, os roubos caíram 27,2% e os furtos, 18% na comparação com o mesmo período do ano passado no centro, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Com foco no tratamento de dependentes químicos que circulam pelas Cenas Abertas de Uso na região, o governo ampliou em cinco vezes a oferta de leitos hospitalares especializados. Em 2025, a expectativa é avançar com a parceria público-privada (PPP) do Centro Administrativo Campos Elíseos. A consulta pública para que a população opine sobre o tema será no início do ano para que, até dezembro, o projeto seja leiloado.
Mais segurança no Centro de São Paulo
Nos últimos dois anos, o centro de São Paulo foi reforçado com 400 policiais, quatro novas Bases Comunitárias da Polícia Militar e uma base comunitária móvel. Além disso, em parceria com a Prefeitura de São Paulo, a Operação Delegada, que combate o comércio irregular, recebeu 1,3 mil novos agentes.
Dados da 1ª seccional, do Centro de São Paulo, mostram uma redução no número de ocorrências policiais entre janeiro e outubro de 2024 em relação ao mesmo período de 2023. A redução mais expressiva se deu no número de roubos de veículos, que caíram de 300 para 206, uma redução de 31,3%. Os roubos em geral foram de 21.125 para 15.370, queda de 27,2%. Furtos caíram de 56.860 para 46.651, queda de 18%. Em 21 meses de gestão, foram 12 mil prisões e 5,1 toneladas de drogas apreendidas no centro de São Paulo.
“Com a atuação do Governo na região central, uma coordenação que envolve segurança pública, saúde e área social, nós já temos muitos resultados para comemorar. Os indicadores de segurança pública melhoraram”, disse o vice-governador Felício Ramuth, coordenador das Ações Integradas na região central da capital paulista.
O comerciante Mário Kamei tem uma loja de produtos para moto localizada na República há 37 anos. Ele afirma ter percebido a volta de clientes neste ano. “De dois anos para cá, a questão da segurança melhorou muito. Isso inspirou a confiança dos frequentadores, lojistas e funcionários”, relata o comerciante.
Mário destaca a atuação do 7º Batalhão da Polícia Militar, que inaugurou uma nova sede da 2ª Companhia, na rua Dom José de Barros, e a circulação de mais viaturas na região.
Novo centro administrativo
Neste ano, o Governo do Estado de São Paulo avançou no processo de mudança de seu centro administrativo para a região dos Campos Elísios, no centro da capital paulista. Após lançar concurso arquitetônico para selecionar o projeto, o Estado iniciou a etapa de estudos e modelagem da Parceria Público-Privada (PPP) que vai possibilitar a iniciativa.
Em março, foi lançado o Concurso Público Nacional de Arquitetura para selecionar o projeto do novo centro administrativo do Estado. Em agosto, o escritório Ópera Quatro Arquitetura saiu vencedor. A proposta visa construir prédios de diferentes tamanhos, criar fachadas ativas, implantar técnicas sustentáveis, respeitando a história do centro histórico.
O projeto de mudança prevê a transferência do gabinete de governo para a região dos Campos Elísios e a manutenção do Palácio Bandeirantes como residência oficial do governador e sede do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Estado.
Enquanto isso, o Parque Princesa Isabel e seu entorno vão se tornar uma esplanada com novos edifícios para centralizar todas as secretarias, fundações e autarquias estaduais. O Governo de São Paulo estima que ao menos 22 mil servidores públicos passarão a atuar no novo complexo com a mudança. Com isso, a expectativa é fortalecer a revitalização do centro da cidade e, assim, trazer mais investimentos para a região.
“Nós precisávamos dar uma demonstração que a intervenção no centro é para valer. A decisão foi trazer o governo inteiro, 22 mil servidores, para trabalhar em um só centro. Escolhemos a Praça Princesa Isabel, que é o epicentro da política urbana de São Paulo”, diz Guilherme Afif Domingos, Secretário Extraordinário de Projetos Estratégicos do Governo do Estado de São Paulo.
O desenho proposto pelo Ópera Quatro Arquitetura será incorporado aos estudos de viabilidade técnica, econômica e socioambiental. Em 2025, está previsto o lançamento do edital do projeto e o leilão da PPP. A concessionária vencedora deverá contratar o projeto escolhido pelo concurso arquitetônico do novo centro administrativo. A assinatura do contrato acontecerá no segundo semestre do ano que vem.
A Secretaria da Justiça e Cidadania, pasta mais antiga do Governo do Estado de São Paulo, criada em 1892, foi a primeira a iniciar a transferência para o Palácio dos Campos Elíseos neste ano. Os cerca de 200 funcionários ocupavam dois prédios históricos, situados na Praça Patteo do Collegio.
Atendimentos em cenas abertas de uso
O Governo de São Paulo também é responsável por oferecer linhas de cuidado para o tratamento de dependentes químicos, muitos deles concentrados na região do centro de São Paulo. Em relação a Saúde, desde o início da atual gestão, o número de leitos de atendimento na capital aumentou em 400%, passando de 140 para 700.
Desde 2023, o Governo de São Paulo conta com o HUB de Cuidados em Crack e outras drogas, que oferece tratamento continuado a dependentes químicos. Em 2024, foram 45,9 mil atendimentos realizados, com 26,4 mil pacientes atendidos. Destes, 20 mil foram encaminhados para instituições como hospitais especializados, comunidades terapêuticas, UBSs, AMEs e Hospitais Gerais.
Em 2024, o Governo de São Paulo inaugurou duas novas Casas Terapêuticas, locais destinados a pessoas com transtornos por uso de substâncias psicoativas, vivência em situação de rua e com mais de 18 anos de idade. Esses locais contam com equipes multidisciplinares formadas por psicólogos, assistentes sociais, socioeducadores, nutricionistas, entre outros. Ao todo, são seis unidades inauguradas em dois anos de gestão.