Subprefeitura

Quinta-feira, 30 de Junho de 2022 | Horário: 15:41
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Subprefeito Marcelo Salles é entrevistado pelo Jornal Gente

O Subprefeito Marcelo Salles participou, nesta quinta (29), do Jornal Gente na Rádio Bandeirantes e tratou de assuntos como cuidados na região dos Campos Elíseos, projetos aprovados pela Prefeitura, planos de acolhimento para o Centro de São Paulo, entre outros.

Logo de início, o responsável pela administração da Subprefeitura Sé foi questionado sobre a Operação Caronte, que vem sendo realizada na região central da cidade com o objetivo de separar os fornecedores de droga dos dependentes químicos que se encontram em condição de vulnerabilidade. O Subprefeito afirmou que não usa o termo “Cracolândia” para referir-se à região pois ”depõe até com as pessoas que moram no bairro. No Centro de São Paulo moram 450 mil pessoas [...] então você tem que ter essa consideração”. Ele ainda menciona que as ações de combate ao tráfico e o amparo às pessoas socialmente vulneráveis contam com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, da Prefeitura de São Paulo, da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana, além das estruturas das Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e Secretaria Municipal da Saúde. Como resultado das ações, o subprefeito mencionou que a rede de assistência às pessoas viciadas aumentou 8 vezes e o trabalho da Polícia Civil já resultou em mais de 103 traficantes presos.


Sobre o projeto de combate à fome, que foi aprovado pela Câmara Municipal nesta quarta (29) e prevê a criação de um auxílio financeiro para quem acolher pessoas em situação de rua, o Subprefeito concorda com o projeto por acreditar que essas pessoas perdem o vínculo afetivo com a família: “[...] então quando um amigo de infância, quando um primo resolve acolhê-lo, o que a Prefeitura de São Paulo vai dar? Ela fala: ‘eu vou te apoiar com determinado recurso’, que ainda não foi definido, mas pra você poder aumentar o feijão, poder alugar mais um quarto, para poder acolher essa pessoa”. De acordo com Salles, o valor ainda está sendo definido pela Prefeitura de São Paulo juntamente com a área de assistência social e a Secretaria da Fazenda, “será o suficiente para que as pessoas que queiram acolher essas pessoas em situação de rua, possam fazê-lo de maneira digna “.


Quando perguntado sobre a ideia de construir micro-moradias para que pessoas saiam das ruas e se o projeto sairá do papel, o Subprefeito afirmou que o projeto já saiu e que empresas já foram contratadas para sua execução: “Onde era o antigo Detran, na Av. do Estado com Av. Tiradentes, ali tem uma área muito grande que era da Prefeitura e estava cedida para o Governo do Estado. Nós pedimos de volta e vamos fazer ali 300 casas, como se fossem estúdios de 18 metros [...] como se fosse um condomínio. Não é um condomínio que qualquer um pode entrar: ele tem hora pra entrar, ele tem que ter a carteirinha. Junto nós teremos equipes de médicos, nós teremos equipes da Secretaria do Trabalho, então tem toda a preocupação”. O Subprefeito ainda completa dizendo que “a previsão, a ideia, o projeto, [...] esse governo vai conseguir, é de criar 31 mil vagas” para pessoas em situação de rua.


Questionado sobre os motivos para os abrigos não atraírem muitas pessoas em situação de rua, Marcelo Salles explicou que “nós tínhamos uma lógica de abrigo muito grande, então você tinha 500 pessoas, 600 pessoas. Pessoa não tem privacidade, é uma necessidade do ser humano”. Neste caso, o acolhimento especial é um retorno à vida que a pessoa possuía antigamente, uma reinserção social.


O ancora indagou o subprefeito sobre os depoimentos de mães de usuários de drogas dados à Rádio Bandeirantes e termina perguntando qual a importância deste trabalho que a prefeitura está desenvolvendo ao dar este passo. Marcelo Salles responde dizendo que esteve presente em todas as etapas da Operação Caronte e destacou a importância de ter sensibilidade nessas situações com essas pessoas que não possuem mais a capacidade de escolha própria. Segundo o subprefeito, trata-se de “um processo, ninguém tem passe de mágica. Se houvesse, com todo respeito aos administradores que nos antecederam, que antecederam este governo, se a gente pudesse ter uma solução, isso já teria sido feito. As pessoas têm boa intenção querendo resolver o problema. Nós vamos insistir nessa estratégia que foi utilizada nos grandes centros para resgatar essas pessoas. Então é seguir nesta lógica do prefeito Ricardo Nunes, com o programa Reencontro, com o programa Redenção, com o apoio do Governo do Estado, com o CRATOD – Centro de Referência de Álcool Tabaco e Outras Drogas, então é um trabalho de várias mãos para a gente resolver”.


Sobre a infraestrutura da região central, o entrevistador questionou sobre as calçadas, ao que o subprefeito informou que há uma licitação pronta para a reforma no Triângulo Histórico que retirará as pedras portuguesas, pois muitas vezes elas se soltam e causam problema para pessoas com alguma dificuldade de locomoção.
O âncora finaliza a entrevista perguntando sobre a concessão do Vale do Anhangabaú e o subprefeito informou que, até o dia de ontem (29), a Subprefeitura Sé era o poder concedente mas agora a responsabilidade foi repassada para a Secretaria Municipal de Subprefeituras, uma vez que esta possui uma estrutura maior para poder acompanhar e fazer as interligações necessárias com outras secretarias e a empresa concessionária. Salles diz que ainda tem muito a fazer, mas o objetivo é devolver o centro para as pessoas.

 

 

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