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Sexta-feira, 11 de Novembro de 2022 | Horário: 12:12
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Subprefeitura Sé celebra o Dia da Bandeira com a revitalização de 19 praças

Evento acontecerá no Largo do Arouche, a partir das 8h45

 


A Prefeitura da Cidade de São Paulo, por meio da Subprefeitura Sé, realiza evento cívico em celebração do Dia da Bandeira e a entrega simultânea de 19 praças revitalizadas nos oito distritos pelos quais é responsável no Centro da Cidade.

Nomeado como “19|19”, o evento acontece no dia 19 de novembro (sábado), a partir das 8h45, no Largo do Arouche, local que também passou por melhorias durante esta ação especial.

O Dia da Bandeira foi instituído no ano de 1889, pelo decreto lei nº 4, em homenagem ao símbolo máximo da pátria. Como a bandeira brasileira foi estabelecida quatro dias após a Proclamação da República, seu dia é comemorado em 19 de novembro. Durante o evento “19/19”, a Banda da Polícia Militar executará o Hino à Bandeira.

As equipes da Subprefeitura Sé trabalharam arduamente em cada praça, transformando ainda mais os espaços de lazer para a população. Entre as intervenções realizadas estão: reforma de orlas, cobertura vegetal (plantio de grama e ornamentais), paisagismo, poda e pintura. Foram construídos Parcães nas Praças Hélio Ansaldo e Emílio Miguel Abella; e no Largo do Arouche.

Foram revitalizadas com recursos próprios da Subprefeitura Sé as Praças: Dom Orione, na Bela Vista; Antônio Caruso, Nina Rodrigues e Hélio Ansaldo, no Cambuci; Vitor Del Mazo, na Consolação; Largo da Pólvora, na Liberdade; Darcy Penteado, Largo do Paissandú, Largo do Arouche, Paulo Kobayashi, General Craveiro Lopes, Memorial Vladimir Herzog, Emílio Miguel Abella, General Osório e Desembargador Mário Pires, na República; Olavo Bilac, na Santa Cecília; Dr. João Mendes, Ragueb Chohfi e Largo 7 de Setembro, na Sé. Com recursos oriundos do Fundo de Desenvolvimento Urbano (Fundurb) já foram revitalizadas outras três praças: Padre Luís Alves de Siqueira Castro, no Bom Retiro; Umpei Hirano e Largo Nossa Senhora da Conceição, no Cambuci.

O projeto de revitalização das praças tem como objetivo incentivar os moradores e frequentadores da região Central a preservarem e utilizarem esses espaços verdes.

O público presente também poderá participar das atrações musicais e circenses, oferecidas pela Secretaria Municipal de Cultura.

"Nesta data tão especial gostaríamos de fazer um convite para os moradores, as forças vivas, as associações de bairro possam participar e se juntar a nós", convida o subprefeito da Sé, Coronel Marcelo Salles.

 

SERVIÇO

19/19 - Dia da Bandeira e entrega de 19 Praças
Data: 19 de novembro (sábado)
Horário: a partir das 8h45
Local: Largo do Arouche – Centro

 

Saiba mais:

Dia da Bandeira:
conheça o símbolo nacional | A Bandeira Nacional foi criada em 19 de novembro de 1889 pelo filósofo e matemático Raimundo Teixeira e pelo filósofo Miguel Lemos, com desenho do artista Décio Vilares. Inspirada na bandeira do Império, foram mantidas as cores verde e amarela. Mas, no lugar do brasão imperial, foi inserido o círculo azul. O verde e o amarelo eram as cores das casas da família imperial: Bragança e Habsburgo. Na República, passaram a representar as matas e o outro do país. O lema “Ordem e Progresso” vem do positivismo, escola filosófica dos autores da bandeira. Uma sugestão legislativa pretende incluir “Amor”, que também está no credo positivista. Na primeira versão, havia 21 estrelas, que representavam os estados e o céu do Rio de Janeiro às 8h30, do dia 15 de novembro de 1889, data da Proclamação da República. Hoje há 27 estrelas que simbolizam os estados e o Distrito Federal. Decreto nº 4, de 19 de novembro de 1889, Lei nº 8.421, de 11 de maio de 1992. Fonte: Agência Senado.

Hino à Bandeira: O Hino à Bandeira tem letra do poeta Olavo Bilac (1865-1918) e foi composto pelo maestro Francisco Braga (1868-1945). Essa composição foi um pedido do prefeito do Rio de Janeiro, Francisco Pereira Passos (1836-1913), sendo apresentado pela primeira vez no Rio de Janeiro em novembro de 1906. O Hino à Bandeira é um dos hinos da nação brasileira, junto ao Hino Nacional, Hino da Independência e Hino da Proclamação da República.


Conheça a história das praças revitalizadas e seus respectivos distritos:

DISTRITO BELA VISTA

Praça Dom Orione |
Dom Luís Orione (Apóstolo da Caridade) nasceu, em 1872, na Itália. De lá expandiu sua ação para muitos outros países, dentre eles o Brasil. Esteve em São Paulo pela primeira vez em 1921. Foi na Bela Vista, onde desde então, passou a zelar pela antiga capela da rua 13 de Maio, atual Igreja Matriz de Nossa Senhora Achiropita. A obra de Dom Orione manteve ativa mais de duzentas instituições beneficentes que cuidavam da assistência e da promoção de órfãos, crianças pobres, menores portadores de deficiências físicas e mentais, doentes crônicos e idosos. Além do trabalho religioso, desde os tempos da primitiva capela da rua 13 de Maio, várias formas de obras sociais sempre rodearam a matriz beneficiando o povo do bairro. Funcionavam em salas da paróquia numerosas classe regulares, com aulas de recuperação diurnas e noturnas, creche para crianças de famílias vulneráveis e grupos sociais de juventude. Dom Orione faleceu em 12 de março 1940.


DISTRITO BOM RETIRO

Praças Padre Luís Alves de Siqueira Castro | Padre Luís Alves de Siqueira e Castro, nasceu em Santana do Parnaíba, em São Paulo, no dia 15 de março de 1905. Ordenou-se sacerdote em 15 de março de 1931, sendo seus primeiros anos de sacerdócio coadjutor da igreja de Santa Ifigênia. Em 1934, foi vigário da paróquia de Santana do Parnaíba, sua cidade natal. Em 1937, foi transferido para a Capital, onde foi vigário até o dia de sua morte, na paróquia de Santo Antônio da Barra Funda. Faleceu em 29 de março de 1954.


DISTRITO CAMBUCI

Praça Antônio Caruso | Antônio Caruso nasceu em São Paulo, em 1920. Foi casado com Maria Florinda Di Polito Caruso, com quem teve 04 filhos. Foi ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB), tendo atuado nos campos de batalha da Segunda Guerra Mundial. Faleceu no dia 23 de maio de 2005, com 85 anos de idade.

Praça Nina Rodrigues |
Raimundo Nina Rodrigues nasceu em Vargem Grande, Estado do Maranhão, em 4 de dezembro de 1861. Foi etnógrafo, criminalista, patologista, psiquiatra e antropologista, brasileiro. Dedicou-se ao estudo da Antropologia e da Psicologia. Empreendeu numerosos trabalhos no sentido de demonstrar a necessidade da aplicação prática das ciências. Foi pioneiro nos estudos científicos dos negros no Brasil, estudou as religiões, origens, costumes e influências dos africanos e seus descendentes na Bahia. Fundador da Antropologia Criminal Brasileira, deixou vasta bibliografia, com observações diretas, nos diversos campos de sua especialização, sendo de especial interesse folclórico. Na obra “O Animismo Fetichista dos Negros Bahianos” há um estudo pioneiro do Quilombo dos Palmares, que teve grande influência nos historiadores. Faleceu em Paris, França, em 17 de julho de 1906.

Praça Hélio Ansaldo | Hélio Ansaldo nasceu em Santos, em 16 de junho de 1925. Formou-se em Direito pela Faculdade do Largo São Francisco. Exerceu com brilhantismo a carreira de jornalista. Foi locutor esportivo na Rádio Gazeta e locutor comercial na Rádio Panamericana, onde criou o programa Rádio Baile. Nesta última foi ainda, ator de rádio novela, diretor de pessoal e diretor de produção. Na televisão Record, assumiu o cargo de locutor titular de Esportes, tornando-se, posteriormente, apresentador, redator e finalmente diretor artístico. Foi o criador de famosos programas de televisão como: Astros do Disco, Grande Show União, História que a Vida Esqueceu, Troféu Chico Viola, Audiência com o Prefeito e o Jornal Record em Notícias. Exerceu o cargo de procurador da Prefeitura Municipal de São Paulo e presidente do Banespa Serviços Técnicos e Administrativos. Foi deputado estadual de 1991 a 1993. Faleceu em 6 de dezembro de 1997.

Praça Umpei Hirano | Umpei Hirano, pioneiro da Imigração Japonesa no Brasil, nasceu em 23 de março de 1886, na província de Shizuoka, Japão. Formado em Línguas Estrangeiras pela Universidade de Tokyo, foi enviado ao Brasil a bordo do histórico "Kasato Maru", desembarcando em Santos em 18 de junho de 1908, na condição de dirigente e intérprete da primeira leva de imigrantes japoneses. Acompanhou parte dos imigrantes que foram destinados à alta Mogiana, instalando-se na Fazenda Guatapará, no posto de vice-administrador. Sua vocação de pioneiro levou-o já em 1915 à região nordestina de Cafelândia, onde seus superiores o incumbiram de implantar a primeira colonização japonesa. Hirano seguiu à frente de 82 famílias, instalando-se numa área de 1.620 alqueires de mata virgem. Desconhecendo o clima, ignorando a doença naquela região inóspita sem médicos e sem medicamentos, aquelas corajosas famílias foram sendo dizimadas pela malária, atingindo no primeiro ano, quase uma centena de vítimas. Foi aí que Umpei Hirano se transformou no abnegado samaritano daqueles sofridos colonos, improvisando-se em enfermeiro, médico e farmacêutico e sobretudo sendo o conselheiro de todas as horas. Faleceu em 06 de fevereiro de 1919, aos 34 anos, vítima da malária. Dele se pode dizer, como o poeta: "Viveu pouco para viver bem, morreu cedo para viver sempre".

Largo Nossa Senhora da Conceição | Nascida na região da palestina há mais de 2000 anos, Nossa Senhora teve como pais São Joaquim e Santa Ana. Sua maior vocação é ser a mãe do filho de Deus em sua forma humana quando veio ao mundo. Para tal doutrina, a Igreja Católica baseia-se em passagens bíblicas. No livro de Lucas, presente no novo testamento, o apóstolo de Jesus Cristo diz que Maria é “cheia de graça”. Com tal afirmação, a igreja defende que Nossa Senhora da Conceição está plena do favor de Deus, não há em sua vida e coração lugar para o pecado. A primeira imagem de Nossa Senhora da Conceição chegou ao Brasil com Pedro Álvares Cabral. A primeira missa Imaculada Conceição no Brasil teve início na Bahia, quando Tomé de Souza chegou a Salvador trazendo uma escultura da santa, em 1529. A santa foi eleita a protetora do nosso país no período colonial por Dom Pedro I. Porém, o título foi cedido a Nossa Senhora de Aparecida, que é uma antiga imagem da Imaculada Conceição encontrada nas águas do rio Paraíba do Sul, que banha os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.


DISTRITO CONSOLAÇÃO

Praça Vitor Del Mazo | Agrônomo e professor Dr. Vitor Del Mazo Suarez trabalhou no Viveiro Manequinho Lopes, local em que ministrava cursos. Foi fundador do Clube Paulista de Jardinagem, fundado em 21 de dezembro de 1972.


DISTRITO LIBERDADE

Largo da Pólvora | Largo da Pólvora é um nome que remete à história da cidade de São Paulo. Na região do Largo existia um grande armazém de explosivos, com o nome de Casa da Pólvora, construída em 1754. Além do Largo, todo o Bairro da Liberdade era chamado de Bairro da Pólvora. Em 1832, a Prefeitura de São Paulo mandou demolir o armazém, porém mesmo assim, o local ficou denominado como Largo da Pólvora, oficializado pelo Ato 972 de 1916.


DISTRITO REPÚBLICA

Praça Darcy Penteado | Darcy Penteado foi um artista plástico, desenhista, gravador, cenógrafo, figurinista, literato, autor teatral e pioneiro militante dos movimentos LGBT brasileiro. Reconhecido pelos elegantes desenhos a bico de pena, trabalhou primeiro em publicidade e como figurinista, ilustrando revistas de moda, passando logo a trabalhar em teatro, como figurinista e cenógrafo, tendo participado, na década de 1950, do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Participou de inúmeras exposições, ilustrou livros e foi uma figura presente na cena cultural da cidade de São Paulo entre a década de 1950 e década de 1980, quando faleceu vitimado pela AIDS. Participou ativamente, durante os anos de repressão da ditadura militar, do jornal O Lampião, ativo na defesa dos direitos dos homossexuais. Atualmente, suas obras podem ser vistas no museu mantido pelo Centro Cultural Brasital, no município de São Roque, interior de São Paulo.

Largo do Paissandú | Paiçandú é um nome muito antigo e que remete à história da cidade de São Paulo. Na segunda metade do século XVIII, uma grande área de terras, localizada onde hoje é o largo do Paiçandú, pertencia ao Sargento-Mór Manoel Caetano Zuniga (ou Zunega). O local era bastante úmido, já que havia algumas nascentes de água que, ao escoarem para o Anhangabaú, formavam algumas lagoas. A principal delas, bem no centro do atual largo, era chamada de "Tanque do Zunega". Por essa mesma característica, no início do século XIX o local passou a ser conhecido como "Praça das Alagoas". No dia 28 de novembro de 1865, por proposta do vereador Malaquias Rogério de Salles Guerra, o espaço recebeu o nome definitivo de "Largo do Paissandú", em referência à Batalha de Paissandú, travada no dia 02 de janeiro de 1865, no Uruguai, e que antecedeu a Guerra do Paraguai.

Largo do Arouche | No início do século XIX, toda a área hoje conhecida como "Vila Buarque" era de propriedade do Tenente General José Arouche de Toledo Rendon que nasceu em São Paulo, em 14 de março de 1756. Doutorou-se em Direito pela Universidade de Coimbra e foi um dos melhores advogados de seu tempo. Em 1813, assumiu o comando militar das vilas do norte de São Paulo, cargo que manteve até 1820, atingindo o posto de tenente general. Participou das lutas pela Independência do Brasil, foi Deputado Constituinte e primeiro Diretor da Faculdade de Direito de São Paulo. Introdutor da cultura do chá na cidade de São Paulo (por volta de 1820), transformou toda a sua chácara numa imensa plantação com mais de 54 mil pés. Antes disso, o General Arouche havia implantado em sua propriedade uma praça para exercícios militares que englobava os atuais "Largo do Arouche" e "Praça da República". Faleceu no dia 26 de junho de 1834, na capital paulista.

Praça Paulo Kobayashi | Paulo Seiti Kobayashi nasceu em Ribeirão Pires, em 30 de junho de 1945. Fez seus estudos iniciais em sua cidade; em 1965, ingressou na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), onde cursou Geografia, formando-se em 1971, ano em que cursou Psicologia da Educação também na PUC. Foi durante muitos anos professor de Geografia do Colégio Objetivo. Foi deputado estadual na 8ª Legislatura (1975/1979) pela ARENA e na 10ª Legislatura (1983-1987) pelo PMDB. Vereador à Câmara Municipal de São Paulo, em 1992 e entre 1993/1995, ocupou a presidência do legislativo municipal. Foi novamente deputado estadual na 12ª Legislatura (1995/1999), pelo PSDB, partido do qual foi um dos fundadores, e deputado federal nos períodos de 1999/2203 e de 2003/2005. O deputado Paulo Kobayashi foi presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, no biênio 1997/1999, na 13ª Legislatura. Faleceu no dia 26 de abril de 2005, com 59 anos de idade.

Praça General Craveiro Lopes | Francisco Higino Craveiro Lopes nascido dia 12 de abril de 1894, natural de Lisboa, Portugal. Foi casado com Berta da Costa Ribeiro Arthur e teve 4 filhos. Foi um político e militar. Exerceu o cargo de governador da Índia em 1936, e comandante geral da Legião Portuguesa, no período de 1944 a 1950. Foi Presidente de Portugal entre 1951 e 1958. Em 1957, foi promovido a brigadeiro e, em 1959, a general. Visitou o Brasil em 1957 e, em sua homenagem, a praça situada entre o viaduto Maria Paula e a rua Santo Antônio recebeu o seu nome. Faleceu dia 2 de setembro de 1964, aos 70 anos de idade em Lisboa, Portugal.

Praça e Memorial Vladimir Herzog | Vladimir Herzog, o Vlado, foi jornalista, professor e cineasta brasileiro. Nasceu em 27 de junho de 1937 na cidade de Osijsk, na Croácia. Morou na Itália e emigrou para o Brasil com os pais em 1942. Foi criado em São Paulo e naturalizou-se brasileiro. Estudou Filosofia na Universidade de São Paulo (USP) e iniciou a carreira de jornalista em 1959, no jornal O Estado de S. Paulo. Nessa época, achou que seu nome de batismo, Vlado, não soava bem no Brasil e decidiu passar a assinar como Vladimir. No início da década de 1960, casou-se com Clarice Herzog. Trabalhou na revista Visão por cinco anos e foi professor de telejornalismo na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e na Escola de Comunicações e Artes da USP. Em 1975, Vladimir Herzog foi escolhido pelo secretário de Cultura de São Paulo, José Mindlin, para dirigir o jornalismo da TV Cultura. Em 24 de outubro do mesmo ano, foi chamado para prestar esclarecimentos na sede do DOI-Codi sobre suas ligações com o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Sofreu torturas e, no dia seguinte, foi morto. Em 1978, a Justiça brasileira condenou a União pela prisão ilegal, tortura e morte de Vladimir Herzog. Em 1996, a Comissão Especial dos Desaparecidos Políticos reconheceu oficialmente que ele foi assassinado e concedeu uma indenização à sua família, que não a aceitou, por julgar que o Estado brasileiro não deveria encerrar o caso dessa forma. Eles queriam que as investigações continuassem. O atestado de óbito, porém, só foi retificado mais de 15 anos depois. O documento foi entregue pelo estado para a família em março de 2013: no lugar da anotação de que Vladimir morreu devido a uma asfixia mecânica (enforcamento), no documento passou a constar que “a morte decorreu de lesões e maus-tratos sofridos durante o interrogatório em dependência do II Exército – SP (DOI-Codi)”.

Praça Emílio Miguel Abella | Emilio Miguel Abellá, nasceu na Espanha em 1920. Ecologista, artista plástico e pacifista, Miguel Abellá foi um dos grandes ícones do ambientalismo paulistano. Também foi um dos fundadores do Movimento Arte e Pensamento Ecológico, que reuniu a obra de artistas como Aldemir Martins, Rebolo, Penachi, Tozzi e outros que também defendiam a causa ambientalista. Notabilizou-se quando, em 1973, saiu às ruas vestido com uma máscara de oxigênio e de saiote, levando consigo placas de reportagens sobre a poluição do ar em São Paulo. Fez muitas outras campanhas performáticas contra a exploração de madeira na Amazônia nos anos 1970, contra a poluição de Cubatão e do Tietê e, também, contra o fim de Sete Quedas. Em 1975, liderou uma passeata no centro paulistano em protesto contra o Acordo Nuclear Brasil-Alemanha, com um grupo de amigos artistas vestidos de carlitos e pierrôs, que conseguiu desarmar a repressão com sua singeleza e cambalhotas. Somam-se a esses, inúmeros outros feitos de Abellá na defesa do meio ambiente e do direito à vida, quando esta preocupação no Brasil ainda era recente. Faleceu no dia 13 de junho de 2000, aos 80 anos de idade.

Praça Desembargador Mario Pires | O desembargador Mario de Almeida Pires nasceu em 30 de novembro de 1875, na cidade de Rio Grande, Estado do Rio Grande do Sul. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo em Ciências Jurídicas e Sociais. Nomeado promotor público da comarca de Ribeirão Preto em 11 de março de 1902. Foi removido para a 3ª Promotoria Pública da Capital em 20 de novembro de 1911. Por Decreto de 24 de janeiro de 1920 foi nomeado juiz da Vara Criminal de Santos. Por Decreto de 23 de agosto de 1927, foi removido por merecimento para a 4º Vara Cível e Comercial da Capital. Em 08 de março de 1928 em consequência de permuta com o respectivo juiz para exercer na 5ª Vara Criminal, em cujo exercício o atingiu o Decreto de 27 de julho de 1938 de sua nomeação para o cargo de desembargador com assento na 6ª Câmara do Tribunal de Justiça. Se aposentou em 28 de maio de 1941. Faleceu em São Paulo em 09 de março de 1950.

Largo General Osório | Manuel Luís Osório, conhecido também como Marquês do Herval, nasceu em 10 de maio de 1808 em terras que pertenciam à Vila de Nossa Senhora da Conceição do Arroio, no estado do Rio Grande do Sul. Comandou o exército na Guerra do Paraguai, tendo participado da retomada de Uruguaiana. Também participou das batalhas: Tuiuti (1866), o maior combate travado na América do Sul, na qual comandou o centro do dispositivo militar do exército brasileiro contra o ataque paraguaio; Itororó e Avaí, onde foi alvejado no rosto. Foi também senador pelo Rio Grande do Sul e ministro da Guerra. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro/RJ em 4 de outubro de 1879.


DISTRITO SANTA CECÍLIA

Praça Olavo Bilac | Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac, poeta e jornalista brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro em 16 de dezembro de 1865. Cursou a Faculdade de Medicina e a Faculdade de Direito, respectivamente no Rio de Janeiro e em São Paulo, embora não tenha terminado nenhum dos cursos. Desde cedo, Olavo Bilac entusiasmou-se não só pela vida política do País, como também pela Literatura e pelo Jornalismo. Colaborou com "Cidade do Rio" e foi redator do "Combate". Em 1893 foi perseguido por Floriano Peixoto, após a Revolta da Esquadra e aprisionado durante seis meses numa fortaleza. Exerceu os cargos de oficial da Secretaria do Interior, no Rio de Janeiro, inspetor escolar do Distrito Federal, secretário da Conferência Pan-Americana, realizada em 1906, no Rio de Janeiro, tendo sido nomeado delegado do Congresso Pan-Americano, reunido em 1910, em Buenos Aires. Tornou-se notável pelo seu espírito cívico. Defendeu a obrigatoriedade do serviço militar no Brasil e consagrou-se como um dos maiores apologistas dos princípios patrióticos nacionalistas. Os poemas "Os Sinos", "As Árvores", "As Ondas", e os sonetos "Via Láctea", "Profissão de Fé" e "O Caçador de Esmeraldas", são considerados os mais representativos, dentre a extensa obra do grande parnasianista brasileiro. Olavo Bilac escreveu a letra do Hino à Bandeira que foi composta pelo maestro Francisco Braga (1868-1945), a pedido do prefeito do Rio de Janeiro, Francisco Pereira Passos (1836-1913), sendo apresentado pela primeira vez no Rio de Janeiro em novembro de 1906. Faleceu no Rio de Janeiro em 28 de dezembro de 1918.


DISTRITO SÉ

Praça Dr. João Mendes | A Praça Dr. João Mendes começou a ser formada pelos idos de 1756, quando a Irmandade de Nossa Senhora da Conceição e São Gonçalo Garcia escolheu o local para a construção de uma capela. Em 1757 já existia um pequeno pátio defronte da mesma capela que recebeu o primitivo nome de Campo ou Largo de São Gonçalo. No ano de 1791, era inaugurado nesse mesmo Largo o novo edifício da Câmara Municipal de São Paulo que, também, abrigava a cadeia, construída em 1787. No dia 29 de novembro de 1898, através da Resolução nº 102, o mesmo logradouro foi oficializado como Praça Dr. João Mendes. João Mendes de Almeida nasceu na cidade de Caxias, Estado do Maranhão, em 22 de maio de 1831 e faleceu na cidade de São Paulo, em 16 de outubro de 1898. Iniciou seu curso superior na Faculdade de Direito de Olinda, transferiu-se depois para a cidade de São Paulo, onde bacharelou-se no ano de 1853. Em seguida, exerceu por um curto período o cargo de Juiz em Jundiaí e, também, na capital até 1858, quando abandonou a magistratura para dedicar-se à política. Ingressando no Partido Conservador, foi um dos seus chefes e pelo qual, de 1859 a 1878, sucessivas vezes, foi eleito deputado, ora da antiga Província de São Paulo, ora nacional. Apesar de monarquista convicto, trabalhou intensamente para a libertação dos escravos no Brasil. Foi o principal redator da Lei do Ventre Livre, a qual defendeu através de inúmeros artigos publicados na imprensa.

Largo Sete de Setembro | Largo Sete de Setembro foi o nome dado ao antigo “Largo do Pelourinho”, uma vez que ali estava construído o pelourinho da cidade, destinado ao castigo de escravos. No dia 28 de novembro de 1865, essa antiga denominação foi substituída por Largo Sete de Setembro, uma referência à data da Independência do Brasil, proclamada por Dom Pedro I, às margens do riacho do Ipiranga no dia 7 de setembro de 1822.

Praça Ragueb Chohfi | Natural da Síria, Ragueb Chohfi chegou ao Brasil em 1904, vindo de Homs, com apenas 14 anos de idade. Mascate incansável durante 18 anos, abriu uma pequena loja na Rua 25 de Março em 1922. Destacou-se como um dos maiores comerciantes do ramo quando abriu a "Tecidos Ragueb Chohfi" na mesma rua 25 de Março. Com a crise de 1929, perdeu quase tudo, mas conseguiu reerguer-se. Em 1955, passou o comando de seus negócios aos filhos Lourenço, Raul e Nagib. Membro ativo na sua comunidade, foi presidente da Câmara de Comércio Sírio-Brasileira, um dos fundadores do Club Homs, do Esporte Clube Sírio e conselheiro do Lar Beneficente Sírio. Faleceu no dia 15 de outubro de 1983, aos 91 anos de idade.


Fonte: Dicionário de Ruas/Arquivo Histórico Municipal/Secretaria Municipal de Cultura

 

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