Prefeitura de São Paulo

Há alguns dias, a Secretaria das Subprefeituras, através da Subprefeitura da Sé, está realizando a reforma do passeio do local. A obra, que deve terminar em meados de junho, vai trocar o piso atual, feito de vários materiais, por concreto moldado in loco em toda sua extensão de dois quilômetros. O novo calçamento proporcionará mais conforto para aproximadamente 20 mil pessoas que circulam diariamente pela rua.

As intervenções, como todas as reformas de calçadas que vêm sendo realizadas pela Prefeitura recentemente, priorizam a acessibilidade, com instalação de rampas por todo o trajeto. Desde 2005, as Subprefeituras da Capital reformaram cerca de 270 Km de calçadas, com a instalação de 4,5 mil rampas de acesso.

Durante os três meses previstos para a reforma, como a rua é estritamente comercial, as obras vão acontecer, em sua maior parte, no período da noite. Durante o dia, no trecho em reforma, os pedestres circularão pela área restrita à zona azul e a entrada às lojas será garantida por tapumes. Os trabalhos em cada lado das quadras não serão simultâneos e se estenderão, no
máximo, até 300 metros lineares de intervenção. A reforma começou pelo final da via, no trecho em frente à Unidade de Saúde Básica Bom Retiro, na rua Tenente Pena, e já segue em direção à Rua Julio Conceição, no lado ímpar da rua José Paulino.

"A Prefeitura tem padronizado reforma de calçadas da cidade de forma a oferecerem mais acessibilidade à população, com o objetivo de incluir aqueles que têm mobilidade reduzida ou algum tipo de deficiência", afirma o secretário das Subprefeituras Andrea Matarazzo. No início deste ano, a câmara aprovou a lei 14.675, de autoria da vereadora Mara Gabrilli, que permite à Prefeitura arcar com os custos das reformas das calçadas paulistanas dentro de rotas estratégicas em cada Subprefeitura. As rotas estratégicas são ruas que concentram o maior
número de serviços e equipamentos públicos, como bancos, pontos de ônibus, estações de metrô ou trem, mercados, clínicas etc. Com a nova legislação, que institui o Plano Emergencial de Calçadas, além da Prefeitura poder reformar mais calçadas além das vias estruturais, a multa
para os proprietários que não cuidarem de sua calçada aumenta. O valor, que antes era de R$ 200 por metro linear, agora passa a ser de R$ 1.000,00 por metro linear de passeio danificado. A Prefeitura pode ainda reformar a calçada e mandar a conta para o responsável.

A revitalização do passeio agradou os comerciantes do local. "Esta reforma é essencial para a rua, com mais de 400 lojas, que atrai gente de várias partes do País", explica Kelly Cristina Lopes, da Câmara de Dirigentes Lojistas do Bom Retiro.