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Terça-feira, 13 de Maio de 2008 | Horário: 13:08
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Roupas e adornos indígenas mostram o Brasil do século XVI na Passagem Literária da Consolação

Figurino criado pela artista Cleide Fayad para o filme Hans Staden retrata a importância da pesquisa histórica na criação artística

Até o início de junho, quem visitar a Passagem Literária da Consolação pode conferir o trabalho de figurino que a artista Cleide Fayad desenvolveu para o filme Hans Staden. É a exposição Vestígios - O Cinema veste Hans Staden e despe o Brasil, onde estarão expostos roupas e adornos indígenas, desenvolvidos a partir de uma ampla pesquisa histórica, além de painéis com fotografias, amostras de materiais e desenhos, que apresentam ao visitante da Passagem a era retratada no filme. A exposição é realizada pela Associação Via Libris e conta com o apoio da Subprefeitura da Sé.

Além da exposição, todas as sextas-feiras, às 19h, haverá o encontro Círculo do Conhecimento que contará sempre com a participação de um convidado diferente, realizando um bate-papo sobre os temas interessantes abordados no filme. Na próxima sexta (16), Cleide falará sobre a experiência com a pesquisa de acervos e influência desta em suas criações.

Hans Staden
O filme, que teve seu figurino produzido por Cleide Fayad, é uma co-produção brasileira e portuguesa, dirigida por Luis Alberto Pereira e lançada no Brasil em 2000, que conta a saga de Hans Staden, artilheiro a serviço da coroa portuguesa que foi capturado pelos índios Tupinambás e mantido preso durante sete meses no litoral de São Paulo, até quando conseguiu fugir para a Europa em uma caravela francesa que atracou na região.

Na reconstituição que faz do Brasil do século XVI, o filme traz a realidade dessa nação indígena, e apresenta aspectos dos rituais de canibalismo que faziam parte da cultura da tribo .O roteiro do filme foi baseado no diário em que Hans Staden narrou os acontecimentos e publicou logo depois de chegar a Europa, chamado Duas Viagens ao Brasil. O filme foi premiado por Direção de Arte no Miami Brazilian Festival (2002) e no Festival de Brasília (1999).

Passagem Literária da Consolação
Com o objetivo de transformar um antigo corredor subterrâneo em espaço cultural, o secretário das Subprefeituras Andrea Matarazzo incentivou a criação da Passagem Literária da Consolação. O local, que antes estava depredado, foi reformado em 2005. A passagem foi entregue ao público em novembro do mesmo ano e desde então abriga programação cultural variada e bancas que vendem livros usados. A Associação Via Libris, de livreiros, cuida da manutenção do local e mantém as bancas de livros usados.

Serviço
Exposição: “Vestígios - O Cinema Veste Hans Staden E Despe O Brasil”
Data: até 8 de junho
Horário: das 7h às 22h, de segunda a sexta-feira. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 22h.
Local: Passagem Literária da Consolação. Rua da Consolação, esquina com a Av. Paulista.
Grátis

 

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