SP Urbanismo
Requalificação do Vale do Anhangabaú
Foi desenvolvido para o Anhangabaú um projeto que contempla o respeito à escala humana, o resgate de suas características históricas, a melhoria dos acessos, a ativação de suas fachadas e a instalação de equipamentos de lazer e apoio. Cafés, floriculturas, sanitários, ludoteca, atendimento social, informações turísticas, entre outras atividades, farão parte da vida cotidiana do Vale do Anhangabaú. Fortalecendo a sua característica de porta de acesso ao centro, o projeto do Vale qualifica as conexões com os meios de transporte público _ metrô e ônibus _ , espaços culturais da cidade _ museus, cinemas e teatros _ e edifícios de escritório ao seu redor.
ESTRATÉGIAS
Arborização
Cobertura formada pelas árvores cria escala humana e marca identidade para o Vale.
• Criação de marquises verdes ao longo das ruas Anhangabaú e Formosa e da Avenida São João;
• Formação de ambientes sombreados, garantindo um bom microclima;
• Escolha de espécies com copas altas, permitindo visão desobstruídas a partir do Vale;
• Afastamento da região dos túneis, permitindo crescimento saudável.
Estruturas de apoio
Ao longo das ruas, diversas estruturas dão apoio à passagem e à permanência.
• Possibilidades de permanência com mais conforto;
• Incremento de funções e novas atividades;
• Configuração de escala mais humana;
• Estímulo à ativação das fachadas próximas e sua abertura para o Vale
Circulação e Acesso
Resgate do eixo da Avenida São João e das ruas Anhangabaú e Formosa, promovendo a melhoria dos acessos e da acessibilidade
• Melhoria dos acessos de pedestres ao Vale;
• Piso completamente acessível em todos os caminhos de desejo;
• Uso de materiais resistentes ao uso e à manutenção;
• Controle de acesso de veículos com balizadores retráteis;
• Bicicletas compartilham o uso com pedestres;
• Acessibilidade, conforto e segurança no acesso ao corredor norte-sul.
Presença da água
Além de elemento organizador das atividades do Vale, a água tem papel fundamental no microclima da região
• Jatos d´água que umidificam o ambiente;
• Elementos flexíveis podem ser ligados e desligados individualmente ou em grupos;
• Molham o chão, mas não formam espelho d´água;
• Criam um espaço lúdico;
• A drenagem dos jatos e da água da chuva é reciclada e volta totalmente limpa para o uso humano
Atividades cotidianas
Presença de espaços e equipamento para incremento das atividades do Vale para todos
• Propostas para todas as idades e em várias horas do dia;
• Proposta para diversos espaços de lazer: áreas de esportes, skate, parquinho infantil;
• Nova arquibancada-mirante e multiplicidade de espaços de sentar;
• Organização dos espaços criando áreas de convivência;
• Áreas avarandadas junto aos quiosques;
• Mobiliário portátil.
Iluminação
Iluminação em LED automatizada com alta eficiência energética com 3 escalas de atuação
• Iluminação em três escalas: esplanada, árvores e jardins, ruas Anhangabaú e Formosa;
• Iluminação variável ao longo do dia e da noite;
• Integração entre os vários elementos de projeto: água, árvores, jardins e bancos;
• Automação completa;
• Possibilidade de criar cenários e efeitos lúdicos
Organização do subsolo
Ordenamento da infraestrutura de energia e telecomunicações em galerias técnicas caminháveis e banco de dutos
• Ordenação da infraestrutura como modelo para a cidade;
• Possibilidade de maior desenvolvimento tecnológico e controle na manutenção das redes;
• Integração entre as concessionárias e os diversos sistemas;
• Além das galerias caminháveis, a transposição sobre a laje do túnel será feita por calhas técnicas e bancos de dutos
Baixe aqui as pranchas do Projeto de Requalificação do Vale do Anhangabaú:
Apresentação
Implantação
Ampliação do Mirante
Cortes Transversais
PROCESSO PARTICIPATIVO
Em 2013, foi iniciado um diálogo aberto entre a Prefeitura e os paulistanos a favor da requalificação do Centro. O objetivo foi incentivar a sua ocupação e uso, transformando os espaços públicos em lugares atrativos na vida cotidiana. O processo participativo resultou na implantação do programa Centro Aberto, com mais de 90% de aprovação e nos projetos de renovação dos Calçadões e do Vale do Anhangabaú, este último, espaço simbólico de toda a metrópole.
As leituras do Vale do Anhangabaú foram feitas a partir das contagens, entrevistas e das atividades do processo diálogo aberto realizado em 2013. Várias pessoas e grupos participaram deste processo.
Uma apresentação pública foi realizada em 2013, no auditório da Prefeitura Municipal de São Paulo
Entre 2013 e 2014, uma ferramenta de avaliação do espaço do Anhangabaú foi disponibilizada na plataforma Gestão Urbana para ouvir a opinião dos cidadãos.
A partir do debate iniciado, da leitura histórica e da leitura atual do espaço do Vale, foram constituídos consensos que resultaram numa planta do programa, setorizando as atividades desejadas para o Vale.