Secretaria Municipal de Cultura

Biografia de Guilherme de Almeida (ex-patrono)

Ex-patrono da Biblioteca Guilherme de Almeida que foi unificada com a Biblioteca Sra. Leandro Dupré e teve nova denominação como Biblioteca José Paulo Paes.

Guilherme de Almeida - foto  Academia Brasileira de Letras em 1930 - dominio publicoGuilherme de Andrade de Almeida, poeta e ensaísta, nasceu em Campinas, SP, em 24 de julho de 1890, e faleceu em São Paulo, SP, em 11 de julho de 1969. Filho do jurista e professor de Direito Estevam de Almeida, estudou nos ginásios Culto à Ciência, de Campinas, e São Bento e N. Sra. do Carmo, de São Paulo. Cursou a Faculdade de Direito de São Paulo, onde colou grau de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1912. Dedicou-se à advocacia e à imprensa em São Paulo e no Rio de Janeiro. Foi redator de O Estado de São Paulo, diretor da Folha da Manhã e da Folha da Noite, fundador do Jornal de São Paulo e redator do Diário de São Paulo.

A publicação do livro de poesias Nós (1917), iniciando sua carreira literária, e dos que se seguiram, até 1922, de inspiração romântica, colocou-o entre os maiores líricos brasileiros. Em 1922, participou da Semana de Arte Moderna, fundando depois a revista Klaxon. Percorreu o Brasil, difundindo as idéias da renovação artística e literária, através de conferências e artigos, adotando a linha nacionalista do Modernismo, segundo a tese de que a poesia brasileira “deve ser de exportação e não de importação”. Os seus livros Meu e Raça (1925) exprimem essa orientação fiel à temática brasileira.

Em 1932 participou da Revolução Constitucionalista de São Paulo e esteve exilado em Portugal. Distinguiu-se também com heraldista. É autor dos brasões-de-armas de várias cidades. Compôs um hino a Brasília, quando da inauguração da cidade. Em concurso organizado pelo Correio da Manhã foi eleito, 16 de setembro de 1959, “Príncipe dos Poetas Brasileiros”.

Era membro da Academia Brasileira de Letras, Academia Paulista de Letras; do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo; do Seminário de Estudos Galegos, de Santiago de Compostela; e do Instituto de Coimbra.

Obras: Nós, poesia (1917); A dança das horas, poesia (1919); Messidor, poesia (1919); Livro de horas de Soror Dolorosa, poesia (1920); A flor que foi um homem: Narciso (1921); Era uma vez..., poesia (1922); Natalika (1924); A flauta que eu perdi, poesia (1924); Meu, poesia (1925); Raça, poesia (1925); Encantamento, poesia (1925); Do sentimento nacionalista na poesia brasileira, ensaio (1926); Ritmo, elemento de expressão, ensaio (1926); Simplicidade, poesia (1929); Gente de cinema (1929); Carta à minha noiva (1931); Você, poesia (1931); Poemas escolhidos (1931); Cartas que eu não mandei (1931); Hino paulista (1932); Nova bandeira (1932); O meu Portugal (1933); A casa (1935); Acaso, poesia (1938); Cartas do meu amor (1941); Estudante poeta (1943); Tempo (1944); Poesia vária (1947); Gonçalves Dias e o romantismo (1948); Joca (1948); Histórias talvez (1949); O anjo de sal (1951); Toda poesia (1952); Acalanto de Bartira (1954); Camomiana (1956); Pequeno romanceiro (1957); A rua (1961); Cosmópolis (1962); Rosamor (1966); Os sonetos de G. A (1968); O sonho de Marina (s.d.).

Numerosas traduções, especialmente Flores do Mal (1944) de Baudelaire e Paralelamente de Verlaine. entre outros, os poetas Paul Géraldy, Rabindranath Tagore, Charles Baudelaire, Paul Verlaine e a peça Huis clos (Entre quatro paredes) de Jean Paul Sartre.Colaborou nos periódicos: Klaxon, Verde, Terra Roxa.

Veja a biografia completa no website da Academia Brasileira de Letras (ABL) em
https://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm%3Fsid%3D186/biografia e também na Wikipedia em https://pt.wikipedia.org/wiki/Guilherme_de_Almeida

Observação: A Biblioteca Guilherme de Almeida e a Biblioteca Infanto-Juvenil Sra. Leandro Dupré, na Penha, foram unificadas e tiveram nova denominação como Biblioteca Municipal José Paulo Paes.

Biblioteca Guilherme de Almeida - Biblioteca da Penha - Ramal 12
Criação: Decreto n.º 8.747 de 7 de abril de 1970 (pdf) (Biblioteca do Centro Cultural da Penha). Denominação: Decreto nº. 12.984 de 21 de maio de 1976 (pdf)
Junção e nova denominação: Decreto nº. 46.434, de 6 de outubro de 2005 (pdf)