Secretaria Municipal de Cultura
Biografia de Orígenes Lessa (ex-patrono)
Orígenes Temudo Lessa, jornalista, contista, novelista, romancista e ensaísta, nasceu em Lençóis Paulista, SP, em 12 de julho de 1903, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 13 de julho de 1986. Era filho de Vicente Temudo Lessa, historiador, jornalista e pastor protestante pernambucano e de Henriqueta Pinheiro Temudo Lessa.
Viveu até os nove anos no Maranhão acompanhando a jornada do pai como missionário. Da experiência de sua infância resultou o romance Rua do Sol. Em 1912, voltou para São Paulo. Aos 19 anos, ingressou num seminário protestante, onde permaneceu alguns anos.
Em 1928, matriculou-se na Escola Dramática do Rio de Janeiro objetivando o teatro como forma de realizar-se. Em 1929 começou a escrever no Diário da Noite de São Paulo e publicou a primeira coleção de contos, O escritor proibido, e na sequência Garçon, garçonnette, garçonnière, menção honrosa da Academia Brasileira de Letras, e A cidade que o diabo esqueceu.
Em 1932 tomou parte ativa na Revolução Constitucionalista, durante a qual foi preso e removido para o Rio de Janeiro. No presídio da Ilha Grande escreveu Não há de ser nada, reportagem sobre a Revolução Constitucionalista, e Ilha Grande, jornal de um prisioneiro de guerra, dois trabalhos que o projetaram nos meios literários. Nesse mesmo ano ingressa como redator na N. Y. Ayer & Son, atividade que exerceu durante mais de 40 anos em sucessivas agências de publicidade. Voltou à atividade literária, publicando a coletânea de contos Passa Três, a novela O joguete, e o romance O feijão e o sonho, obra que conquistou o Prêmio Antônio de Alcântara Machado e anos mais tarde foi adaptado para novela de televisão.
Em 1942 mudou-se para Nova York para trabalhar no Coordinator of Inter-American Affairs, tendo sido redator na NBC em programas irradiados para o Brasil. Em 1943, de volta ao Rio de Janeiro, reuniu no volume Ok, América as reportagens e entrevistas escritas nos Estados Unidos. Deu continuidade à sua atividade literária, publicando novas coletâneas de contos, novelas e romances.
A partir de 1970, dedicou-se também à literatura infanto-juvenil, chegando a publicar, nessa área, quase 40 títulos, que o tornaram um autor conhecido e amado pelas crianças e jovens brasileiros. Foi eleito o quarto ocupante da Cadeira 10 da Academia Brasileira de Letras em 9 de julho de 1981.
Recebeu inúmeros prêmios literários: Prêmio Antônio de Alcântara Machado (1939), pelo romance O feijão e o sonho; Prêmio Carmem Dolores Barbosa (1955), pelo romance Rua do Sol; Prêmio Fernando Chinaglia (1968), pelo romance A noite sem homem; Prêmio Luísa Cláudio de Sousa (1972), pelo romance O evangelho de Lázaro.
Contos, romances e reportagens: O escritor proibido, contos (1929); Garçon, garçonnette, garçonnière, contos (1930); A cidade que o diabo esqueceu, contos (1931); Não há de ser nada, reportagem (1932); Ilha Grande, reportagem (1933); Passa-três, contos (1935); O feijão e o sonho, romance (1938); Ok, América, reportagem (1945); Omelete em Bombaim, contos (1946); A desintegração da morte, novela (1948); Rua do Sol, romance (1955); Oásis na mata, reportagem (1956); João Simões continua, romance (1959); Balbino, o homem do mar, contos (1960); Histórias urbanas, contos (1963); A noite sem homem, romance (1968); Nove mulheres, contos (1968); Beco da fome, romance (1972); O evangelho de Lázaro, romance (1972); Um rosto perdido, contos (1979); Mulher nua na calçada, contos (1984); O edifício fantasma, romance (1984); Simão Cireneu, romance (1986).
Ensaios: Getúlio Vargas na literatura de cordel (1973); O índio cor-de-rosa. Evocação de Noel Nutels (1985); Inácio da Catingueira e Luís Gama, dois poetas negros contra o racismo dos mestiços (1982); A voz dos poetas (1984).
Literatura infanto-juvenil: Apresenta quase 40 títulos, entre os quais destacam-se: O sonho de Prequeté (1934); Memórias de um cabo de vassoura (1971); Napoleão em Parada de Lucas (1971 ou 1972); Sequestro em Parada de Lucas (1972); Memórias de um fusca (1972); Napoleão ataca outra vez (1972); A escada de nuvens (1972); Confissões de um vira-lata (1972); Aventuras do Moleque Jabuti (1972); A floresta azul (1972); Os homens de cavanhaque de fogo (1972); O 13º Trabalho de Hércules (1975); O mundo é assim, Taubaté (1976); É conversando que as coisas se entendem (1978); Tempo quente na floresta azul (1983).
Veja a biografia completa no website da Academia Brasileira de Letras (ABL) em https://www.academia.org.br/academicos/origenes-lessa/biografia e na Wikipedia em https://pt.wikipedia.org/wiki/Orígenes_Lessa
Observação: a Biblioteca Pública Brito Broca e Biblioteca Infanto-Juvenil Orígenes Lessa, em Pirituba, foram unificadas e denominada como Biblioteca Municipal Brito Broca.
Biblioteca Infanto-Juvenil Orígenes Lessa - Biblioteca Infanto-Juvenil de Pirituba
Inauguração: 18 de março de 1965
Denominação: Decreto nº 22.820 de 26 de setembro de 1986 (pdf)
Junção e nova denominação: Decreto nº 46.434 de 6 outubro de 2005 (pdf) (Art. 29 - Ficam reunidas, sob a mesma direção e local, as seguintes bibliotecas integrantes do Sistema Municipal de Bibliotecas: - I - Biblioteca Pública Brito Broca e Biblioteca Infanto-Juvenil Orígenes Lessa, em Pirituba, sob a denominação de Biblioteca Municipal Brito Broca)