Secretaria Municipal de Cultura
Dicas de Leitura - Dia Internacional contra a Discriminação Racial
Em 21 de março de 1960, em Sharpeville, bairro da Cidade de Johanesburgo, na África do Sul, ocorreu uma manifestação popular contra a chamada “Lei do Passe”, que previa a obrigatoriedade de negros portarem cartões de identificação nos quais constavam os locais aonde eles poderiam ir. Em razão desse protesto, ocorreu o chamado “Massacre de Sharpeville”, quando foram acionadas Tropas Militares da Apartheid que mataram aproximadamente 69 pessoas , além de deixar centenas com ferimentos graves. Em homenagem à luta e à memória desses manifestantes, foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), O Dia Internacional Contra a Discriminação Racial.
A Invenção das Asas, de Sue Monk Kidd
Sarah Grimke é filha de um poderoso senhor de terras, localizada no Sul dos Estados Unidos em pleno período de escravidão. Embora seja completamente contra a situação escravista de seu país, ela recebe de seu pai, em seu aniversário de onze anos, uma escrava fato o qual a indigna muito. No entanto, a partir de então inicia um relato do nascimento de uma amizade entre ambas, apesar das situações adversas da sociedade em que vivem.
Eu Sei Por Que o Pássaro Canta na Gaiola, de Maya Angelou
Enredo autobiográfico de Maya Angelou, nos apresenta a personagem Marguerite Ann Johnson, uma garota que vive no sul dos Estados Unidos e sofre constantemente de racismo, abuso, machismo e pobreza. Para fugir dessa dura realidade, ela apega-se aos livros e através das palavras liberta toda a sua tristeza e agonia. Além disso, Maya nos narra de maneira fiel o contexto histórico e sócio-cultural de lutas pela igualdade racial. Por vezes, o livro pode parecer complicado de prosseguir em razão da carga sentimental e realista aos quais nos são apresentadas tais situações, no entanto, é uma leitura necessária e, infelizmente, atual.
Heroínas Negras Brasileiras em 15 cordéis, de Jarid Arraes
Neste livro, temos um acoplado de quinze histórias em cordéis criados por diversas autoras negras, o qual ganharam novas versões e ilustrações. Com um viés totalmente poético, Jarid Arraes resgata de maneira sutil os traços da literatura brasileira, de maneira a dar voz a arte e diversidade de tais mulheres.
Kindred: Laços de sangue, de Octavia E. Butler
O livro contado em primeira pessoa nos apresenta Dana, uma escritora afro-americana que acaba de se casar. No entanto, tudo mudar quando Dana começa a ter sonhos muito assustadores e além de tudo, muito reais em que ela começa a viver sob dois mundos, um deles completamente paralelo,sendo que um deles ela é uma escrava em Los Angeles, Califórnia, em 1976 numa fazenda em plena Guerra Civil de Maryland e sofre o terror do racismo.
Na Minha Pele, de Lázaro Ramos
Lázaro Ramos, conhecido por ser um ator de grande sucesso, nos possibilita através desse livro conhecer algumas situações intimas de sua vida, como por exemplo, as discriminações e preconceitos que sofreu ao decorrer da vida. De maneira sincera e simples, acompanhamos uma história de questões sociais, étnica, cultural e empoderamento.
Nem preto nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na sociabilidade brasileira, de Lilia Moritz Schwarcz
Neste trabalho, a antropóloga Lilia Moritz, nos mostra um lado contraditório da sociedade brasileira em relação ao assunto racismo: ao mesmo tempo em que tal população não se considera racista, essas mesmas pessoas dizem que conhecem alguém com preconceito determinante a cor. Através dessas estatísticas, Schwarcz recorre a detalhes da história de nosso país desde a invasão pelos Portugueses chegando a reflexões em panoramas atuais.
No Seu Pescoço, de Chimamanda Ngozi Adichie
Chimamanda é uma autora nigeriana conhecida por suas obras que abordam questões raciais, de gênero e criticas sociais, além de ser uma das escritoras contemporâneas mais importantes e bem criticadas na atualidade. Portanto, nesta obra conhecemos o lado contista de Adichie em uma reunião de doze contos com temática em imigração, desigualdade racial, religião e família.
O correspondente estrangeiro, de Lino de Albergaria, ilustrações de Marcelo Moreira
Mori faz parte de um Clube de Jovens Correspondentes do Mundo, através disso ele recebe cartas de Konare, um garoto Africano que mora em Guiné-Bissau. O que era uma simples comunicação entre cartas, desenvolve-se uma amizade com muitas confissões sobre o cotidiano de cada um deles e é através disso nos é apresentados relatos de racismo, acontecimentos na escola e a sensação de solidão perante a discriminação.
Negras Raízes* , de Alex Haley
Lançado em 1976, retrata a história de Kunta Kinte que a princípio vive com sua família tranquilamente, no entanto, ele é capturado e vendido como escravo para os Estados Unidos. A partir de então, Kunta se vê em um lugar totalmente distante, uma cultura diferente, longe de sua família e submetido a violências imensuráveis. A história, foi adaptada duas vezes para séries de TV, sendo elas em 1977 e outra em 1979 com imenso sucesso nos Estados Unidos.
Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves
A Africana, idosa e com deficiência visual, Kehinde, viaja da África para o Brasil a procura de seu filho que se perdeu a muito tempo. Ao longo da viagem, nos é narrada a história da personagem repleta de estupros, escravidão e mortes. Além disso, o contexto histórico se passa em plena formação da civilização brasileira, narrada de maneira completa.
Veja aqui outras dicas de leitura.
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