Secretaria Municipal de Cultura

Sexta-feira, 16 de Junho de 2023 | Horário: 11:07
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Dicas de Leitura - Dia do Cinema Brasileiro

O Dia do Cinema Brasileiro é comemorado anualmente em 19 de junho e homenageia a sétima arte produzida no Brasil.

Origem do Dia do Cinema Brasileiro
Esta data é comemorada em 19 de junho em homenagem ao dia em que o ítalo-brasileiro Afonso Segreto – o primeiro cinegrafista e diretor do país – registrou as primeiras imagens em movimento no território brasileiro, em 1898.
Afonso Segreto fez imagens da entrada da baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, a bordo do navio francês Brésil - a primeira filmagem em território nacional.

Apresentamos algumas obras de cineastas brasileiros e obras que tem como tema o cinema e produções cinematográficas brasileiras.

Dicas de Leitura - Dia do Cinema Brasileiro

Glauber Pátria Rocha Livre - Glauber Rocha; Gilberto Felisberto Vasconcellos
Glauber Rocha, que às vezes se declarava materialista e dialético e outras vezes se confessava "protestante, judeu, mouro, leitor da Bíblia", foi um artista com muitas contradições, expressas à sua maneira exaltada, polêmica. Dele houve quem dissesse: "É um gênio que não se deve levar a sério", e também quem o admirasse por sua "personalidade mágica". Nele houve quem visse "Euclides da Cunha do cinema". Amado ou detestado, admitido ou contestado, Glauber marcou época e faz falta. Vinte anos de falta. Reflexão sobre vida e obra de Glauber conduzida com "glauberiana lucidez".. Website da Livraria Saraiva.
Rocha, Glauber, 1939-1981 - Crítica e interpretação; Diretores e produtores de cinema - Brasil - Biografia; Cinema - Brasil - História

Fernando Meirelles : biografia prematura - Fernando Meirelles (entrevistado); Maria do Rosário Caetano (entrevistadora)
Fernando Meirelles resistiu enquanto pôde para não ser biografado alegando que não tinha cabedal suficiente porque, até então, só havia dirigido três longa metragens. Mas acabou aceitando o convite da jornalista Maria do Rosário Caetano desde que ficasse muito claro tratar-se de uma "biografia prematura". A humildade desse cineasta que dirigiu, nada mais, nada menos que Cidade de Deus, um sucesso de bilheteria que dezessete meses depois de sua estreia recebeu quatro indicações ao Oscar (direção, roteiro, fotografia e montagem), é revelada ao longo do seu depoimento. Das fotos que ilustram este livro, algumas mostram que teve uma infância tranquila, apesar da morte do irmão de 7 anos, cujo trauma só foi resolvido, como ele diz "com muita ludoterapia". Sua paixão pelo cinema é uma herança paterna. Aos 13 começou a produzir "alguns filminhos domésticos"e nunca parou de filmar, tendo sempre como parâmetro a máxima do Cinema Novo: "uma câmera na mão e uma ideia na cabeça."
Meirelles, Fernando, 1955-; Diretores e produtores de cinema - Brasil - Biografia; Cinema - Brasil

Revisão crítica do cinema brasileiro - Glauber Rocha ; prefácio de Ismail Xavier
Revisão crítica do cinema brasileiro é uma síntese da militância crítica que o jovem Glauber Rocha exercia desde que iniciou sua colaboração em revistas e jornais da Bahia, como o Diário de Notícias, e no Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, Rio de Janeiro.
Cinema - Brasil - História e crítica; Cinema - Apreciação; Crítica cinematográfica

Fome de bola : cinema e futebol no Brasil - Luiz Zanin Oricchio
Cinema e futebol trilharam caminhos muito semelhantes no Brasil. Ambos aportaram por aqui no final do século 19 pelas mãos de estrangeiros e caíram no gosto popular, com adeptos ferrenhos e apaixonados. Desde cedo, formaram intensa parceria - inúmeros filmes retrataram o universo por vezes mítico do futebol, trazido ao Brasil em 1894 por Charles Miller, e diversos craques da bola emprestaram sua fama a produções fictícias e documentais revelando uma parte essencial da alma brasileira. Esse bate-bola histórico entre cinema e futebol se mostrou campo fértil para o jornalista e crítico cinematográfico Luiz Zanin Oricchio pesquisar e escrever o livro 'Fome de bola - Cinema e futebol no Brasil'. O livro é dividido em dois tempos. No primeiro, traz pesquisa e análise das obras cinematográficas brasileiras sobre o tema. No segundo tempo, Luiz Zanin apresenta seis entrevistas com diretores de cinema contemporâneos que se dedicaram ao futebol em algum momento de suas carreiras.
Cinema - Brasil - História; Filmes brasileiros; Futebol na arte

Carandiru : registro geral - Mario Cesar Carvalho; fotos Marlene Bergamo
Apresenta a história íntima do filme Carandiru, através de uma visão privilegiada: a série de acasos que resultou na produção do longa, histórias dos bastidores, entrevistas exclusivas e imagens inéditas do set de filmagem.
Babenco, Hector, 1946-2016; Varella, Drauzio, 1943-. Estação Carandiru - Crítica e interpretação; Cinema - Brasil; Cinema - Argentina; Literatura brasileira - Adaptações para cinema e vídeo; Diretores e produtores de cinema - Brasil - Entrevistas; Carandiru (Filme)

Navalha na tela : Plínio Marcos e o cinema brasileiro - Rafael de Luna Freire
O livro apresenta o excepcional trabalho de Plínio Marcos que além de dramaturgo, ator, diretor, jornalista e argumentista cinematográfico, foi um símbolo da luta contra a censura e defensor incansável da liberdade de expressão
Marcos, Plínio, 1935-1999 - História e crítica; Teatro brasileiro - Século 20; Cinema - Brasil - Século 20

Comigo no cinema : reflexões depois do The end - Martha Medeiros
Por que não reunir, em um livro, os textos que foram inspirados por filmes? Cinema é minha segunda paixão, talvez até se equipare com a literatura. Juntar as duas artes num mesmo projeto acordou minhas borboletas no estômago. Mas, atenção, spoiler: não escrevo resenhas, não sou crítica especializada. São apenas pensamentos e sensações que voltaram comigo pra casa depois de eu assistir a um road movie do Walter Salles, depois de ver o documentário sobre Amy Winehouse, depois de trancar o choro com o desfecho de As pontes de Madison. Aquilo que retive depois que as luzes da sala se acenderam. Aquilo que eternizou, para mim, uma obra desprezada pelo Oscar e que não ficou nem uma semana em cartaz. Aquilo que me comoveu diante da telona e que, horas depois, procurei entender por quê, escrevendo a respeito. O cinema como pauta. O cinema como terapia. O cinema como espelho.. Contracapa.
Crônicas brasileiras - Século 20; Cinema e literatura

Boca do cinema - Tony de Sousa
Qualquer pessoa que tenha passado pelo centro da cidade de São Paulo, não deixa de notar a variedade de estilos, tipos e etnias que circulam velozmente pelas ruas e avenidas. O quadrilátero formado pela rua Aurora, rua Triumpho e pelas avenidas Duque de Caxias e Rio Branco abrigava nos anos 70 a lendária Boca do Lixo! Região, desde sempre, conhecida por abrigar uma parte da sociedade que vive na marginália e que durante as décadas de 70 e 80, abrigou também boa parte do pessoal que vivia de cinema. Boca de cinema, a segunda parte da trilogia de "ficção autobiográfica" de Tony de Sousa cobre a vida do escritor e cineasta no período em que iniciou seus primeiros contatos com o meio cinematográfico.. Contracapa.
Romance brasileiro - Século 20; Sousa, Tony de - Ficção; Diretores e produtores de cinema - Brasil - Biografia - Ficção; Autobiografia

Roteiro de Filme
Central do Brasil - Walter Salles
Um filme dirigido por Walter Salles ; roteiro João Emanuel Carneiro e Marcos Bernstein ; fotos Adriana Lins ... [et al.] ; desenhos Carla Caffé
Ambientado no Brasil, o enredo gira em torno de Dora, uma professora aposentada que trabalha como escritora de cartas para pessoas analfabetas na Estação Central do Brasil, a qual ajuda Josué, um garoto cuja mãe morreu atropelada por um ônibus, a encontrar seu pai no Nordeste. (O filme concorreu ao Oscar em 1999)
Roteiros cinematográficos - Brasil; Cinema - Brasil; Central do Brasil (Filme)

Vários clássicos da grandiosa literatura brasileira ganharam versões cinematográficas. O filme não substitui a leitura dessas obras, mas a sétima arte nos proporciona outra forma incrível de conhecê-las. Confira abaixo algumas dessas obras, e aproveite para ler.

Dicas de Leitura - Dia do Cinema Brasileiro (Filmes)

O pagador de promessas, de Dias Gomes - Filme de 1962, dirigido por Anselmo Duarte
Zé do Burro e sua mulher Rosa vivem em uma pequena propriedade a 42 quilômetros de Salvador. Um dia, o burro de estimação de Zé é atingido por um raio e ele acaba indo a um terreiro de candomblé, onde faz uma promessa a Santa Bárbara para salvar o animal. Com o restabelecimento do bicho, Zé põe-se a cumprir a promessa e doa metade de seu sítio, para depois começar uma caminhada rumo a Salvador, carregando nas costas uma imensa cruz de madeira. Mas a via crucis de Zé ainda se torna mais angustiante ao ver sua mulher se engraçar com o cafetão Bonitão e ao encontrar a resistência ferrenha do padre Olavo a negar-lhe a entrada em sua igreja, pela razão de Zé haver feito sua promessa em um terreiro de macumba.
É até hoje o único filme brasileiro a conquistar a Palma de Ouro, prêmio máximo do Festival de Cannes, na França.

Vidas Secas, de Graciliano Ramos – Filme lançado em 1963, dirigido por Nelson Pereira dos Santos
Em 1941, pressionados pela seca, uma família de retirantes composta por Fabiano, Sinhá Vitória, o menino mais velho, o menino mais novo e a cadela Baleia, atravessa o sertão em busca de meios para sobreviver. Seguindo um rio seco, eles chegam a um casebre abandonado nas terras do fazendeiro Miguel, quando em seguida há uma chuva. Com a recuperação dos pastos, o proprietário retorna com o gado, e a princípio os repele, mas Fabiano diz que é vaqueiro e que a família pode ajudar em vários serviços, então são aceitos. A família tem esperança de prosperar, Sinhá Vitória sonha com uma cama com colchão de couro e Fabiano em ter seu próprio gado. Mas ao final do primeiro ano de muito trabalho e dificuldades perceberão que, apesar de tudo, a miséria da família persiste e nova seca está para assolar novamente o sertão.

Macunaíma, de Mário de Andrade – Filme lançado em 1968, dirigido por Joaquim Pedro de Andrade
Macunaíma nasceu no fundo do mato-virgem, filho do medo e da noite, uma criança birrenta, preguiçosa e de mente ardilosa. Passa a infância em uma tribo amazônica até que toma banho de mandioca brava e se torna um adulto. Apaixona-se por Ci, a Mãe do Mato, e com ela tem um filho que morre ainda bebê.
Após a morte do filho, Ci sobe aos céus de desgosto e vira uma estrela. Macunaíma fica muito triste por perder a sua amada, tendo como única recordação dela um amuleto chamado muiraquitã. Porém ele o perde. Macunaíma descobre que o amuleto está em São Paulo na posse de Venceslau Pietro Pietra, o gigante Piamã comedor de gente. Para recuperar o muraiquitã, Macunaíma parte para São Paulo com seus dois irmãos. Após algumas tentativas, ele consegue de volta o amuleto e retorna para a sua tribo na Amazônia. Algumas aventuras depois e ele perde novamente a muiraquitã. Decepcionado, Macunaíma também sobe aos céus.

Dona Flor e seus dois maridos, de Jorge Amado – Filme lançado em 1976, dirigido por Bruno Barreto
No início da década de 1940, Dona Flor, sedutora professora de culinária em Salvador, é casada com o malandro Vadinho, que só quer saber de farras e jogatina nas boates da cidade. A vida de abusos e noites em claro acaba por acarretar sua morte precoce num domingo de Carnaval de 1943, deixando Dona Flor viúva. Logo ela se casa de novo, com o recatado e pacífico farmacêutico da cidade. Com saudades do antigo marido, que apesar dos defeitos era um ótimo amante, acaba causando o retorno dele em espírito, que só ela vê. Isso deixa a mulher em dúvida sobre o que fazer com os dois maridos que passam a dividir o seu leito.

Eles não usam black tie, de Gianfrancesco Guarnieri - Filme lançado em 1981, dirigido por Leon Hirszman
Um movimento grevista se inicia numa empresa. Um operário está preocupado com sua namorada, que engravidou, e eles decidem se casar. Para não perder o emprego, ele resolve furar a greve, que é liderada por seu pai, iniciando um conflito familiar que se estende às assembleias e piquetes.
A película foi premiada em vários festivais internacionais, com destaque para o Festival de Veneza, onde recebeu o Grande Prêmio do Júri. Em novembro de 2015, o filme entrou na lista da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.

Morte e vida Severina, de João Cabral de Melo Neto – Filme lançado em 1981, dirigido por Walter Avancini
Severino é um retirante nordestino que foge da miséria do sertão e atravessa o agreste e a Zona da Mata. Em sua peregrinação atrás de uma vida melhor, o retirante Severino percorre as mais diversas situações às quais está exposto o povo nordestino, como os numerosos enterros, a busca por emprego e a presença da rezadeira, entre outros. Após pensar até em suicídio, ele decide seguir adiante ao testemunhar um nascimento.

A hora da estrela, de Clarice Lispector - Filme lançado em 1985, dirigido por Suzana Amaral
Macabéa, uma nordestina de dezenove anos, orfã de pai, mãe e da tia que a criou, vai para São Paulo ser datilógrafa. Ela mora em uma pensão e tem uma vida sem muitas emoções, pois é indiferente a elas. Conhece Olímpico de Jesus e os dois começam a namorar. Porém, a relação não se sustenta e Olímpico acaba trocando Macabéa por Glória, colega de trabalho da ex-namorada, que, por recomendação de sua cartomante, rouba o namorado de Macabéa. *O filme conquistou um Urso de Prata do concorrido Festival de Berlim.

O auto da compadecida, de Ariano Suassuna - Filme lançado em 2000, dirigido por Guel Arraes.
O filme mostra as aventuras de João Grilo e Chicó, dois nordestinos pobres que vivem de golpes para sobreviver. Eles estão sempre enganando o povo de um pequeno vilarejo no sertão da Paraíba, inclusive o temido cangaceiro Severino de Aracaju, que os persegue pela região. Somente a aparição da Nossa Senhora poderá salvar esta dupla.

Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis – Filme lançado em 2001, dirigido por André Klotzel
Em Memórias Póstumas, acompanhamos a história de Brás Cubas, um homem que após ter morrido em 1869, decide narrar sua história e revisitar os fatos mais importantes de sua vida, a fim de se distrair na eternidade. A partir de então, ele relembra de amigos como Quincas Borba, de sua displicente formação acadêmica em Portugal, dos amores de sua vida e ainda do privilégio que teve de nunca ter precisado trabalhar em sua vida.

Biblioteca Roberto Santos - Temática em Cinema

E não deixem de aproveitar para conhecer a Biblioteca Roberto Santos - Temática em Cinema, localizada no bairro de Ipiranga, e que possui em seu acervo diversas obras sobre o tema e um conjunto de filmes representativos da evolução da história do cinema mundial e nacional.

Estes e outros títulos podem ser emprestados gratuitamente mediante inscrição na biblioteca. Para saber mais como se inscrever e retirar livros consulte o Regulamento de empréstimo do Sistema Municipal de Bibliotecas (SMB).

Aproveitem para conferir nossas Dicas de Leitura onde apresentamos outros destaques do acervo da Sistema Municipal de Bibliotecas.

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