Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania

Sexta-feira, 6 de Junho de 2014 | Horário: 17:56
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Pesquisadoras da UFSCAR apresentam estudo sobre desigualdade racial e segurança pública

Levantamento da Universidade Federal de São Carlos foi discutido em encontro com a equipe da SMDHC e com o Comitê Juventude Viva

A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) promoveu na sexta-feira, dia 6, dois encontros para a apresentação da pesquisa 'Desigualdade racial e segurança pública em São Paulo', desenvolvida pelo Grupo de Estudos sobre Violência e Administração de Conflitos (GEVAC) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). O primeiro foi voltado à equipe da Secretaria e o segundo, ao Comitê Juventude Viva.

O trabalho das pesquisadoras Giane Silvestre e Maria Carolina Schittler, coordenado pela professora Jacqueline Sinhoretto, reforça a importância da implementação do Plano Juventude Viva em São Paulo, ao mostrar que homens negros, sobretudo jovens, são as principais vítimas da violência policial no estado de São Paulo.

Lançado na Cidade no ano passado, o Juventude Viva busca reduzir a vulnerabilidade da juventude negra e de periferia e criar estratégias de prevenção à violência. Iniciativa do governo federal, o Plano tem a sua implementação em São Paulo – presente no Programa de Metas da Prefeitura – coordenada pela SMDHC, por meio da Coordenação de Políticas para Juventude, e pela Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial (SMPIR).

A pesquisa da UFSCAR mostra dados da atividade policial com o viés de cor e raça. Segundo o levantamento, dos 939 casos de ações policiais que acabaram com mortos no estado analisados entre 2009 e 2011, 61% das vítimas eram negras, sobretudo homens jovens.

"A vigilância policial é operada de modo racializado, privilegia as pessoas negras e as reconhece como suspeitos criminais. E esse olhar de suspeição está presente também no mercado de trabalho, na escola e em vários outros lugares”, disse a professora Jacqueline.

Outro dado apresentado pelo estudo foi o de que, entre os casos de mortes praticadas por policiais, 94% são concluídos sem apuração ou indiciamento dos responsáveis.

Veja a pesquisa na íntegra

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