Secretaria Municipal de Esportes e Lazer
Meninas sem medo de cair se destacam na Copa Sampa Skate
O maior campeonato amador de skate do Brasil está chegando à fase decisiva, e, pela primeira vez, a briga pelo título promete ser acirrada na categoria feminina. O ranking é liderado por Jacqueline Damasceno, uma paulistana de 20 anos, que anda de skate desde os 15, mas enfrenta a concorrência próxima de Pamela Leite Rosa, uma garota de apenas 13 anos.
Jacqueline compete na Copa Sampa Skate desde 2009. A 11ª etapa da Copa acontece neste final de semana (20 e 21), na Skate City, no Bom Retiro. A Copa Sampa Skate é organizada pela Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação.
A líder do ranking começou a andar de skate por influência do irmão, que era praticante à época. De lá pra cá, Jacque, como é conhecida pelos amigos, vive para o skate. “O Sampa é muito importante. É um campeonato democrático e a gente acaba conhecendo muita gente legal”, analisa. Até o namorado, William Damascena (o sobrenome dos dois é quase igual, mas eles não são parentes), conheceu entre uma etapa e outra do campeonato.
“Participei de todas as etapas deste ano e sempre estive entre as cinco melhores. Acredito muito que este ano dá para ganhar o título”, avalia Jacque. No ano passado, ela terminou em 4º lugar na classificação geral. A skatista que compete há quatro anos no Sampa Skate dá uma dica para quem está começando agora: “É preciso cuidar do preparo físico. As meninas começam a andar e já querem acompanhar antigos praticantes. Skate é diversão e devagar que se aprende”, afirma.
O skate é o segundo esporte mais praticado em São Paulo, depois do futebol. O campeonato organizado pela SEME é uma usina de talentos. Dez dos 12 skatistas de street style (categoria contemplada pela Copa concentra 90% dos skatistas do mundo) selecionados pela Confederação Brasileira de Skate para participar de programas de incentivo à prática de esportes saíram do Sampa Skate. E o campeonato está contribuindo também para a evolução da modalidade feminina.
Coordenador do núcleo de Esportes Radicais e Alternativos da SEME, Arthur Soares afirma que um dos trunfos do campeonato é a rotatividade de locais e pessoas durante o circuito. “As etapas passam por Clubes Escola da cidade e a própria pista da Skate City. Isso gera muito contato interpessoal, e é disso que surgem novos talentos. Meninas como a Jacqueline estão incorporando o estilo de vida do skate”.
Soares lembra ainda a importância das redes sociais para a divulgação do projeto. “A página do Sampa Skate no Facebook movimenta muita gente, e é até difícil mensurar o quanto isso pode nos ajudar a ampliar as fronteiras do skate e do próprio esporte radical em São Paulo”.
Organizador do evento, Marcio Tanabe, presidente da Associação Ativação, coloca a Copa Sampa Skate como ferramenta de intercâmbio para inserir a mulher na modalidade. “O campeonato permite que nasçam talentos como Letícia Buffone e Jessica Florêncio. Hoje, Letícia é referência no skate mundial como atleta profissional e Jessica foi a primeira skatista brasileira a assinar um contrato de patrocínio com salário”, conta.
Texto:
Paulo Gervino - pantar@prefeitura.sp.gov.br
Foto:
Arquivo pessoal Jacqueline Damasceno
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