Secretaria Municipal de Gestão

Campanhas de Saúde

Setembro amarelo

SETEMBRO AMARELO

 

Mês é dedicado a campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio

O Suicídio é um fenômeno complexo e multifacetado que pode ter diversas causas. Fatores psíquicos (transtornos psiquiátricos), ambientais e sociais (condições precárias de vida e trabalho) devem ser abordados sempre que pensamos em ações para a prevenção do suicídio

O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a iniciativa deve acontecer durante todo o ano. Em 2024, o lema é “Se precisar, peça ajuda!”. É importante falar sobre o assunto para que as pessoas que estejam passando por momentos difíceis e de crise busquem ajuda.

De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde - OMS em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, e, com isso, estima-se mais de 01 milhão de casos.

No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia.

Ações efetivas fizeram com que o número de suicídios no mundo diminuísse, mas infelizmente, nas Américas, a taxa subiu 17% (Dados referentes a 2019 - OMS).

 

Alguns fatores de risco para o suicídio são:

• Diagnóstico de agravos psiquiátricos

• Tentativa prévia de suicídio

• Histórico familiar de comportamento suicida

• Presença de outros comportamentos auto lesivos

• Abuso e dependência de álcool e outras drogas

• Abuso sexual na infância

• Comportamento impulsivo

 

Alguns dos sinais de alerta são:

• Expressões de tristeza constante,

• Isolamento social,

• Perda de interesse nas atividades que antes eram prazerosas.

• Comentários sobre se sentir sem esperança ou sem motivo para viver.

• Aumento do consumo de álcool ou drogas.

•Mudanças abruptas no comportamento, como isolamento social ou descuido pessoal.

 

Algumas dicas para apoiar pessoas em situação de sofrimento mental e eventualmente em risco de suicídio são:

• Ouça com atenção o que a pessoa está sentindo: permita que o outro se expresse de maneira livre. Mostre-se disponível para a escuta sem tentar buscar soluções.

• Não julgue, não tenha preconceito: a forma como cada pessoa encara as situações da vida é diferente e está relacionada com sua história e seus recursos psíquicos. Não tente impor sua forma de enxergar a vida.

• Não dê conselhos: “você precisa sair mais de casa”, “você precisa esquecer isso...” - Evite oferecer conselhos simplistas ou soluções rápidas. Em vez disso, incentive a busca de ajuda profissional e disponibilize recursos adequados para apoiar a pessoa em sua jornada de cura. É essencial reconhecer e validar a dor emocional que está sendo expressa.

• Demonstre que é alguém de confiança: nem sempre é fácil para a pessoa falar sobre seu sofrimento psíquico por medo de julgamentos ou de incompreensões. Valorize o fato dela estar se abrindo com você e não compartilhe as informações que lhe foram confiadas.

• Não faça comparações - isso pode fazer a pessoa se sentir culpada e piorar sua situação, concentre-se em oferecer apoio, compreensão e recursos adequados para obter ajuda profissional.

•Não mude de assunto, nem faça comentários do tipo: “vai ficar tudo bem”, “seja otimista”, “há pessoas com problemas maiores”: pensar em suicídio é o último recurso de uma pessoa em sofrimento. Ter sua dor invalidada pode contribuir para o isolamento e dificultar a busca por ajuda.

• Não ria ou faça piadas - críticas e julgamentos apenas aumentarão sua sensação de isolamento, demostre empatia e ofereça suporte emocional.

• Não hesite em questionar aberta e diretamente a ideia de suicídio: “você pensa em morrer?” - abrir este diálogo pode encorajar a pessoa em sofrimento a compartilhar seus sentimentos e buscar ajuda. Incentive que a pessoa converse com um profissional de saúde mental.

• Não deixe a pessoa sozinha, caso perceba um risco iminente: se a pessoa verbalizar um planejamento suicida ou sinalizar que irá realizá-lo (adotando postura de despedida, por exemplo), busque um serviço de emergência, como SAMU ou Pronto Socorro.

• Não deixe a pessoa próxima de meios letais, como facas ou outros perfurocortantes, medicações e armas de fogo, pois isso reduz o risco imediato, especialmente em momentos de maior impulsividade.

• Acredite em ameaças - O impulso para o suicídio é transitório e pode durar minutos ou horas, por isso a ação imediata é tão importante.

 

Não esqueça: ao se deparar com uma situação de tentativa de suicídio eminente que necessite de intervenção imediata, não hesite e ligue 192 SAMU.

 

O SUS oferece atendimento gratuito na Rede de Apoio Psicossocial.

 

Referência Bibliográfica:

• Associação de Prevenção do Suicídio: www.suicidepreventionassociation.org

• Organização Mundial da Saúde: www.who.int/mental_health/suicide-prevention