Secretaria Municipal de Gestão
Campanhas de Saúde
Março Amarelo
Endometriose
A Endometriose é uma doença benigna, que ocorre quando a parede interna do útero cresce em outras regiões como ovários, trompas e intestino, causando inflamação e dor. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ela afeta mais de sete (7) milhões de mulheres no Brasil.
Essa doença impacta diretamente na qualidade de vida e na produtividade da mulher. Estima-se que 57% das pacientes com endometriose convivem com dores crônicas que costumam interferir em diversas áreas da vida, inclusive no bem-estar sexual e na fertilidade. A mulher se sente impossibilitada de ir à escola, ao trabalho ou cumprir com suas atividades habituais, e algumas vezes, há necessidade de ir ao pronto socorro para tratamento da dor.
Muitas mulheres descobrem o diagnóstico tardiamente, quando percebem alguma dificuldade para engravidar ou quando as dores estão muito fortes.
A principal causa é a menstruação, quanto mais ciclos menstruais a mulher tiver, maior o risco de ter a doença. A mulher moderna menstrua mais, retarda a maternidade e tem menos filhos. Não se sabe a origem exata da endometriose, entretanto, existe uma série de fatores imunológicos, genéticos, fatores de crescimento e alterações enzimáticas envolvidas que tornam o endométrio das mulheres mais susceptível ao desenvolvimento da doença. Estresse, ansiedade e fatores ambientais também podem estar relacionados à incidência da endometriose.
Não existem formas de prevenção, a dica é ficar atenta aos sintomas e procurar ajuda médica, para prevenir a progressão da doença.
Sintomas:
· Dor pélvica;
· Cólicas intensas no período menstrual;
· Menstruação irregular;
· Dor durante e após a relação sexual;
· Dor ao urinar ou ao evacuar, especialmente no período menstrual;
· Infertilidade;
· Diarreia;
· Inchaço abdominal;
· Fadiga.
Tratamento:
Deve se procurar um ginecologista para investigação e tratamento adequado.
O diagnóstico é feito por meio da suspeita clínica no exame de rotina e confirmado através de exames de imagem especializados.
O tratamento proposto é individualizado e varia conforme cada situação específica, dependendo da idade da mulher, do tipo da doença, sintomas e desejo de engravidar. As principais formas de tratamento são: clínico medicamentoso, em alguns casos tratamento cirúrgico, e/ou outros procedimentos de reprodução assistida.
Alguns estudos relacionam a nutrição á endometriose, portanto uma dieta adequada é importante para todos, e naquelas com endometriose principalmente.
Por ser uma doença inflamatória, uma alimentação saudável que se proponha reduzir a inflamação intestinal é interessante.
Recomenda-se que a mulher procure se alimentar a cada 3 horas e incluir frutas variadas, por sua ação antioxidante e por ser fonte de Bioflavonóides. Associar uma alimentação equilibrada a um estilo de vida mais saudável, certamente vai ajudá-la a alcançar uma melhor qualidade de vida.
Março Lilás
Câncer (Ca) de Colo de Útero
É um tipo de tumor maligno que ocorre na região inferior do útero, onde se conecta com a vagina, causado por infecção sexualmente transmissível (IST), pelo Papilomavirus Humano (HPV). Essa IST é a mais frequente no mundo.
A transmissão do HPV se dá pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou manual-genital, não necessitando, necessariamente, da penetração vaginal ou anal. Também pode haver transmissão durante o parto, da mãe para o bebê. A maioria das pessoas tem contato com este vírus ao longo da vida, mas quase sempre ele é eliminado naturalmente. Se a infecção persistir, após vários anos podem aparecer lesões, que, se não tratadas, podem causar o câncer.
Os principais sinais e sintomas de infecção pelo HPV surgem entre 2 a 8 meses após o contágio, porém pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal da infecção. Os sinais e sintomas em ambos os sexos são: verruga na região genital, anal, colo do útero, lábios, bochechas, língua, céu da boca ou garganta. Essas verrugas podem ser visíveis ou não visíveis a olho nu, únicas ou variadas, planas, achatadas, elevadas, sólidas, assintomáticas ou causar coceira no local. A transmissão pode acontecer mesmo sem os sinais e sintomas.
A detecção precoce dessas lesões que antecedem ao Ca do colo do útero é realizada por meio do exame citopatológico, também conhecido como Papanicolau ou exame preventivo, oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com a detecção precoce, essas lesões podem ser tratadas precocemente, o que diminui as chances de evoluir para o Ca do colo do útero. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o risco de desenvolvimento do Ca do colo do útero é de cerca de 30% se as lesões causadas pelo HPV não forem avaliadas e tratadas.
Já o Ca do colo do útero pode não apresentar sintomas no início. Já em casos mais avançados podem apresentar dor durante as relações sexuais, sangramentos e dor pélvica.
Segundo dados oficiais, o câncer do colo do útero é a quarta causa de morte entre as mulheres.
A prevenção primária está relacionada ao risco de contágio pelo HPV.
- Use preservativo, dê preferência, ao feminino e o utilize desde o início da relação sexual;
- Vacine-se contra o HPV. A vacina é distribuída no SUS para: meninos e meninas entre 9 e 14 anos, pessoas com HIV, transplantados, pacientes oncológicos e vítimas de abuso sexual, na faixa etária de 9 a 45 anos;
- Realize o Papanicolau periodicamente. (Mulheres 25 a 64 anos sexualmente ativas).