Hospital do Servidor Público Municipal

Sexta-feira, 18 de Junho de 2021 | Horário: 10:44
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Glaucoma pode causar perda da visão quando não tratado

Especialista da Clínica de Oftalmologia do HSPM esclarece dúvidas sobre o assunto

Logo do HSPM responde, com uma mão segurando um megafone saindo de dentro de um celular

 

Por: Rosângela Dias e Giovanna Anjos 


O glaucoma é uma doença progressiva provocada pelo aumento da pressão intraocular, o que afeta as fibras nervosas do nervo óptico. A ausência de sintomas associada ao diagnóstico tardio pode agravar a doença, que é a maior causa de cegueira irreversível no mundo. O tema é o foco desta edição do HSPM Responde, que traz uma entrevista com o médico Dr. Aloísio Punhagui Cuginotti Filho, da Clínica de Oftalmologia do hospital.

O que é o glaucoma?
Glaucoma é uma lesão progressiva do nervo óptico cujos fatores de maior importância são a pressão intraocular e o estado do nervo óptico.

Quais são os tipos de glaucoma?
Podemos considerar o glaucoma como de dois tipos principais: primários, que são os de ângulo aberto e fechado, congênitos e juvenis e os secundários, que são reflexos de outras doenças, como o neovascular, facogênico e facomórfico.

Quais os sintomas?
O glaucoma é uma doença silenciosa e, no geral, não apresenta sintomas, porém alguns sinais podem ser identificados pelo oftalmologista em exames de rotina.

É possível apontar as causa do glaucoma? É hereditário?
Não existe uma causa identificável isolada para o glaucoma. Hoje se sabe que é um conjunto de condições que podem fazer a pessoa desenvolver a doença. A genética familiar pode ser uma delas, apesar de não ser obrigatório para o desenvolvimento da doença.

Quais os fatores de risco?
Os principais são a elevada pressão dos olhos, história de glaucoma na família, o uso de algumas medicações (como os que são à base de corticoides), idade avançada, raça negra e miopia elevada.

Como é feito o diagnóstico? É possível detectar o problema em exames oftalmológicos de rotina?
O diagnóstico é, principalmente, feito pelos exames oftalmológicos de rotina no consultório, com a avaliação do olho, nervo óptico e pressão intraocular. Em alguns casos, podem ser necessários exames mais específicos pedidos pelo próprio médico.

Como é o tratamento?
Existem hoje diversas modalidades de tratamento, sendo a mais comum o uso diário de colírios para diminuir a pressão intraocular. Outras opções são laser e cirurgia, dependendo de cada caso.

Há cura ou apenas meios de controlar a doença?
Infelizmente não existe ainda cura para o glaucoma, mas um tratamento feito corretamente e o diagnóstico precoce (mais cedo possível) melhoram muito a possibilidade de controle da doença.

Qual a diferença entre glaucoma e catarata?
O glaucoma é uma doença ocular que afeta o nervo óptico e a catarata afeta o cristalino, portanto, são coisas diferentes e tratamentos diferentes.

Há alguma faixa etária mais atingida pelo glaucoma?

A faixa etária mais comum dos primeiros sinais de glaucoma é a partir dos 40 anos.

Quais as consequências caso a doença não seja tratada?
Por ser uma doença progressiva, se não for tratada a tempo pode levar à cegueira. O glaucoma continua sendo a maior causa de cegueira irreversível no mundo.

Em quais casos a cirurgia é necessária?
Classicamente se opera o glaucoma em casos em que as medicações ou outras técnicas não foram eficazes em diminuir a pressão do olho. Porém, atualmente existem modalidades de cirurgias para casos iniciais, além de cirurgias para casos especiais em que se indica como primeira opção.

É possível falar em prevenção? Se sim, quais as dicas para prevenir o surgimento do glaucoma?
As palavras de ordem no glaucoma são: prevenção e diagnóstico precoce. É recomendável que todas as pessoas tenham como hábito fazer exame oftalmológico completo pelo menos uma vez por ano, evitando exames superficiais para aferição de grau apenas, por exemplo.

 

 

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