Hospital do Servidor Público Municipal

Quarta-feira, 13 de Outubro de 2021 | Horário: 14:45
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Obesidade é fator de risco para outras doenças

Problema vem crescendo no Brasil, inclusive entre crianças e adolescentes

 

Foto de dois médicos do hospital, uma mulher a esquerda e um homem a direita, em uma sala administrativa
Dra. Maria Leonor Pinto e Dr. Vicente José Salles de Abreu são nutrólogos do HSPM


Por: Rosângela Dias e Thayná Franzo

O Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, comemorado no dia 11 de outubro, foi criado para alertar sobre o crescimento da doença crônica no Brasil. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o número de obesos com idade acima de 20 anos no Brasil mais que dobrou entre os anos de 2003 e 2019, saltando de 12,2% para 26,8%.

O Índice de Massa Corpórea (IMC) é uma medida padrão utilizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como indicador do estado nutricional de adultos e define o peso de uma pessoa de acordo com sua altura elevada ao quadrado. O índice considerado normal é entre IMC entre 18,5 e 24,9 kg/m2, enquanto que o IMC entre 25.0 a 29,9 kg/m2 já indica sobre peso e é um estágio que precede a obesidade.

Em maior parte dos casos, o acúmulo de gordura corporal é resultado da ingestão alimentar acima das necessidades do corpo. Também há influência de fatores genéticos, ambientais, metabólicos, endocrinológicos e do uso de determinados medicamentos. Além disso, a obesidade aumenta as chances de desenvolvimento de uma série de doenças.

“É um fator de risco para o surgimento de comorbidades como doenças cardiovasculares, dislipidemias,, diabetes tipo 2, osteoartrite, disfunção pulmonar e para o surgimento de câncer, como de mama e colón”, exemplificou a Dra. Maria Leonor Pinto, médica nutróloga do do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM) e integrante da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN).

Obesidade entre jovens

O aumento do acúmulo de gordura corporal também tem crescido entre crianças e adolescentes, uma consequência do aumento do consumo de alimentos ricos em açúcar, sódio, gorduras saturadas e trans, como frituras, embutidos, empanados, refrigerantes, balas, sorvetes e chocolates.

De acordo com o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, de 2019, 16,3% das crianças brasileiras entre cinco e dez anos estão com sobrepeso; 9,4% com obesidade; e 5,2% com obesidade grave. “A obesidade na criança e adolescente está associada ao risco de doença cardiovascular na fase adulta. Além disso, quando uma criança possui mãe ou pai obesos, a chance de desenvolver obesidade é de 75% a 85%. Quando apenas um dos pais é obeso, o risco da criança é 40%”, afirmou a nutróloga do HSPM.

Para evitar o problema em qualquer idade, é preciso adotar medidas simples: adotar a prática de atividade física e hábitos alimentares saudáveis, com maior consumo de alimentos in natura e evitando consumo de industrializados, processados, com alto teor de sal, açúcar, gorduras saturadas e trans associado ao sedentarismo.

 

 

 

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