Hospital do Servidor Público Municipal

Segunda-feira, 20 de Maio de 2024 | Horário: 17:42
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Excesso de sede e da frequência urinária são alguns sintomas do Diabetes

Hábitos saudáveis podem prevenir contra a doença

 

Imagem ilustrativa na qual aparece à esquerda um holofote dentro de um celular e à direita o Texto HSPM Responde

A Diabetes Mellitus é uma doença crônica, que atinge uma quantidade alarmante de pessoas no Brasil. Nessa edição do HSPM Responde, Maria Carolina de Camargo Vieira, coordenadora da clínica de Endocrinologia, discorre sobre a doença e suas particularidades.


1) O que é a diabetes?
A Diabetes Mellitus (DM) é uma doença caracterizada pela elevação da glicose (açúcar) no sangue.


2) Quantos tipos de diabetes existem? Qual é a diferença entre elas?
Existem diversos tipos. Entretanto, os mais comuns são o diabetes tipo 1 (cerca de 5-10% casos) e o tipo 2 (90-95% dos casos). Em ambos, ocorre o aumento da glicemia, mas a causa é bem distinta. O tipo 1 é decorrente da destruição autoimune das células beta pancreáticas, que são as produtoras de insulina, hormônio necessário para controle glicêmico e seu surgimento ocorre principalmente na infância ou em adultos jovens. Já no tipo 2 é decorrente de uma resistência corporal à ação deste hormônio, que acaba sendo produzido em maior quantidade para manter a glicemia normal. Quando esta capacidade é perdida, ocorre aumento da glicemia. É mais comum a partir dos 50 anos, mas devido à sua forte associação com a obesidade está cada vez mais frequente em faixas etárias mais jovens, incluindo crianças.

3) Quais são os sintomas? Há diferença de sintomas entre um tipo e outro?
Os sintomas incluem excesso de sede, aumento da frequência urinária e da fome, perda de peso não intencional, alterações visuais e fraqueza. A grande diferença é que os sintomas surgem de forma mais rápida no tipo 1 (dias a meses) e podem evoluir para desidratação severa, acidez do sangue e coma. Já no tipo 2 ocorre de forma mais insidiosa, podendo o paciente não apresentar nenhum sintoma durante anos. Se não diagnosticado, o diabetes tipo 2 também pode levar a um quadro clínico grave e coma.

4) Como é feito o tratamento?
O tratamento do tipo 1 é feito através do uso de insulina e, no tipo 2, há diversas classes de medicamentos orais para controle da glicemia. Entretanto, em casos de descontrole glicêmico, mesmo com uso de medicações ou situações clínicas como internação hospitalar, o uso de insulina também é necessário no diabetes tipo 2. Em ambos os tipos, alimentação equilibrada e prática de atividade física são de suma importância.

5) O diabetes tem cura?
Não há cura, mas o paciente pode entrar em remissão.

6) Quais são os maiores perigos da doença?
As suas complicações agudas, como quadros de coma em decorrência de níveis muito elevados de glicemia, e as crônicas. Estas últimas podem levar a quadros de amputações, cegueira, doença dos rins, impotência sexual, infarto e derrame cerebral.

7) Como se previne a enfermidade?
Não há como prevenir o tipo 1. Já o tipo 2, pode ser evitado principalmente através de um estilo de vida saudável e manutenção do peso dentro da normalidade.

 

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