Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência

Terça-feira, 23 de Março de 2021 | Horário: 12:55
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SMPED estimula inclusão das pessoas com deficiência na arte cênica

Iniciativas da Prefeitura de São Paulo, como o Festival Sem Barreiras e o Cultura Inclusiva, aproximam pessoas com deficiência das produções artísticas apoiadas pelo município

Dia 27 de março é o Dia Mundial do Teatro. Arte que é transformadora, principalmente para pessoas com deficiência. Além de estimular o conhecimento, comunicação, criatividade, consciência individual e social, inclusão e socialização, a encenação tem o poder de potencializar talentos. Pensando em aplicar o acesso à arte e incentivo para artistas com deficiência, a Prefeitura de São Paulo, por meio da SMPED, lançou o Festival Sem Barreiras e o Cultura Inclusiva, dois eventos que já ganharam espaço no calendário oficial de atividades municipais.
 
A dramaturgia permite que pessoas com deficiência promovam a sua arte para o mundo, e mostram que elas são muito mais que suas deficiências. Expressões corporais produzidas no teatro permitem que os artistas externalizem suas personalidades.

no palco e caracterizada a atriz com nanismo, Veca Ned.
 

“É de extrema importância a inclusão da pessoa com deficiência em atividades artísticas. Toda pessoa independente de sua condição e que tenha vontade, deve ter liberdade para expressar sua arte. Acredito que isso é muito positivo para que a sociedade passe a respeitar o artista independente de sua condição. Esse crescimento contribui para diminuir o preconceito diante desse artista” destaca a atriz e produtora, Nina Mancin, que participou da edição do Festival Sem Barreiras 2019 com a leitura dramática do texto Corixo do Moquém.

Pensando na importância que o mundo das artes tem para as pessoas com deficiência, a Prefeitura de São Paulo por meio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED) e da Secretaria Municipal da Cultura (SMC) está buscando ampliar projetos com intuito de aproximar essa população de produções culturais.

Os atores Geraldo e Nina no palco.



Sem Barreiras – Festival de Acessibilidade e Artistas com Deficiência

O Festival, realizado sempre no 2º semestre do ano, tem como objetivo divulgar o importante trabalho realizado pelos artistas com deficiência, trazendo reconhecimento e visibilidade para cada um, seja no teatro, na música, dança, ou em qualquer outra manifestação cultural.
 
Além das peças, a iniciativa é um estímulo para que outros equipamentos públicos e privados, além de roteiros e guias culturais, também apresentem os símbolos de acessibilidade comunicacional, Libras, audiodescrição e Closed Caption, alcançando o público de pessoas com deficiência auditiva/surdos e visual.

no palco os artistas com e sem deficiência da peça João Sem Nome.

Sidney Tobias, curador do Festival, acima: “A divulgação de um festival com acessibilidade mostra que a acessibilidade deve estar em todas as ofertas de cultura pela cidade. Isso facilita na formação de público, porque leva pessoas, que muitas vezes não eram habituadas, até essas apresentações culturais, além de disseminar os símbolos de acessibilidade e servir de modelo para próximos eventos”.
 
 
Cultura Inclusiva
 
O projeto tem como objetivo promover acessibilidade comunicacional em teatros e equipamentos municipais de cultura, oferecendo, além de acessibilidade arquitetônica, recursos de Libras e audiodescrição para munícipes com deficiência auditiva e visual. Um exemplo dessa ação, que ocorre desde 2018, é a presença de intérprete de Libras nos palcos da Virada Cultural.
 
A programação do Cultura Inclusiva também conta com apresentações teatrais. Sidney Tobias acrescenta: “A acessibilidade no teatro passa por diversos aspectos. Pelo público, que precisa ter acesso ao que está acontecendo no palco, como por exemplo, o intérprete de Libras e audiodescrição. É necessário também acessibilidade arquitetônica para que as pessoas possam chegar no teatro e os artistas com deficiência, também possam ir para o camarim e palco. Enfim, as acessibilidades são fundamentais para usufruirmos da arte centenária que é a dramaturgia” avalia.
 
“A arte não só é capaz de transformar vidas e sim capaz de transformar o mundo. Durante minha jornada pude ver muitas mudanças acontecerem na vida das pessoas que buscaram estudar, praticar e inserir a arte em suas vidas. Eu sou um exemplo disso, a arte mudou completamente minha vida, mudou meu comportamento, o modo como vejo as coisas, a forma como me relaciono com as pessoas e enxergo o mundo e suas infinitas possibilidades. Com certeza me tornei um ser humano melhor” afirma Nina Mancin, atriz.
 
Por isso, o Dia Universal do Teatro é somente um marco para lembrar como esta expressão cultural é importante e abre portas para pessoas aumentarem suas relações, comunicação, responsabilidade e comprometimento.

No palco da Virada Cultural a cantora Anitta com os dançarinos. Intérprete de Libras do lado esquerdo.

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