Secretaria Municipal da Saúde

Terça-feira, 29 de Outubro de 2019 | Horário: 14:44
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Larva Migrans

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Ovo larvado de Toxocara spp em amostra de solo
Fonte: NLabzoo

  

Larva de Ancylostoma spp em amostra de solo
Fonte: NLabzoo

   

O que é?

A contaminação ambiental por meio dos dejetos de animais domésticos em vias e logradouros públicos tem sido motivo de preocupação tanto para os ambientalistas como para os sanitaristas. As fezes dos cães e gatos podem albergar uma série de parasitas de importância em saúde pública. A presença desses animais em áreas públicas, sobretudo em play-grounds, torna-se importante na medida em que essas áreas são amplamente freqüentadas por crianças. Assim, a areia e/ou terra dessas áreas de lazer representam riscos potenciais na transmissão de zoonoses parasitárias.

Dentre essas zoonoses estão a larva migrans visceral (LMV), síndrome observada em humanos infectados por ovos com larva de helmintos do gênero Toxocara spp. nos tecidos, ou no globo ocular, causando a síndrome da larva migrans ocular (LMO). Os seres humanos, principalmente crianças, infectam-se ao ingerirem acidentalmente esses ovos presentes no solo, fômites e em mãos contaminadas. A larva migrans cutânea é causada pela migração de larvas do gênero Ancylostoma  spp. na pele. Essas larvas penetram na pele do homem e vagueiam no tecido subcutâneo, provocando uma erupção linear e tortuosa na pele, geralmente pruriginosa. É também conhecida como “bicho geográfico” e está freqüentemente relacionada a pacientes que tiveram contato com areias de praia ou solo de áreas de recreação.

 

 

 Técnico colhendo amostras de areia em parque para análise
 Fonte: NLabzoo

 

 

Cão em área de lazer
Fonte: NLabzoo

 

 Prevenção da Larva Migrans em tanques de areia e áreas de lazer

  • Realizar exames parasitológicos de fezes rotineiros nos animais com proprietários e tratamento específico dos positivos.
  • Conscientizar a população sobre a importância da posse responsável ( não deixar o animal solto na rua, vacinar, vermifugar, etc).
  • Recolher imediatamente as fezes dos animais, principalmente em áreas de lazer de crianças
  • Evitar o acesso de animais de rua nos tanques de areia e áreas de lazer, colocando telas ao redor destes e cobrindo os tanques de areia com plástico resistente ou lona, principalmente à noite.
  • Revolver periodicamente a areia das partes mais profundas para as mais superficiais, assim como deslocar as que estiverem em áreas sombreadas para as ensolaradas e vice-versa.
  • Realizar avaliação parasitológica de areia antes de colocar para uso em tanques e depois periodicamente, pelo menos de seis em seis meses. Trocar as areias do tanque sempre que apresentarem parasitas viáveis, principalmente os de importância em saúde pública.
  • Os tanques devem estar cercados por uma mureta de pelo menos 20 cm acima do nível do solo, a fim de evitar contaminações externas carreadas principalmente pelas águas da chuva;
  • Reforçar o uso de calçados nas áreas externas do tanque, onde é difícil a realização da troca de areia.
  • Reforçar o programa de educação sobre higiene para as crianças.
  • Lavar as mãos após brincar com areia e/ou terra.
  • Lavar frutas e verduras in natura antes de consumi-las.

 Veja também:

 PROFISSIONAIS:

 

Histoplasmose           Início           Leishmaniose V. Canina

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