Secretaria Municipal da Saúde

INFLUENZA

Informações para o cidadão e profissionais de saúde

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A influenza ou gripe é uma infecção respiratória aguda, causada pelos vírus influenza (A, B, C e D), que apresentam um comportamento sazonal, de ocorrência anual.

Acesse o menu abaixo para saber mais sobre a INFLUENZA:

 

  

  

 

 

  • O que é?

A influenza ou gripe é uma infecção respiratória aguda, causada pelos vírus influenza A, B, C ou D; os vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais e o vírus influenza A está estreitamente associado a eventos pandêmicos, como o ocorrido em 2009 com a pandemia de Influenza A (H1N1). O vírus influenza C não causa doença de importância epidemiológica e o vírus influenza D foi recentemente identificado em bovinos.

Os vírus influenza apresentam um comportamento sazonal, de ocorrência anual, podem ser mais observados nas estações climáticas mais frias e/ou chuvosas. A incidência de casos pode variar anualmente, observando-se anos com maior ou menor circulação do vírus, porém podem ser identificados o ano todo, com ocorrência de surtos fora dos períodos sazonais.

No Brasil, o padrão de sazonalidade varia entre as regiões, sendo mais marcado naquelas com estações climáticas bem definidas, nas quais a maior frequência ocorre nos meses mais frios, em locais de clima temperado, com isso, espera-se aumento de casos no outono e inverno, porém podem haver circulação em outras épocas do ano, devido às divergências demográficas e climáticas.

 

  • Modo de transmissão

A transmissão direta (pessoa a pessoa) é a mais comum e ocorre quando um indivíduo infectado pelo vírus influenza expele gotículas ao falar, espirrar e tossir. Essas gotículas podem pousar na boca ou nariz de pessoas próximas, ou ser possivelmente inaladas nos pulmões. Eventualmente, pode ocorrer a transmissão pelo ar, quando partículas residuais, que podem ser levadas a distâncias maiores que 1 metro, são inaladas.

Também há evidências de transmissão pelo modo indireto, por meio do contato com as secreções de outros doentes. Nesse caso, as mãos são o principal veículo, quando uma pessoa toca uma superfície ou objeto contaminado com o vírus influenza e depois toca sua própria boca, nariz ou olhos.
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  • Manifestações clínicas

Os sinais e sintomas podem ser desde quadros leves, chamados de síndrome gripal (SG), e alguns casos podem evoluir para complicações e agravamento, como a síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Classicamente o quadro clínico da influenza sazonal tem início súbito, com sintomas de síndrome gripal (SG) como febre, coriza, tosse seca, dor de garganta, dores musculares e articulares, dor de cabeça, fadiga (cansaço) e prostração. Geralmente, tem resolução espontânea em aproximadamente sete dias, embora a tosse, o mal-estar e a fadiga possam permanecer por algumas semanas.

Em crianças com menos de 2 anos, considera-se também como caso de SG: febre de início súbito (mesmo que referida) e sintomas respiratórios (tosse, coriza e obstrução nasal), na ausência de outro diagnóstico específico. Algumas pessoas podem ter vômitos e diarreia, embora isso seja mais comum em crianças do que em adultos.

 

  • Diagnóstico

Diagnóstico clínico

O quadro clínico inicial da doença é caracterizado como SG. O diagnóstico depende da investigação clínico-epidemiológica e do exame físico.

Diagnóstico laboratorial

A amostra clínica preferencial é a secreção da nasofaringe (SNF). O diagnóstico laboratorial para pesquisa de vírus da influenza é um dos componentes da vigilância de influenza, a qual se baseia nas estratégias de vigilância sentinela de SG, SRAG hospitalizado e óbito por SRAG, sendo o RT-PCR em tempo real o diagnóstico padrão-ouro para estas estratégias de vigilância.

Complicações

Alguns casos de influenza podem evoluir e apresentar complicações, especialmente em indivíduos com doença crônica, idosos e crianças menores de 5 anos, o que acarreta elevados níveis de morbimortalidade.

A principal complicação é a pneumonia, responsável por inúmeras internações hospitalares. Outras complicações são:

• Sinusite.

• Otite.

• Desidratação.

• Agravamento das condições médicas crônicas.

 

  • Tratamento

O uso do antiviral está indicado para todos os casos de SRAG e casos de SG associados com condições ou fatores de risco para complicações, devendo ser priorizadas para o tratamento precoce:

  • gestantes em qualquer idade gestacional,
  • puérperas até duas semanas após o parto;
  • adultos ≥60 anos;
  • crianças <5 anos (sendo que o maior risco de hospitalização é em menores de 2 anos, especialmente as menores de 6 meses com maior taxa de mortalidade);
  • população indígena aldeada ou com dificuldade de acesso;
  • indivíduos menores de 19 anos em uso prolongado de ácido acetilsalicílico (risco de síndrome de Reye);
  • indivíduos que apresentem pneumopatias (incluindo asma);
  • pacientes com tuberculose de todas as formas;
  • cardiovasculopatias (excluindo hipertensão arterial sistêmica);
  • nefropatias;
  • hepatopatias;
  • doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme);
  • distúrbios metabólicos (incluindo diabetes mellitus);
  • transtornos neurológicos e do desenvolvimento que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração;
  • disfunção cognitiva, lesão medular, epilepsia, paralisia cerebral;
  • síndrome de Down, acidente vascular encefálico (AVE) ou doenças neuromusculares;
  • imunossupressão associada a medicamentos, (corticoide – >20 mg/dia, prednisona por mais de duas semanas, quimioterápicos, inibidores de TNFalfa) neoplasias, HIV/aids ou outros;
  • obesidade (especialmente aqueles com índice de massa corporal –IMC ≥40 em adultos).

 

Considerando que a manifestação de sintomas iniciais da covid-19 tende a ser muito semelhante à de um quadro de influenza (gripe), é importante ressaltar que o medicamento fosfato de oseltamivir não está indicado para o tratamento de SARS-CoV-2.

 

  • Medidas de prevenção

Para reduzir/prevenir a transmissão do vírus influenza também deve-se fazer o uso de medidas de prevenção e controle não farmacológicas, como:

  • distanciamento físico;
  • etiqueta respiratória;
  • uso de máscaras;
  • limpeza e desinfecção de ambientes;
  • higienização das mãos com água e sabão ou com álcool gel - principalmente após tossir ou espirrar, usar o banheiro, antes de comer, antes e após tocar os olhos, a boca e o nariz;
  • evitar tocar os olhos, nariz ou boca, após contato com superfícies potencialmente contaminadas (corrimãos, bancos, maçanetas, etc.);
  • manter hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade física.

Pessoas com síndrome gripal devem evitar contato direto com outras pessoas, abstendo-se de suas atividades de trabalho, estudo, sociais ou aglomerações e ambientes coletivos.

 

  • Vacinação

A estratégia de vacinação no país pretende reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus da influenza nos grupos com predisposição para complicações da doença. Para obter mais informações acesse nossa página sobre vacinação.

 

  • O que é

A Influenza Aviária (IA), também conhecida como gripe aviária, é uma doença infecciosa, causada pelos vírus influenza, que pode infectar aves, mamíferos e, ocasionalmente, humanos. Embora o vírus da IA não infecte facilmente os humanos, existe o risco de ocorrência esporádica de casos humanos quando há exposição a aves infectadas ou ambientes contaminados durante a circulação do vírus entre as aves.

  • Modo de transmissão

As aves, quando infectadas, podem disseminar o vírus da influenza aviária através da saliva, secreções de mucosas e excretas. A infecção humana dar-se-á tanto pelo contato direto ou pelo contato com superfícies contaminadas por aves infectadas e depois tocando seus próprios olho, boca ou nariz.

  • Orientações para a vigilância de IA em humanos

Em áreas onde ocorrer a transmissão da Influenza Aviária (IA) em aves, é importante que as unidades de vigilância estejam alerta ao potencial risco de infecção em humanos expostos a esses animais. Portanto, diante de casos prováveis ou confirmados de IA em aves identificadas pelo Serviço Veterinário Oficial, é recomendado que as equipes de vigilância em saúde realizem as ações de investigação epidemiológica ampla com a identificação de casos expostos, bem como a identificação de eventos respiratórios incomuns que possam sinalizar a transmissão de pessoa a pessoa.

Para mais informações sobre a Influenza aviária, acesse a Nota Técnica Influenza Aviária H5N1 em humanos.

 

Guia de vigilância em saúde: volume 1

Guia de manejo e tratamento de influenza 2023

Orientações sobre prescrição e dispensação de oseltamivir para a rede básica e de especialidades

Guia para rede laboratorial de vigilância de influenza no Brasil

Nota Técnica Conjunta nº 01/2025 - Influenza aviária em humanos - H5N1

Ficha de investigação rápida de caso suspeito de influenza aviária – H5N1

Ficha monitoramento de pessoa exposta a aves suspeitas ou confirmadas IAAP_MSP

Ficha de Investigação rápida de pessoa exposta a ave suspeita ou confirmada para IA

Dicionário de dados - Ficha de investigação rápida de caso suspeito de influenza aviária – H5N1

Guia vigilância aviária em humanos

Documento técnico vigilância da influenza aviária no estado de São Paulo:

 

 

  • O que deve ser notificado?
  • Caso de SRAG hospitalizado e óbito por SRAG independentemente de hospitalização - indivíduo com *SG que apresente:
  • dispneia/desconforto respiratório OU
  • Pressão persistente no tórax OU
  • Saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente OU
  • Coloração azulada dos lábios ou rosto.

Deve ser notificado de forma individual  no SIVEP-Gripe.

*SG: indivíduo com febre, mesmo que referida, acompanhada de tosse ou dor de garganta e com início dos sintomas nos últimos sete dias.

 

Caso de SG – deve ser notificado somente nos locais já predefinidos como unidades sentinelas de SG, os dados são inseridos no sistema informatizado específico (SIVEP-Gripe). No município de São Paulo foi estabelecido a coleta de 07 amostras semanais, em dias distintos da semana em cada unidade sentinela. Saiba mais em Vigilância de Vírus Respiratórios.

Surto de SG – deve ser notificado de forma agregada no módulo de surto do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan NET). Os casos de surto de SG que evoluírem para forma grave, segundo a definição de caso de SRAG, deverão ser notificados individualmente no sistema SIVEP-Gripe. Saiba mais em Vigilância de Vírus Respiratórios.

 

  • O que não deve ser notificado?

Casos isolados de SG suspeitos de influenza (ou seja, casos identificados em locais que não são oficialmente unidades sentinelas de SG), com ou sem fator de risco para complicações pela doença, inclusive aqueles para os quais foi administrado o antiviral. Quando casos isolados de SG forem atendidos em unidades sentinelas e triados para coleta de amostras, devem ser registrados no SIVEP-Gripe.

 

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