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Domingo, 25 de Maio de 2025 | Horário: 10:00
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Multidão animada se diverte nos cartões-postais do Centro na madrugada da Virada Cultural 2025

Segurança, estrutura e programação variada atraíram pessoas de todas as regiões, que caminharam entre os vários eventos  

São Paulo ocupou o Centro e fez jus ao nome “Virada Cultural”. Na edição de 2025, a maior da história, as ruas, equipamentos culturais, bares e restaurantes estão sendo tomados por uma multidão animada, num vaivém intenso entre alguns dos principais cartões-postais da cidade, se dividindo entre as centenas de atrações artísticas e shows preparados pela Prefeitura no Centro da cidade. A programação continua até as 18 horas deste domingo (25). Veja aqui.

Segurança, organização, limpeza e a programação variada foram alguns dos pontos destacados por quem curtiu a Virada Cultural 2025 durante a madrugada no Centro da capital. Muitos ressaltaram a importância de se ocupar as ruas e o impacto que a festa trará para que as pessoas voltem a frequentar a região durante todo o ano, como destacou a designer Mariana Gregorich, 40 anos, que já participou de várias Viradas.

"Ocupar os espaços que pertencem à gente é muito importante. E ter esse Centro vivo e seguro é o principal. Curtir com segurança é muito bom. Ter uma vida cultural neste espaço traz muita vitalidade", disse.

Outros, que foram para shows específicos, foram se sentindo à vontade para curtir mais, explorar outras atrações e apreciar as belezas do Centro, como o analista de sistemas Renato Vasconcellos, 40 anos. "Peguei o final do show do Belo, depois o Silva. Me senti seguro e a organização está excelente”, disse Vasconcellos, que mora no Jardim Ângela, Zona Sul. “Não costumo ir muito ao Centro, apesar de achar tudo muito bonito, e fico feliz de ver tanta gente na rua. As pessoas devem valorizar a nossa cidade. São Paulo é bonito, é turístico e a galera tem que vir mais", opinou.

Mesmo quem costuma frequentar a região e já participou de outras Viradas elogiou a atual fase do Centro da cidade e a estrutura da festa deste ano. O músico Sandro Premero, 48 anos, morador da Zona Norte, por exemplo, diz que foi a todas as edições e que a deste ano está especial. "Gostei dos shows por estilo musical, como jazz. A cidade de São Paulo é uma metrópole maravilhosa e o Centro está revitalizado, a gente precisa da cultura, entretenimento e arte, é isso o que faz o nosso crescimento", ponderou.

Essa também foi a sensação do arte-educador e escritor Aquiles Quintê, 48 anos, que já morou na Bela Vista e no Centro. "Sempre participei de eventos na região, mas fazia tempo que não vinha. Senti um clima bom, a galera se divertindo. Um destaque para a Virada Literária, a gente vê que tem público para isso, espero que continue", disse.

A escritora mineira Laura Conceição, 29 anos, que mora no Rio de Janeiro, ficou encantada com o evento, sobretudo com a Virada Literária, da qual participa como convidada. "É a minha primeira vez na Virada de São Paulo e como convidada da Virada Literária. Acho que é muito legal ter essa virada 24 horas consegue reunir as pessoas de uma forma mais democrática. Às vezes, alguns trabalhadores que talvez não poderiam ir nas horas convencionais têm a oportunidade de aproveitar a madrugada".

O músico Marcos de Santos, 34 anos, acordou cedo neste domingo (25) para assistir ao show da esposa, que toca clarinete e ia se apresentar no Palco do Choro, no Pateo do Collegio. "Fiquei muito feliz que voltaram o palco do choro, o palco do piano. Acho muito legal, porque são gêneros que a gente vê menos e que ganham grandes espaços. Então ter um espaço assim para eles é ótimo".

O flautista e saxofonista João Poleto, 60 anos, comemorou seus 60 anos neste domingo tocando às 6 horas, ao lado de Paulo Ribeiro, Douglas Alonso, Silva e Kleber Silveira, no palco do Choro. "Começamos com o sol nascendo, aquecendo os corações do público, foi bem linda a apresentação. O choro é a música instrumental mais importante do Brasil, é a primeira música urbana do Brasil. Ela é de 1840, é uma coisa impressionante. E é um tesouro nosso admirado no mundo inteiro e faz parte da nossa cultura popular".

 

Efeito cascata
Com tanta gente circulando pelo Centro durante a madrugada, atraída pelas atrações, segurança e estrutura, o comércio que se manteve aberto soube aproveitar a oportunidade. O funcionamento de tradicionais bares e restaurantes da região central 24 horas — das 18h de sábado (24) até as 18h de domingo (25) — é outro grande destaque da Virada 2025. A iniciativa, que traz mais alternativas para quem for curtir o evento, foi viabilizada após uma ação do Observatório da Gastronomia.

O empresário Michael Douglas Oliveira Ribeiro, dono da Constantinus Burguer, na Líbero Badaró, no Centro, por exemplo, ressalta que a Virada mudou a rotina da lanchonete para melhor. “Está tudo organizado, estamos com muito movimento. E, para a gente que tem comércio aqui, ver o Centro recuperado é excelente. As pessoas precisam vir para conhecer as diversas casas históricas que temos aqui”, disse.

Charlene Mendonça, 42 anos, moradora de Guarulhos, gostou de ver os estabelecimentos abertos para comer e beber. "É muito interessante você ter um lugar para fazer um happy hour, não ficar comendo na rua. A cultura em São Paulo é muito forte e essa Virada ajuda a galera a frequentar o Centro".

 

Programação variada
Nas 24 horas do evento organizado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa, o público pode conferir uma programação variada: jazz, forró, chorinho, pagode, música clássica, cultura popular, pop, soul, k-pop, espetáculos de mágica, atividades infantis, festas, stand-up comedy, performances, concertos e cortejos ocuparam diversos pontos da região central.

A famosa Avenida São João foi transformada no palco do samba, com apresentações de artistas como Fundo de Quintal, Samba da Vela e Vó Suzana, Batuque do Glicério, Biro do Cavaco e Raquel Tobias. Já o forró tomou conta da Praça da Sé, com shows de Banda de Pífanos, Mestre Ambrósio e Paulinho Boca de Cantor.

O histórico Mosteiro de São Bento recebe desde a tarde de sábado apresentações da Orquestra Sinfônica Brasileira e missas com órgão de tubos e canto gregoriano. No tradicional Pateo do Collegio, grupos de chorinho tomam conta da programação, entre eles Izaías e Seus Chorões, João Poleto Quinteto e a Escola de Choro de São Paulo.

A Praça Ramos de Azevedo é o ponto de encontro para os amantes do jazz, com apresentações de Izzy Gordon Quarteto, Gabriel Gaiardo Trio e Vinicius Chagas Trio, além do projeto Jazz na Kombi, que se apresentou nos intervalos. No Theatro Municipal, a cantora Wanderléa foi um dos grandes destaques com o espetáculo Canta Choros.

O Largo do Arouche recebeu apresentações de cantoras como Wanessa, Thalma de Freitas e Kennya Macedo. Já a Praça da República homenageia o soul brasileiro, com nomes como Derico Sciotti e um tributo a Rita Lee e Roberto de Carvalho, com Johnny Hooker, Fernanda Abreu, Gabi Melim e Paulo Miklos.

A comédia também tem espaço garantido na programação, com 24 horas de humor no Edifício Copan, no bairro do Ipiranga. Nomes consagrados do stand-up como Maurício Meirelles, Patrick Maia, Igor Guimarães, Bruna Louise, Thiago Ventura e Afonso Padilha garantiram boas risadas ao longo da madrugada.

O Centro também recebe a primeira edição da Virada Cultural Literária de São Paulo - Virada Lusófona, evento que integra a programação oficial da Virada Cultural 2025 realizada na Biblioteca Mário de Andrade. A programação traz nomes como Leandro Karnal, Paulo Lins, Bruna Lombardi, Itamar Vieira Junior, entre outros.

 

Festas
O Centro recebeu também festas independentes mais famosas e queridas da capital como Mamba Negra, ¡SÚBETE!, Submundo 808, Sound System, Yellowman e Discopédia. Os sets de Djs também foram destaque, como Mari Boaventura, RHR e OsGEMEOS, a dupla mais famosa do grafite brasileiro, que se apresentaram como DJ, além do duo de música eletrônica Indus (Colômbia), seguido por mais dois sets com Vermelho, e SYNTHPOPTROUBADOUR.

Leia aqui a cobertura do primeiro dia da Virada Cultural 2025.

 

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