Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social
Diálogos e parcerias pela PopRua
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Por: Breno Lopes
Aprimorar o atendimento à população mais vulnerável, esse é o foco constante da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), que em parceria com o Banco Mundial, promoveu o workshop “Desafios para a Saída Qualificada da População em Situação de Rua no Município de São Paulo”, realizado na última quinta e sexta-feira (13 e 14) na FipeEES – Escola de Ensino Superior da Fipe, na capital paulista.
O evento reuniu especialistas em políticas públicas e pesquisadores para analisar o quadro situacional da população em situação de rua em São Paulo e debater estratégias que possam auxiliar na garantia de uma saída dessa condição.
Leon de Souza, psiquiatra do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Álcool e Drogas Centro, destacou a importância da integração entre assistência social e saúde. “Serviços como o Consultório na Rua e a abordagem social devem ter uma agenda integrada. A troca de informações entre eles é essencial para resolver problemas de saúde. Muitas vezes, as pessoas tomam conhecimento dos CAPS por meio de um Centro de Acolhida (CA)”, explicou.
Uma das principais ferramentas para atender a população em situação de rua (Pop Rua) é o Cadastro Único (CadÚnico). O registro permite o acesso a políticas de renda e assistência social, como os CAs e os Centros de Referência para a População em Situação de Rua (Centro Pop), além de ajudar a planejar políticas mais eficazes.
“Após o primeiro Censo Nacional da População em Situação de Rua, foi criado um formulário no CadÚnico com questões específicas para esse público. O cadastro garante não apenas o acesso a benefícios, mas também à cidadania!”, destacou Marco Natalino, especialista em Gestão Governamental no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Especialistas em políticas públicas e pesquisadores atentos ao Workshop - Foto: Acervo SMADS
Ao reunir diferentes perspectivas, esse tipo de espaço contribui para a construção de abordagens mais integradas e adaptadas às diversas necessidades dessa camada da população, promovendo a inclusão social e o respeito à dignidade das pessoas em situação de vulnerabilidade.
O workshop é mais uma etapa da parceria quem vem sendo construída entre SMADS e Banco Mundial nos últimos anos, voltada a qualificação dos profissionais da rede socioassistencial, a melhoria dos equipamentos de atendimento à população vulnerável e a implementação e aprimoramento das políticas direcionadas ao atendimento da população em situação de rua na cidade, com vistas à saída das ruas e retomada da autonomia de vida.
Rede Socioassistencial
A cidade de São Paulo possui a maior rede socioassistencial da América Latina, com cerca de 27 mil vagas de acolhimento, distribuídas em Centros de Acolhida, Hotéis Sociais, Repúblicas para Adultos, Vilas Reencontro, entre outras.
O encaminhamento para os serviços de acolhimento da rede socioassistencial é feito de acordo com o perfil do indivíduo e com a tipologia do serviço, respeitando o histórico da pessoa ou família a ser acolhida. As pessoas em situação de rua são encaminhadas aos serviços de acolhimento por meio dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Centros Pop do município, do Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) e Ampara SP.
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