Prefeitura de São Paulo

Por: Arthur Silvestre

A participação dos jovens é crucial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, trazendo novas perspectivas para questões sociais, políticas e ambientais, e posicionando a juventude como agente da mudança, que encampa o engajamento em causas relevantes, como direitos humanos, diversidade e sustentabilidade. 

Demonstração desse fato, o "Festival da Balsa pra Cá", organizado pelos serviços da rede socioassistencial voltados aos jovens da região do Grajaú, no último dia no dia 7 de dezembro, no extremo sul de São Paulo. O evento reuniu cerca de 250 pessoas e contou com a participação dos Centros para Crianças e Adolescentes (CCAs) - AMAI I e II, do Centro para Juventude (CJ) Instituo Anchieta Grajaú - (IAG), e do Centro de Desenvolvimento Social e Produtivo (CEDESP) - Rosa Mística. 

A festa foi uma grande mostra cultural, onde os serviços puderam se apresentar de forma livre. Os CCAs subiram ao palco com performances de dança que levantaram o público. Também foi exibido pela primeira vez o minidocumentário “PerCurso: territorial e cultural”, produzido conjuntamente pelos CCAs ao longo de dois anos em parceria com o Projeto PerCurso, em que os jovens atendidos pelos equipamentos, além de participar, produziram e protagonizaram a obra. Cada serviço contou ainda com um estande, onde puderam exibir fotos e trabalhos criados ao longo do ano em parceria com os oficineiros.

O encontro foi celebrado pelos gestores e principalmente pela criançada. “Foi muito bom, escalei uma árvore, brincamos, pulamos, adorei o show também, o vídeo ficou muito bonito. A gente ficou contente de poder mostrar tudo que fizemos durante o nosso ano no CCA”. Disse Luan Gustavo Bispo, 12, atendido do CCA AMAI I ao destacar o que mais gostou no evento. Para Beatriz Rodrigues do Prado, 13, a ansiedade por uma nova edição do festival já é grande: “Gostei muito do dia, gostei de me apresentar, conheci várias pessoas lá também, e espero que ano que vem aconteça de novo”. 

Os serviços da rede auxiliam esses jovens a saírem da invisibilidade social e fornecem uma perspectiva de futuro e projeção para o mercado de trabalho. Eventos como esse fortalecem os vínculos dos jovens com seus amigos, e demonstram para a evolução social e produtiva dos atendidos, alcançada ao longo do ano.

O gerente do CCA AMAI I, Jaison Pongiluppi, considerou o evento um encerramento ideal para o ano. "Foi um dia que celebrou a cultura e a potência do nosso território, de um trabalho tão importante quanto o nosso. Pudemos ver bem o protagonismo que nossos usuários têm e foi bem bonito, um grande festival muito rico".
 

Rede Socioassistencial 

A cidade de São Paulo possui a maior rede socioassistencial da América Latina, com cerca de 26 mil vagas de acolhimento, distribuídas em Centros de Acolhida, Hoteis Sociais, Repúblicas para Adultos, Vilas Reencontro, entre outras. 

O encaminhamento para os serviços de acolhimento da rede socioassistencial é feito de acordo com o perfil do indivíduo e com a tipologia do serviço, respeitando o histórico da pessoa ou família a ser acolhida. As pessoas em situação de rua são encaminhadas aos serviços de acolhimento por meio dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Centros Pop do município, do Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) e Ampara SP.

Além das vagas de acolhimento, a cidade conta ainda com mais de 220 mil vagas em serviços de convivência e fortalecimento de vínculos, como Centros de Desenvolvimento Social e Produtivo (CEDESP), Serviços de Assistência Social à Família e Proteção Social Básica no Domicílio (SASF), Centros de Convivência Intergeracional (CCInter), Centros para Crianças e Adolescentes (CCA), Centro para Juventude (CJ), entre outros.