Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social
Homens trans oferecem oficina de futebol aos domingos
Texto: Helena Lima
Foto: Acervo
Desde junho, a Casa Florescer vem promovendo aos domingos, encontros entre homens trans que gostam de praticar atividades físicas e jogar futebol. A ação é uma parceria com os times: Transversão, TMosqueiros e Camaleões. Outras atividades também ocorrem paralelamente, como treinos funcionais e debates.
O Núcleo da Resistência, formado por um grupo de homens trans, participa da organização de rodas de conversa que pensam em estratégias de articulação sobre diferentes temas, desde educação até saúde e lazer. Outros profissionais também estão envolvidos nas atividades, como psicólogos, assistentes sociais e educadores físicos que prestam orientações para os conviventes.
Em média, 40 pessoas participam dos encontros e estimulam o debate a respeito da questão do corpo trans masculino. Para o gestor do Centro de Acolhida Especial (CAE) Florescer, Alberto Silva, o maior ponto positivo é a presença de jovens de diferentes regiões de São Paulo. “A Casa abriu esse espaço justamente para mostrar para os meninos trans que eles podem conversar e discutir sobre suas vivências, estimulando uma forma de diálogo entre os pares e gerando equidade”, conta.
As atividades também contam com a parceria da página Homem Trans Br, criada por Tryanda Verenna, jogador de handball e ativista da causa dos transexuais. Ele reforça a importância da inclusão, “todo projeto é importante ainda mais quando é feito de forma colaborativa, nesse caso, os meninos tem a chance de praticar esporte e ainda conhecer pessoas que passaram por vivências semelhantes, o que fortalece o vínculo de amizade”.
Outro apoiador do evento é o criador de conteúdo no Canal Conto de Fadas Moderno, Tatto Oliveira, que assumiu sua transgeneralidade há três anos e reforça a importância de eventos como esse para aumentar a visibilidade. “Esse tipo de movimento me faz enxergar que nem tudo é transfobia e que o meu bem estar e a minha saúde mental são importantes”, completa.
O Centro de Acolhida Especial para Mulheres Trans (CAE) Florescer foi criado em 2015, sendo o primeiro serviço com a proposta de atendimento exclusivo ao público LGBT em todo o Brasil.
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