Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social

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Quarta-feira, 16 de Outubro de 2019 | Horário: 16:47
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Homens trans oferecem oficina de futebol aos domingos

Atividade acontece semanalmente no Centro de Acolhida Especial (CAE) Florescer

Treze meninos em pé com os braços cruzados vestidos com roupas leves de futebol.

Texto: Helena Lima
Foto: Acervo

Desde junho, a Casa Florescer vem promovendo aos domingos, encontros entre homens trans que gostam de praticar atividades físicas e jogar futebol. A ação é uma parceria com os times: Transversão, TMosqueiros e Camaleões. Outras atividades também ocorrem paralelamente, como treinos funcionais e debates.

O Núcleo da Resistência, formado por um grupo de homens trans, participa da organização de rodas de conversa que pensam em estratégias de articulação sobre diferentes temas, desde educação até saúde e lazer. Outros profissionais também estão envolvidos nas atividades, como psicólogos, assistentes sociais e educadores físicos que prestam orientações para os conviventes.

Em média, 40 pessoas participam dos encontros e estimulam o debate a respeito da questão do corpo trans masculino. Para o gestor do Centro de Acolhida Especial (CAE) Florescer, Alberto Silva, o maior ponto positivo é a presença de jovens de diferentes regiões de São Paulo. “A Casa abriu esse espaço justamente para mostrar para os meninos trans que eles podem conversar e discutir sobre suas vivências, estimulando uma forma de diálogo entre os pares e gerando equidade”, conta.

As atividades também contam com a parceria da página Homem Trans Br, criada por Tryanda Verenna, jogador de handball e ativista da causa dos transexuais. Ele reforça a importância da inclusão, “todo projeto é importante ainda mais quando é feito de forma colaborativa, nesse caso, os meninos tem a chance de praticar esporte e ainda conhecer pessoas que passaram por vivências semelhantes, o que fortalece o vínculo de amizade”.

Outro apoiador do evento é o criador de conteúdo no Canal Conto de Fadas Moderno, Tatto Oliveira, que assumiu sua transgeneralidade há três anos e reforça a importância de eventos como esse para aumentar a visibilidade. “Esse tipo de movimento me faz enxergar que nem tudo é transfobia e que o meu bem estar e a minha saúde mental são importantes”, completa.

O Centro de Acolhida Especial para Mulheres Trans (CAE) Florescer foi criado em 2015, sendo o primeiro serviço com a proposta de atendimento exclusivo ao público LGBT em todo o Brasil.

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