Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social
Jovens do CJ Tijolinho produzem podcast para comunidade
Atendidos transmitem podcast ao vivo no CJ - Tijolinho.
Texto: Victor Benevides
Fotos: Acervo
Os atendidos do Centro para Juventude (CJ) ‘Tijolinho’, localizado na Vila Penteado, zona norte da capital, transmitiram mais um episódio do “Dois e Meio Podcast”. O projeto nasceu em agosto desse ano, a partir de uma ideia do técnico especializado Fillipe Eduardo Oliveira e foi fielmente abraçada pelos 15 participantes, em sua maioria meninas.
Os convidados do podcast fazem ou já fizeram parte do CJ, como Roberto Rangel, que passou pelo serviço e hoje trabalha como cabelereiro e Leticia Alves, estudante de psicologia, que já realizou atividades sobre a saúde mental no equipamento. Ambos foram entrevistados e puderam dividir suas experiências com os jovens do serviço.
Dois e Meio Podcast deu seus primeiros passos em oficinas sobre audiovisual ministradas no CJ e, conforme o interesse por esse tipo de assunto foi crescendo, os conteúdos ministrados por Oliveira tornaram-se mais específicos. “Eles dominam as redes e agora usam isso a favor”, afirmou o técnico, que durante quatro anos foi coordenador socioeducativo do serviço e há três atua como técnico especializado.
Sob a supervisão de Oliveira, os jovens são responsáveis por toda a gestão do programa. Há quase três meses, os atendidos participam de oficinas sobre produção, transcrição de áudio, propagandas e já, inclusive, utilizam ferramentas mais complexas, como programas para transmissão ao vivo. Segundo o técnico, o objetivo das oficinas era produzir os próprios conteúdos, porém, com o crescente entusiasmo dos jovens, a ideia foi, de fato, posta em prática.
Marjory Kelly, de 16 anos, responsável pelo streaming do projeto, conta que se empenha muito nas atividades. “Eu me dedico muito para que tudo corra bem, além de me ajudar na comunicação é uma oportunidade de aprender coisas”, afirmou a jovem. Já a produtora executiva do “Dois e Meio Podcast”, Júlia Gilo, 15, deixa bem claro a relevância do projeto. “Os jovens da minha idade estão ‘vivendo em uma bolha’, ninguém fala com ninguém. Então, eu acho importante essa forma de se expressar para melhorar a comunicação”, concluiu.
Sobre o CJ
Os CJ’s são serviços que atendem jovens e adolescentes que se encontram em vulnerabilidade e risco social. Os equipamentos estimulam a convivência através de aulas e oficinas ministradas por técnicos, orientadores e educadores sociais. O CJ Tijolinho é administrado pela Organização Social Civil (OSC) Tijolinho, em parceria com a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) e possui capacidade para atender 60 jovens de sete a 17 anos. Atualmente, 43 jovens são atendidos no equipamento.
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