Prefeitura de São Paulo

Texto: Giulia Rodrigues

Foto: Acervo

A Supervisão de Assistência Social (SAS) 'Sapopemba', zona leste, em parceria com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED), e por meio da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), está desenvolvendo um curso de capacitação em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para a equipe da SAS. Os 41 serviços do território receberam o convite e cada representante poderá inscrever-se no curso. Outros territórios já receberam ações voltadas ao atendimento de deficientes auditivos, mas, esse curso terá um formato mais aprofundado.

O curso será dividido em duas aulas semanais, totalizando dez dias, e terá início a partir de 28/03. Os encontros iniciarão com uma apresentação sobre libras, trazendo o que é a linguagem, a cultura surda e dicas de como relacionar-se com um deficiente auditivo. No decorrer dos dias, serão propostas atividades de soletração, cumprimentos, saudações, e dinâmicas em grupos sobre os conteúdos dados em aula.

O Idealizador do projeto e assessor da SAS Sapopemba, Roberto Bartolomeu, contou que a ideia surgiu através de conversas com as equipes dos serviços, que relataram um aumento no número de pessoas com deficiência nas unidades de atendimento. “Para atender com qualidade e equidade, essa formação irá proporcionar o conhecimento para os trabalhadores terem a condição de acolhimento, tornando-os referência em nosso território”, disse ele.

De acordo com Laila Sankari, assessora da SMPED e professora do curso, o conhecimento de profissionais no atendimento a pessoas surdas nos diversos serviços públicos é uma necessidade importante para assegurar o acesso social de deficientes auditivos nos espaços de atendimento, como previsto na lei. "O objetivo é capacitar servidores públicos municipais para que possam realizar atendimentos essenciais às pessoas surdas, compreender as demandas dessas pessoas, oferecer informações e realizar os encaminhamentos necessários", contou.

A lei nº 10.436, de abril de 2002, reconhece a libras como um meio legitimo de comunicação entre pessoas surdas, e garante que os serviços de saúde devem ser oferecidos de forma adequada para deficientes auditivos. Além disso, desde 2005, tornou-se obrigatório o conhecimento da linguagem de sinais para pessoas interessadas em cursar pedagogia e fonoaudiologia.