Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social

Terça-feira, 26 de Março de 2024 | Horário: 16:47
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Prefeitura inaugura primeiro serviço de acolhimento conjunto para mulheres adultas e idosas

Equipamento localizado na zona norte atenderá até 100 acolhidas em situação de rua

Em frente a um painel com os dizeres

 

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), inaugurou, na manhã desta sexta-feira (08), Dia Internacional da Mulher, mais um serviço de acolhimento exclusivo para mulheres na cidade.

Localizado na Avenida Sebastião Henriques, 433, na Vila Siqueira, zona norte da capital paulista, o Centro de Acolhida (CA) para Mulheres “Lila Covas” é o primeiro serviço conjunto para mulheres idosas e mulheres adultas.

As atendidas começaram a chegar no equipamento na quarta-feira (06). O CA tem capacidade para atender até 100 pessoas, sendo 30 vagas destinadas a mulheres idosas e 70 a mulheres sozinhas (sem filhos) em situação de vulnerabilidade e com autonomia para atividades diárias.

“Quero parabenizar a cada um dos que estão aqui nesse sentimento solidariedade, nesse sentimento de avanço na política pública com mais essa inauguração do Centro de Acolhida para Mulheres, que leva o nome da querida Lila Covas. A gente, através da nossa entidade parceira Pipa, vai acolher aqui 100 mulheres com muito amor e muito carinho”, disse o prefeito Ricardo Nunes.

A Prefeitura investiu pouco mais de R$ 200 mil na fase de implantação do novo serviço.

O secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Carlos Bezarra Júnior, e o Prefeito Ricardo Nunes conversam com duas mulheres acolhidas no CA  Lila Covas

Os encaminhamentos para o CA Lila Covas estão sendo realizados pela SMADS por meio da Coordenadoria de Pronto Atendimento Social (CPAS) e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).

“De 2021 para cá, nós mais que dobramos a capacidade na cidade de São Paulo para o atendimento das mulheres em situação de vulnerabilidade. Claro que falta muito e hoje é um dia para a gente fazer uma reflexão sobre isso, mas falta muito para a gente avançar como humanidade, com um olhar igualitário entre homens e mulheres. E aqui, com certeza, a gente vai encontrar muitas histórias de dores, de violações, de dificuldades, de preconceitos, de desigualdades. Mas o propósito do trabalho a ser desenvolvido aqui neste local, a despeito de quem prefere não ver essas mulheres, que são invisíveis nas ruas da cidade, será o de dar proteção, de amparo e garantia de direitos. E esse, prefeito Ricardo Nunes, é o espírito da sua gestão, porque é o que você nos cobra todos os dias: fazer com que essas mulheres em situação de vulnerabilidade, fazer com que a nossa população em situação de rua se sinta acolhida, porque esse é o papel da política pública”, disse o secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Carlos Bezerra Jr.

Além do acolhimento e alimentação, serão ministrados cursos de artesanato e desenvolvidas ações focadas em autonomia, saúde e bem-estar.

“Eu não tinha onde ficar antes. Perdi minha casa e aqui estou recebendo um carinho muito grande. Eu fui a primeira a chegar aqui e todos os funcionários estão me dando uma boa assistência. A cama e o banheiros estão ótimos! Eu sou deficiente visual e a segurança para o meu caso está sendo total. Estou alegre, sabe?”, disse a acolhida Felícia da Silva Oliveira, 49 anos.

“Eu não estou acostumada, mas estão me dando atenção e assistência. As meninas (assistentes) são ótimas. Também gostei da comida. A casa é boa. Não tenho queixa”, disse dona Ana Maria Botelho Gouveia, 78 anos

imagem de um dos quartos do Centro de Acolhida para Mulheres Lila Covas. Várias beliches estão dispostos. As camas estão forradas com lençol e têm um travesseiro e uma bolsa com objetos de higiene pessoal em cada uma delas.

A Organização da Sociedade Civil Associação Brasileira de Pipas está à frente do gerenciamento do serviço e conta com 25 profissionais para o atendimento e manutenção do equipamento entre gerente, psicólogo, orientadores socioeducativos, assistentes sociais, assistentes técnicos, cozinheiros e agentes operacionais de limpeza.

O valor da verba repassada mensalmente pela Prefeitura para manutenção e operacionalização do serviço será de R$ 247.182,06.

Lila Covas

O nome do Centro de Acolhida para mulheres adultas e idosas foi uma homenagem à ex-presidente do Fundo Social e ex-primeira-dama de São Paulo, Florinda Gomes Covas, mais conhecida como Lila Covas. Dona Lila era esposa do governador Mario Covas e avó do prefeito Bruno Covas.

“Esse equipamento tem um nome simbólico, que homenageia a dona Lila Covas, esposa do saudoso Mário Covas. Dona Lila era uma mulher guerreira que lutava pelas mulheres em vulnerabilidade, que são as mulheres que estão nesse Centro de Acolhida. Dona Lila Covas dizia que não existe situação que você não possa dar jeito. O que você não pode é ficar parado reclamando da vida. O segredo é arregaçar as mangas e agir”, comentou o secretário Carlos Bezerra Jr.

Serviços exclusivos para mulheres

O CA Mulheres Lila Covas é o 39º serviço de acolhimento da rede socioassistencial da Prefeitura voltado exclusivamente às mulheres que vivem em situação de rua ou em vulnerabilidade social. Ao todo, são 1.790 vagas distribuídas nas seguintes tipologias: 17 Centros de Acolhida Especial (CAEs) para Mulheres, com 1.325 vagas; quatro Centros de Acolhida para Mulheres em Situação de Violência, com 80 vagas; um CAE para Mulheres Imigrantes, com 80 vagas; um CA para Gestantes, Mães e Bebês, com 100 vagas; três CAs para Mulheres Transexuais, com 90 vagas; e 13 Repúblicas com unidades para Mulheres, com 115 vagas.

A rede socioassistencial possui, ainda, 15 Centros de Defesa e de Convivência da Mulher (CDCMs) que realizam atendimento social, psicológico, orientação e encaminhamento jurídico à mulher em situação de violência doméstica e situação de vulnerabilidade social. Ao todo, esse tipo de serviço possui 1.610 vagas.

Rede Socioassistencial

A capital possui a maior rede socioassistencial da América Latina, com mais de 25 mil vagas de acolhimento para pessoas em situação de rua distribuídas em Centros de Acolhida, hotéis sociais, Repúblicas para Adultos, Vilas Reencontro, entre outros.

O encaminhamento para os serviços de acolhimento da rede socioassistencial é feito de acordo com o perfil do indivíduo e com a tipologia do serviço, respeitando o histórico da pessoa ou família a ser acolhida.

As pessoas em situação de rua são encaminhadas aos serviços de acolhimento por meio dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centros Pop) do município, do SEAS e Ampara SP.

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