Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social
Refletir para reconstruir: ‘CTA 8 – Lapa' promove roda de conversa sobre trabalho e sonhos

Por: Marianne Seixas
Inspirado pelo Dia do Trabalhador, o Centro Temporário de Acolhimento (CTA) 8 Lapa, na zona oeste da cidade, realizou uma roda de conversa que foi além da data comemorativa, sendo um espaço de escuta, troca e resgate de sonhos. A proposta foi incentivar os participantes a refletirem sobre suas histórias, profissões, desejos e desafios, reforçando o papel do trabalho na reconstrução de vínculos e no fortalecimento da autonomia.
Durante a roda, foram feitas perguntas que provocaram reflexões: "Qual o seu sonho?", "Qual sua profissão?", "O que está te impedindo de exercê-la?", "O que te move?". Com base nessas questões, os participantes compartilharam histórias de vida, habilidades, desejos e os obstáculos enfrentados para retomar suas atividades profissionais. Ao todo, 37 acolhidos participaram da conversa.
A escolha do tema não foi por acaso. O 1º de Maio foi o ponto de partida para um diálogo que visou despertar o desejo de retomar ativamente o labor e, com isso, reconstruir seus projetos de vida. O trabalho, neste contexto, é entendido como mais do que fonte de renda: é um elemento central na busca por dignidade, autoestima e pertencimento.
As rodas de conversa são uma prática contínua no serviço e acontecem quinzenalmente. Elas têm um papel importante não apenas no fortalecimento de vínculos, mas também no acompanhamento dos casos e no planejamento da saída qualificada do acolhimento. A cada encontro, novas possibilidades são apresentadas e construídas em conjunto com os usuários.
“Esses momentos de escuta ativa e troca de experiências são fundamentais para que cada pessoa acolhida possa resgatar sua história e redesenhar seu futuro. Quando falamos de autonomia, estamos falando também de reapropriação da própria trajetória, e o trabalho tem um papel crucial nesse processo”, destaca Jeferson Silva, gerente do CTA 8 Lapa.
Ao promover atividades como essa, os serviços da rede socioassistencial reforçam o compromisso da cidade com a proteção social e com a construção de novos caminhos para as pessoas em situação de rua e vulnerabilidade, fortalecendo sua autonomia e autoestima.
Rede Socioassistencial
A cidade de São Paulo possui a maior rede socioassistencial da América Latina, com mais de 26 mil vagas de acolhimento, distribuídas em Centros de Acolhida, Hotéis Sociais, Repúblicas para Adultos, Vilas Reencontro, entre outras.
O encaminhamento para os serviços de acolhimento da rede socioassistencial é feito de acordo com o perfil do indivíduo e com a tipologia do serviço, respeitando o histórico da pessoa ou família a ser acolhida. As pessoas em situação de rua são encaminhadas aos serviços de acolhimento por meio dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Centros Pop do município, do Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) e Ampara SP.
Além das vagas de acolhimento, a cidade conta ainda com mais de 220 mil vagas em serviços de convivência e fortalecimento de vínculos, como Centros de Desenvolvimento Social e Produtivo (CEDESP), Serviços de Assistência Social à Família e Proteção Social Básica no Domicílio (SASF), Centros de Convivência Intergeracional (CCInter), Centros para Crianças e Adolescentes (CCA), Centro para Juventude (CJ), entre outros.
HAND TALK
Clique neste componente para ter acesso as configurações do plugin Hand Talk