Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social

Sexta-feira, 6 de Dezembro de 2024 | Horário: 18:29
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Unidade de acolhimento “Amor à Vida” completa 1 ano com mais de 150 mil atendimentos

Modalidade tem como foco pessoas em situação de rua que querem apenas pernoitar ou têm alguma resistência ao atendimento em outros serviços

Por: Bianca Lopes e Sabrina Ribeiro

A Unidade de Acolhimento “Amor à Vida” (UNA), criada pela Prefeitura de São Paulo em uma parceria entre a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) e o Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo, completa um ano de funcionamento desempenhando um papel fundamental no atendimento a pessoas em situação de rua. Neste período, o serviço garantiu mais de 150 mil acolhimentos e com distribuição de mais de 300 mil refeições. 

A UNA foi criada para oferecer um espaço seguro e acolhedor àqueles que resistem aos serviços convencionais da rede socioassistencial e suas regras. 

O serviço tem capacidade para acomodar até 300 pessoas, incluindo homens, mulheres e pessoas trans, e opera como "Porta Aberta", o que permite que os usuários possam entrar no serviço a partir das 17h e permanecer até 8h, com a garantia de um chuveiro com água quente para tomar banho, uma refeição como jantar, e outra no café da manhã, após o pernoite. 

“Eu conheci o UNA perambulando pelas ruas da cidade de São Paulo. Eu estava em situação de rua e experimentei vários abrigos. Mas quando vim para cá, descobri que aqui eu tenho uma família. É um grupo de funcionários muito bem treinados e somos muito bem tratados”, disse Karina Auxiliadora, 59, atendida no serviço e autora do livro “Wind Streets”, que narra a vida e o dia a dia dela nas ruas. 

A UNA também se destaca por contar com 5% de pessoas LGBTQIA+ na equipe e com muitos colaboradores que viveram nas ruas durante uma fase de suas vidas ou   tiveram experiências diretas com pessoas em situação de vulnerabilidade. Assim, a equipe, composta por 18 monitores, auxiliares e cozinheiros, conhece profundamente as necessidades dos acolhidos, tornando a relação ainda mais próxima. 

Responsável pela UNA, Robson Mendonça, também presidente do Movimento Estadual da População em Situação de Rua, relembra o começo do projeto e como a implementação o impactou. "O UNA significa a realização de um sonho. Para mim, que morei na rua e dormi nas calçadas, eu queria um canto diferenciado, um lugar de acolhimento, onde, ao chegar na porta, a pessoa pudesse ser recebida com dignidade, encontrar um ambiente limpo, um lugar onde as pessoas soubessem como tratar umas às outras. Foi algo extremamente importante." 

O sucesso da UNA reforça o compromisso da gestão municipal em assistir todos que se encontram em situação de rua e vulnerabilidade, ampliando o leque e o modo de funcionamento dos serviços da rede socioassistencial.  

Equipe do UNA reunida com as refeições da noite - Foto: Acervo SMADS

Rede Socioassistencial 

A cidade de São Paulo possui a maior rede socioassistencial da América Latina. São mais de 26 mil vagas, distribuídas em 379 serviços de acolhimento, como hotéis sociais, centros de acolhida e Vilas Reencontro. 

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