Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social
Vila Reencontro Santo Amaro faz um ano com 69 famílias alcançando a autonomia
Por: Larissa Rodrigues
Há um ano, a Vila Reencontro Santo Amaro era inaugurada com o propósito de oferecer acolhimento e suporte a famílias que estavam em situação de rua ou vulnerabilidade social. Durante esse período, 69 famílias que foram acolhidas no serviço conseguiram alcançar a saída qualificada, ou seja, retomaram a autonomia de vida.
Uma dessas famílias é a de Ana Patrícia Gomes, 51, que viu sua vida mudar drasticamente ao longo da pandemia de COVID-19. Ela perdeu o emprego e a casa, chegando à situação de rua. Ana “morou” por oito meses com o antigo companheiro em uma barraca na região do Anhangabaú, no centro de São Paulo, mas a sorte dela mudaria ao conseguir uma vaga no serviço de acolhimento ‘Autonomia em Foco’, onde ficou por pouco tempo até ser encaminhada para a Vila Reencontro. Além da oportunidade de recomeçar em uma moradia modular, com acompanhamento de uma equipe multidisciplinar composta por assistentes sociais, pedagogos, psicólogos, entre outros profissionais, que ela conseguiu apoio, a ponto de retomar o contato com o filho Magnon, de 16 anos, que está sob guarda do pai e com o qual não tinha contato há algum tempo.
“Na Vila Santo Amaro eu fui bem acolhida, fui muito bem tratada por toda a gestão. O pessoal trabalha com amor, carinho, dedicação e respeito a gente.” Disse Ana, ao relembrar seu tempo de acolhimento no programa.
Ana lembra com emoção seus dias na Vila Reencontro Santo Amaro - Foto: Larissa Rodrigues/SMADS
Enquanto esteve na Vila, Ana participou de oficinas de geração de renda e teve apoio para retornar ao mercado de trabalho. Hoje ela está empregada como manicure em um salão de beleza. Em setembro desse ano, ela deixou o equipamento, após alugar uma casa próxima a moradia do filho com quem retomou a convivência e agora passam juntos metade da semana.
Para Ítalo Mazzio, gerente da Vila Reencontro Santo Amaro, o programa trouxe um novo olhar para as famílias em situação de rua. “Acredito que o ‘Programa Reencontro’ possibilitou para cidade de São Paulo um novo momento, e esse novo momento, em estruturas modulares que se assemelham a uma casa, já desperta nas pessoas o desejo de retorno a uma casa e da potencialidade disso. Então a gente trabalha com o outro o desejo de uma moradia, é um desejo muito comum, mas muito importante”.
Atualmente, 58 famílias residem na Vila Santo Amaro, recebendo um apoio essencial para reestruturar sua vida. Além do acolhimento, o serviço promove oficinas de geração de renda, de artesanato, costura e confeitaria, proporcionando capacitação e oportunidades para a reaquisição de autonomia e a construção de um futuro independente.
Esse é o caso de Regina Célia Miranda, 46. Mãe de duas crianças pequenas, José, de 9 anos, e Maiara, de 2 anos, ela é uma das participantes das oficinas de costura, além de estar inscrita no Programa Operação Trabalho (POT), da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (SMDET).
“Meu plano para o futuro é ter a minha casa e poder dar condições melhores para os meus filhos. Aqui eu consegui bastante coisa, mas quero poder ser uma empreendedora e vai ser a melhor coisa que vou ter, porque aí vou ter o meu dinheiro e uma coisa que eu mesmo vou fazer. Esse é o meu futuro, investir.” Disse Regina, ao comentar seus próximos objetivos.
Vila Reencontro
Hoje, São Paulo conta com dez Vilas Reencontro, distribuídas em diferentes regiões da cidade, que ofertam 2.640 vagas de acolhimento, em 660 módulos. Esse que é um serviço de moradia transitória, tem o objetivo de apoiar cada família acolhida na reconstrução de autonomia e na obtenção da saída qualificada da situação de rua. As casas modulares são preparadas em três modelos: as de 18m² podem abrigar famílias de até 4 pessoas; já nas unidades de 36m² podem ser acolhidas famílias de até 8 pessoas ou grupos familiares com pessoas com deficiência (PCDs), que contam com todas as adaptações necessárias para uma estadia digna. Todas as casas modulares contam com mobília pensada para atender as necessidades de cada família, e as Vilas dispõem ainda de espaços compartilhados para lazer e convivência dos moradores, como quadra poliesportiva, playground, horta comunitária, refeitório, lavanderia e salas de atendimento social.
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