Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa
BAIRRO DE GUAIANASES
Guaianases no extremo leste de São Paulo. Bairro originado de aldeamento indígena, de onde provém seu nome. Por volta de 1820 os índios já estavam extintos e a terra encontrava-se em mãos de particulares. Guaianases , é apontado hoje, como um dos bairros mais carentes da cidade.
No início, tornou-se parada e pousada de viajantes . Em 1861, foi inaugurada a Capela de Cruz do Lajeado . O local cresceu lentamente com a instalação de diversas olarias nas imediações. Em torno da capela o povoado de Guaianases desenvolveu-se, tendo ficado a data da inauguração do pequeno templo religioso como o início do bairro. A partir de 6 de novembro de 1857 a área em torno da capela passou a ser designada de Lajeado Velho e o entorno da Estação Ferroviária foi chamado de Lajeado Novo. Nas terras ocupadas por moradores dispersos pelo território eram cultivados produtos agrícolas - verduras, frutas, flores - e agropecuários.
O bairro encontrou algum desenvolvimento por volta de 1920. A instalação de olarias na região e a chegada da Estrada de Ferro Norte deram impulso à área. Pelos trilhos vieram os imigrantes italianos estabelecendo-se como comerciantes, fabricantes de vinho, fabricantes de tachos de cobre, ferreiros e carpinteiros. Os espanhóis também se fariam presentes a partir de 1912 para dedicar-se à extração de pedras através das Pedreiras Lajeado e São Matheus.
Mesmo com um crescimento populacional significativo (aproximadamente 1600 pessoas), em 1934 só havia um estabelecimento escolar: a Escola Reunidas de Lajeado (1837). A Agência de Correios data de 1837; em 1895 criou-se uma subdelegacia de polícia. Havia duas Agremiações esportivas, o Atlas Lajeadense F.C. (1915) e a União F.C. (1934). As duas agremiações fundiram-se em 1946, dando origem ao atual Guaianases F.C.
A partir da segunda década do século XX a região começou a receber um grande número de migrantes nordestinos, que representariam parte significativa da população local. Mão-de-obra não especializada, os moradores passaram a desempenhar as diversas tarefas requisitadas pela cidade que crescia em ritmo frenético. A baixa remuneração fez brotar um bairro embasado na autoconstrução, com residências muitas vezes erguidas em área de risco. A grande população e a falta de indústrias no local deram fama a Guaianases de "bairro-dormitório". As favelas representam um caso mais complexo. A maioria das ocupações irregulares data de décadas atrás e boa parte das moradias já é de alvenaria.
O bairro de Guaianases possui duas bibliotecas municipais, a Biblioteca Cora Coralina e a Biblioteca Jamil Almansur Haddad.
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