Secretaria Municipal de Cultura
Biografia de Joaquim José de Carvalho (ex-patrono)
Joaquim José de Carvalho nasceu na Guanabara, RJ em 23 de março de 1850 e faleceu em 28 de janeiro de 1918, em São Paulo.
Encerrou com brilhantismo o curso completo de humanidades em Friburgo, e matriculou-se na Escola Médica da Corte no Rio em 1866. Doutorou-se em Medicina em 1872. Desde o tempo de estudante, colaborou ativamente na "Revista Acadêmica", secção de Medicina, e na Imprensa diária.
Durante alguns anos exerceu o cargo de médico-legista da Polícia do Rio. Lecionou no Instituto Menezes Vieira, nos Colégios Abílio, Pujol, Amorim Carvalho, sendo que deste último foi o fundador e diretor nos primeiros anos. "Manual de Filosofia", "Método de Gramática Analítica", "Noções elementares de Geografia do Brasil", são outros tantos títulos de compêndios da sua autoria, importantes livros didáticos em vernáculo para o estudo de todas as matérias. Editou e prefaciou Obras completas de Casimiro de Abreu; traduções e obras originais de Francisco Otaviano, e o livro em versos "Rosas do Ermo" do poeta Pinto Neves. E ainda "Primeiras Linhas da História da República no Brasil", e "Oração Fúnebre nas exéquias solenes de Floriano Peixoto".
Por volta de 1895 ele se encontrava em Curitiba, onde prestou concurso para lente catedrático de Francês e da História pátria no Ginásio Paranaense e na Escola Normal. Com a tese "Morfologia do adjetivo" habilitou-se também para reger a cadeira de Português neste estabelecimento de ensino. Nessa mesma época foi nomeado professor do Liceu de Artes e Ofícios da capital do Paraná.
Na poesia escreveu "A Tragédia do Gólgota", poemeto histórico-sacro, "A Justiça", poemeto satírico, e "A Jagunceida", poema ou paródia extraída de "Os Sertões" de Euclides da Cunha, porém, praticamente toda a obra literária de Joaquim José de Carvalho desapareceu, apesar do valor desses trabalhos e dos testemunhos irrecusáveis de sua publicação: teses de concurso, memórias para congressos, polêmicas pelos jornais e republicadas sob a forma de livros, compêndios escolares das mais variadas disciplinas; nada disso continuou vivo na memória dos pósteros, nem se conservou nas prateleiras de nossos bibliófilos, é como se não tivessem sido escritos.
Tornou-se membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Em 1909 fundou a Academia Paulista de Letras.
Algumas Obras: Primeiras linhas da história da República dos Estados Unidos do Brasil, Manual de filosofia, Método de gramática analítica.
Veja também a biografia completa no website - Academia Paulista de Letras (APL) - Memórias em http://www.academiapaulistadeletras.org.br/memoria.asp?materia=911
Observação: A Biblioteca Infanto-juvenil Dr. Joaquim José de Carvalho foi unificada com a Biblioteca Pública Municipal Paulo Duarte.
Biblioteca Dr. Joaquim José de Carvalho - Biblioteca Infanto-Juvenil do Centro Cultural do Jabaquara - Ramal 25
Criação: Decreto n. º 17.535 de 14 de setembro de 1981 (pdf)
Inauguração: 12 de julho de 1980
Denominação: Decreto nº 37.853 de 11 de março de 1999 (pdf)
Junção e nova denominação: Decreto nº 46.434 de 6 de outubro de 2005 (pdf) ( Art.29 : Ficam reunidas, sob a mesma direção e local, as seguintes bibliotecas integrantes do Sistema Municipal de Bibliotecas: VI - Biblioteca Pública Paulo Duarte e Biblioteca Infanto-Juvenil Joaquim José de Carvalho, no Jabaquara, sob a denominação de Biblioteca Municipal Paulo Duarte;) - Biblioteca Pública Municipal Paulo Duarte
Fotografia de Joaquim José de Carvalho extraída da capa do livro sobre o autor: FARINA, Duílio Crispim. Dr. Joaquim José de Carvalho: artífice da Academia Paulista de Letras. São Paulo (SP): EDICON, 1999?. 94 p.