Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho
Prefeitura de São Paulo lança Plano de Desenvolvimento Turístico do Polo de Ecoturismo da Cantareira
A Secretária Aline Cardoso; o secretário estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, o prefeito da cidade de Mairiporã, Walid Hamid “Aladim” e o secretário de Esporte e Turismo da cidade, Fernando Brilha Brandão assinaram protocolo de intenções para colaboração entre as cidades no fomento ao ecoturismo na região
Em comemoração ao Dia Mundial do Turismo (27/09), a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (SMDET), lançou nesta terça-feira, 28 de setembro, o Plano de Desenvolvimento Turístico do Polo de Ecoturismo da Cantareira, documento fruto de uma ampla pesquisa de campo, que aponta diretrizes para a promoção do setor na região que abriga uma das maiores florestas urbanas do mundo.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, participou virtualmente da abertura do evento destacando o potencial que a região do Polo da Cantareira, na zona norte, tem para o desenvolvimento da cidade de São Paulo e os municípios vizinhos. “A cada dia a cidade de São Paulo melhora mais a sua política ambiental, principalmente com relação aos polos de ecoturismo. Hoje temos 48,13% de áreas com cobertura vegetal e nosso grande desafio é não deixar que esse índice seja reduzido, ao contrário, que possamos avançar e chegar a 50%. É por isso que ações como essa, de incentivo e preservação do meio ambiente e ao ecoturismo, são necessárias”, destacou o prefeito Ricardo Nunes.
“Quando aprovamos a lei do Polo de Ecoturismo da Cantareira já começamos a trabalhar no desenvolvimento do enorme potencial da região para gerar emprego e renda no setor de turismo e promover junto aos paulistanos e turistas esta área verde tão significativa para a nossa cidade. Com o lançamento do Plano, damos um passo importante no nosso objetivo de transformar a Cantareira em um dos grandes pontos de visitação da capital”, explica a secretária de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Aline Cardoso.
No perímetro do Polo de Ecoturismo da Cantareira estão inseridos dois parques estaduais: Cantareira e Alberto Löfgren, o Horto Florestal, que possuem mata atlântica nativa, áreas de lazer, esporte, gastronomia, além de um grande manancial, que produz água para o abastecimento da região metropolitana de São Paulo.
O material começou a ser elaborado entre os meses de outubro e dezembro de 2020. A partir da coleta de dados e análise, a publicação propõe estratégias e ações que devem direcionar as políticas públicas e investimentos para ampliar o acesso às atividades realizadas no Polo, aos espaços de lazer, alimentação, investimentos e hospedagem do perímetro, além da estruturação de serviços turísticos.
O fomento ao ecoturismo nos Polos de Ecoturismo de Parelheiros/Marsilac/Ilha do Bororé e da Cantareira é um objetivo previsto no Platum – Plano de Turismo Municipal, elaborado por meio de consulta pública em 2019.
“Estamos fazendo um trabalho que não é para hoje, mas para duas, três, quatro décadas de preservação. Esse é o trabalho inteligente, sustentável e que eterniza”, disse o prefeito de Mairiporã, Walid Hamid.
O vereador Rodrigo Goulart, presidente da Comissão de Turismo, Lazer e Gastronomia da Câmara Municipal de São Paulo também participou virtualmente e destacou que o poder Legislativo, em parceria com o Executivo, pode desenvolver um importante trabalho conjunto, como é o caso do Polo de Ecoturismo de Parelheiros, que já está em operação.
Entre as estratégias de desenvolvimento detalhadas no Plano está: a criação de uma instância de governança e a articulação de ações com as cidades vizinhas, como Mairiporã, que se conectam por meio da Serra da Cantareira; e melhorar as condições de acesso e mobilidade, infraestrutura e preservação da memória histórica e cultural da região. Com a clareza e o mapeamento dos potenciais turísticos da região, um dos objetivos é atrair mais investimento para a área por meio do turismo rural, já que na região há hortas e propriedades rurais; turismo de base comunitária-indígena nas aldeias guarani, entre outros.
Uma das principais necessidades identificadas é a capacitação relacionada à hospitalidade para formação de mão de obra qualificada local. Com o apoio da Agência São Paulo de Desenvolvimento – Ade Sampa, uma das prioridades do Plano é promover programas de capacitação de monitores e guias de turismo para a condução de grupos para dentro do Parque Estadual da Cantareira.
Os atrativos do Polo são utilizados por moradores da zona norte, seguido por habitantes de municípios vizinhos, o que mostra um enorme potencial a ser desenvolvido alcançando todas as regiões da cidade.
O incentivo ao turismo e lazer nas áreas verdes da cidade é uma prioridade da gestão municipal. “Temos uma preocupação muito grande com essa questão e São Paulo vem fazendo um trabalho muito importante. Já entregamos o Parque Paraisópolis com 26 mil metros quadrados de área verde e estamos na iminência de entregar o Parque Augusta, com mais 70 mil metros de área verde para a cidade”, lembrou o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo de Castro.
Governança compartilhada
Um dos principais desafios para implantar produtos turísticos para a região era a ausência de uma governança estruturada. Este cenário começa a mudar com a organização de uma comissão, que será uma instância com ampla representação dos principais setores econômicos.
A comissão terá representantes do Governo do Estado de São Paulo, Secretarias Municipais, Subprefeituras, membros da sociedade civil e empresários que tenham interesse de fomentar e desenvolver o turismo na região.
Polo da Cantareira: patrimônio natural, cultural e turístico
O Polo da Cantareira é uma das maiores florestas urbanas do mundo, com 7.910 hectares. A região que engloba trechos inseridos nas subprefeituras do Jaçanã/Tremembé; Santana/Tucuruvi; Casa Verde/Cachoeirinha; Freguesia do Ó/Brasilândia; Pirituba/Jaraguá e Perus concentra uma população de mais de 2 milhões de pessoas.
Cerca de 60% dos brasileiros nunca visitaram um parque natural, segundo a S.O.S Mata Atlântica, o que indica um grande potencial para o Polo da Cantareira, assim como outras opções de ecoturismo na cidade de São Paulo.
Durante a pesquisa de campo realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, foram identificados os atrativos, recursos e serviços turísticos da região. Entre os principais estão o Clube de Campo Cantareira, Núcleo Engordador, Sítio Morrinhos, seis atrativos naturais: Parque Estadual da Cantareira – Núcleo Pedra Grande, Parque Estadual Alberto Löfgren – Horto Florestal, Parque Estadual do Jaraguá, represa, museus, restaurantes, quadras de escolas de samba, além de 73 espaços de hospedagem e alimentação.
Ecoturismo em São Paulo
A cidade de São Paulo é o maior mercado consumidor do Brasil e também o maior emissor de turistas, mas também sofreu os impactos da pandemia da Covid-19. No contexto nacional, é o principal destino turístico, com uma demanda estimada em 16,2 milhões de turistas em 2019 (Fipe), gerando uma receita de aproximadamente R$ 14 bilhões.
Quando comparada a outros destinos nacionais, é a primeira cidade na busca por turismo de negócios, eventos e convenções, segundo a pesquisa de Demanda Turística Internacional 2014-2018, do Ministério do Turismo, e a quinta no segmento de lazer. Este perfil de turista que vem à cidade contará com o ecoturismo como atrativo para estender sua estadia.
O ecoturismo pode ser um ponto de apoio para a retomada do setor, pois já era a modalidade que mais se destacava antes mesmo da pandemia. Até 2019, a média do crescimento mundial do turismo nos dez anos anteriores foi de 5%, enquanto o turismo de natureza, modalidade do turismo de lazer com a realização de atividades em áreas verdes, cresceu de 15% a 25% ao ano, segundo a OMT, respondendo por 25% do mercado turístico mundial.
Confira aqui o vídeo da transmissão ao vivo na íntegra:
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