Secretaria Municipal de Gestão
Secretaria de Gestão promove eventos sobre saúde mental dos servidores
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, quase um bilhão de pessoas – incluindo 14% dos adolescentes do mundo – viviam com um transtorno mental. O suicídio foi responsável por cerca de 1 em cada 100 mortes. Por isso, vendo os números alarmantes e em atenção ao Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, a Secretaria de Gestão promoveu esta semana a 2ª edição da Jornada de Saúde Mental na Prefeitura de São Paulo. Foram três encontros especiais, de 20 a 22 de setembro, direcionados à saúde mental e bem-estar do servidor. Especialistas convidados participaram dos eventos, que aconteceram na sede da Prefeitura de São Paulo.
Marcela Arruda, Secretária Municipal de Gestão, trouxe um relato emocionante e salientou a importância de falar sobre saúde mental com os servidores. “A Secretaria de Gestão cuida de pessoas e queremos falar com elas. Queremos que todos que estão aqui saiam multiplicadores, que prestem atenção nas pessoas à sua volta, porque pode ser que elas precisem de ajuda”, afirmou.
Linamara Battistella, que é Professora Titular de Fisiatria da Faculdade de Medicina da USP e a idealizadora da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, trouxe a importância de ouvir e falou da necessidade de as pessoas conviverem com outras pessoas. “Precisamos de um tempo para nos encontrarmos, nos abraçarmos. Os prédios nos separaram. Se pudéssemos estar meia hora na semana juntos, pensando em como responder aos desafios, faríamos muito pela saúde mental do servidor público.”
Durante sua exposição, Valéria Pugliese, psiquiatra e coordenadora da Coordenação de Gestão de Saúde do Servidor (COGESS), trouxe dados acerca da saúde mental no mundo e explicou que a abordagem de saúde mental deve ser para todos os estágios da vida e ainda multi-setorial.
Thais Waleska Manriquez, que é fisioterapeuta e analista de saúde na COGESS, alertou sobre o fato de o suicídio ser um problema social e de saúde pública, mas que carrega estigmas que prejudicam que as pessoas falem sobre isso. “Falar sobre suicídio ainda é um tabu e isso dificulta muito que o indivíduo procure ajuda”, afirma a analista de saúde.
Os eventos também trouxeram esclarecimentos muito relevantes sobre como identificar sinais de alerta para o risco ao suicídio. Falas com intenções suicidas, raiva intensa, isolamento social, desejo de vingança, falta de sentido para viver, impulsividade e ações como se desfazer de objetos importantes, despedir-se de parentes, compra de armas ou estocagem de comprimidos, são alguns dos sinais, em conjunto, que indicam alerta.
Nesse sentido, oferecer apoio é fundamental, e Camila Exner, terapeuta ocupacional na COGESS, explicou que o acolhimento começa com o “saber ouvir”, com a oferta de uma escuta atenta e qualificada. É importante também, segundo a terapeuta, tentar ficar calmo quando for ajudar alguém e indicar a ajuda de um profissional. “Às vezes, a gente pode se desesperar em alguma situação extrema. É duro lidar com a nossa impotência em determinadas situações, mas ninguém deve lidar com isso sozinho”, alertou.
A terapeuta ocupacional Ana Luísa Palhares Sergio enfatizou a importância de ações que promovam nosso bem-estar e qualidade de vida - que também agem fortemente em benefício da saúde mental – e sobre fazer atividades que você goste e que te faça bem. “É importante que você se aproprie da sua própria rotina, das suas ações, que problematize e que questione. Será que você está vivendo no piloto automático? O que você faz por si mesmo no cotidiano?”, questionou.
Durante os eventos, além das palestras riquíssimas, foram promovidos momentos de atividade integrativa, como práticas de Lian Gong e, também, de ginástica laboral, que agem como fortes aliadas no combate de sintomas de transtornos mentais.
Para quem perdeu os encontros da II Jornada de Saúde Mental, todos foram gravados e estão disponíveis no canal da Secretaria Municipal de Gestão no Youtube (https://www.youtube.com/c/SecretariaMunicipaldeGestãoSP). Clique aqui e confira.