Secretaria Municipal da Saúde

DTHA

Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA)

Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar

 


SAIBA MAIS SOBRE DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR (DTHA)

 

O que são as Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA)?
É a doença que ocorre devido à ingestão de alimentos e água contaminados. As doenças diarreicas são causadas por microrganismos (vírus, bactéria e parasitas), presentes em fezes humanas e animais, e no ambiente. Caracterizam-se pela presença de diarreia (aquosa, com muco ou sangue), mal-estar geral, dor abdominal, náusea, vômito e febre. Os principais agentes causadores da doença diarreica aguda são os enterovírus, principalmente Rotavírus e Norovírus, e as bactérias como Bacillus cereus,
Clostridium perfringens, Escherichia coli patogênica (vários tipos), Salmonella (vários tipos), Shigella, e outras.

Quais as causas mais frequentes de contaminação dos alimentos e/ou da água?
A contaminação da rede pública de abastecimento pode ocorrer pela entrada de água poluída nos pontos de vazamento da rede. Durante as enchentes, a população fica exposta a microrganismos patogênicos, presentes em esgotos, que podem se misturar à água e à lama das enxurradas, além de contaminar alimentos, utensílios e louças. Durante o verão, as altas temperaturas aceleram a deterioração de alimentos e favorecem a multiplicação de microrganismos causadores de doenças diarreicas. A contaminação de alimentos pode ocorrer pelo preparo inadequado do alimento, seja pela falta de higienização da matéria prima, ou pela falta de higienização das mãos, dos utensílios e das superfícies da pia ou pelo cozimento inadequado dos alimentos.
Outro importante problema é o hábito de deixar os alimentos preparados ou suas sobras por um período prolongado fora da geladeira ou reaquecidos inadequadamente.

Qual o tratamento para as DTHA?
Para a doença diarreica aguda o tratamento básico é feito a partir de ingestão de sais hidratantes orais e de muito líquido (água potável/tratada, sucos). Os casos mais graves podem exigir internação, sendo necessária hidratação endovenosa. Não há vacinas para a grande maioria dos enteropatógenos.
Há vacina para determinados tipos de agentes: Rotavírus (indicada para criança menores de 1 anos) e contra a Hepatite A, disponíveis no calendário infantil. As vacinas contra a Cólera/Diarreia do viajante e Febre Tifóide não conferem imunidade duradoura e são recomendadas em situações específicas.
Estudos para desenvolvimento de vacinas contra Norovírus, Shigella e E.coli Enterotoxigêncica (ETEC) estão em andamento.

Clique abaixo para saber mais sobre a Hepatite A 

Na figura abaixo você encontra orientações sobre as doenças de transmissão hídrica e alimentar e formas de prevenção.

       

 

Recomendações à população

Cuidados durante a enchente:
a - Beber sempre água potável. Não usar água de fonte não confiável. Se necessário ferver a água
antes de utilizá-la ou tratar a água para consumo: diluir 2 gotas de hipoclorito de sódio a 2,5% em 1 litro de água; aguardar 30 minutos antes de consumir; Consumir no mesmo dia;
b - Ter muito cuidado com a água utilizada no preparo da alimentação dos lactentes (menores de um ano);
c - Não consumir alimentos que tiveram contato com água da enchente;
d - Descartar alimentos suspeitos de terem sido contaminados;
e - Higienizar adequadamente os locais de armazenamento de alimentos, afetados por enchentes; 
f - Lavar panos para secar utensílios e superfícies que foram atingidos pela enchente, antes de usar;
g - Limpeza da caixa d’água. (Clique aqui para mais informações)

Cuidados gerais com os alimentos:
a - Lavar bem as mãos antes de preparar ou comer os alimentos;
b - Lavar todos os utensílios e superfícies que tenham contato com alimentos;
c - Guardar os alimentos em recipientes bem fechados;
d - Higienizar os alimentos crus (frutas, verduras e hortaliças) antes de seu consumo;
e - Os alimentos cozidos devem ser preparados imediatamente antes do consumo e mantidos em temperatura quente;
f - As sobras devem ser armazenadas em geladeira e reaquecidas antes do próximo consumo;
g - Evitar o consumo de alimentos que foram produzidos em condições de higiene insatisfatória ou de origem duvidosa.
 

 

SAIBA MAIS SOBRE A VIGILÂNCIA DE DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E ALIMENTAR (DTHA)

 

A vigilância das Doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHA) se baseia no monitoramento integrado dos seguintes subsistemas de doenças e agravos:

a) Vigilância de surtos de DTHA – todos os serviços (hospitais, AMA, P S e outros como creches, escolas, restaurantes de empresas, etc...) que identificam um surto devem notificar.

b) Programa de Monitorização de Doença Diarreica Aguda (MDDA) em unidades sentinela – O programa nacional de MDDA, implantado em 1999, acompanha o número de casos de diarreia atendidos em unidades sentinelas com objetivo de conhecer o perfil epidemiológico das diarreias e detectar possíveis surtos de doenças transmitidas por alimentos. No município de São Paulo, o programa está implantado desde o ano de 2002, e conta em 2016 com 114 unidades sentinela do programa de MDDA, distribuídas em todas as regiões do MSP.

c) Vigilância Sentinela Laboratorial do Rotavírus - dois hospitais notificam e investigam laboratorialmente os casos de diarreia em crianças menores de 5 anos, com o objetivo de identificar os agentes etiológicos causadores das diarreias, em especial o Rotavirus, para monitoramento do impacto da vacina oferecida às crianças menores de 1 ano.

d) Vigilância de doenças específicas de Notificação compulsória: Botulismo, Cólera, Doenças Priônicas (Doença de Creutzfeld-Jakob), Febre Tifóide; Síndrome Hemolítico-Urêmica.

Os surtos e as doenças de notificação compulsória estão listados na na Portaria de Consolidação nº 04, de 28 de setembro de 2017, Anexo V, Anexo 1 (Origem: PRT MS/GM 204/2016, Anexo 1); e os agravos de notificação por vigilância sentinela estão identificados Portaria de Consolidação nº 05, de 28 de setembro de 2017, Anexo XLIII (Origem: PRT MS/GM 205/2016);

Todas as informações de vigilância são analisadas integralmente para monitorar o RISCO de adoecer quando do consumo da água ou dos alimentos. E são compartilhadas com o programa de vigilância sanitária de alimentos e serviços (como p.ex, durante a ocorrência de surtos em creches, escolas, hospitais, asilos, casas de repouso, restaurantes, etc.) e com o programa vigiágua, nos surtos que ocorrem envolvendo água de abastecimento público.

 

BOLETINS E INFORMES TÉCNICOS - DTHA

 

Acesse aqui as publicações: 

- 06/01/2025: Informe Técnico Investigação de Surtos de DTHA

-26/02/2019: Informe Técnico de Investigação de Salmoneloses

 

Notificação

 Investigação

                     Creche/escola

                     Unidades de Saúde 

                     Condomínio/Bairro

                     Estabelecimentos Comerciais de Alimentos

Diagnóstico Laboratorial

Acesse os Boletins e Alertas sobre as Doenças Transmitidas por Água e Alimentos

Outros Documentos

Quadro Resumo             

- Quadro Geral de DTHA mais frequentes (clique na imagem para fazer download)


- Quadro Características da Norovirose (clique na imagem para fazer download)